Em dia de realização de lucros, grãos fecham semana no vermelho
Como de costume, no último pregão da semana as cotações trabalharam com bastante volatilidade frente ao fim de semana prolongado nos Estados Unidos (na segunda-feira é feriado do Columbus Day) e principalmente diante das expectativas para o relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no próximo dia 12.
Os futuros da oleaginosa chegaram a registrar uma leve alta no início da sessão, impulsionado pelo anuncio do departamento norte-americano da venda de 106 mil toneladas de soja para a China nesta sexta-feira. Porém, o mercado acabou sucumbindo à realização de lucros típica da sexta-feira.
Como explicou o analista de mercado Pedro Dejneka, da corretora RJ O'Brien, o mercado segue caminhando de lado, sem uma direção clara e bastante nervoso. A oscilação entre o pânico e a euforia ainda é bastante latente e traz essa movimentação confusa para os negócios.
Esse quadro se forma com indefinição entre os fundamentos - o mercado já não sabe em que apostar sobre os números que o USDA divulga na próxima quarta-feira.
"Lembrando que essa época entre o relatório de estoques no final de setembro e o primeiro relatório de produção de outubro é muito volátil. No ano passado, tivemos quase limite de baixa depois do relatório de setembro no milho e na soja e o relatório de produção de outuro contradisse todos os números de setembro e tivemos limite de alta", explicou o analista.
No cenário macroeconômico, essa incerteza e falta de direção também está presente. Nesta sexta-feira, a agência Moody's rebaixou a nota de doze bancos ingleses e mais 9 portugueses. Em seguida, a Fitch reduziu as notas de risco da Itália e da Espanha.
Porém, por outro lado, as ações europeias fecharam o dia com o melhor patamar em cinco semanas, refletindo números melhores do que o esperado sobre a geração de emprego nos EUA. A informação contribuiu para uma diminuição do temor de que a maior economia do mundo estaria esfriando.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: