Acordo China X EUA ainda desconhecido dos investidores e clima favorável à colheita nos próximos dias pressionam soja em Chicago

Publicado em 15/10/2019 17:30
Plantio de soja no Brasil segue lento, mas atraso ainda não impacta na formação de preços
Mário Mariano Moraes Júnior - Analista da Novo Rumo Corretora

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Entrevista com Mário Mariano Moraes Júnior - Analista da Novo Rumo Corretora sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta terça-feira (15), o mercado da soja fechou com viés negativo. Os contratos para novembro/19, principal referência para a safra nos EUA, ficaram a US$ 9,34 (-6,5), já o março/20, referência para a safra brasileira, fechou em US$ 9,59 (-5,75). Dois fatores fizeram com que os preços recuassem: o clima americano e a expectativa sobre o acordo comercial entre EUA e China.

Sobre o acordo entre EUA e China, apesar dos rumores de que o país asiático estaria disposto a comprar entre US$ 40 e 50 bilhões de dólares, houve pouca efetivação de novas compras. Nos últimos meses, a China tem feito algumas compras nos Estados Unidos focando, principalmente soja e carne suína, aproveitando, no caso da oleaginosa, cotas dispostas pelo governo chinês de volumes isentos das tarifas de 25%. Até agora, em 2019, já foram cerca de 20 milhões de toneladas e 700 mil toneladas de carne porco. 

Leia: China x EUA: "Nada mudou e mercado ainda está bastante desconfiado com este acordo", diz consultor

Já para o clima, as previsões climáticas indicam que as temperaturas nos EUA ficarão mais elevadas, diminuindo riscos de geadas e nevascas. apesar de algumas regiões produtoras terem registrado neves nas lavouras, por enquanto isso não significa que possa haver danos significativos para a produção no país.

Enquanto isso, no Brasil, o plantio da próxima safra segue lento, aguardando um momento de maior umidade no solo. As negociações também seguem lentas, com pouca demanda.

Por: Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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