Atraso no plantio do milho safrinha em Goiás preocupa com possibilidade de baixa produtividade

Publicado em 11/03/2020 11:17
Colheita da soja também está atrasada, com qualidade de grãos prejudicada pela chuva, mas sem comprometer a produtividade; expectativa é superar 12 milhões de toneladas do grão
Adriano Antônio Barzotto - Presidente da Aprosoja GO

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Entrevista com Adriano Antônio Barzotto - Presidente da Aprosoja GO sobre as Realidades da Safra - SOJA

 

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O plantio da safrinha de milho no estado de Goiás, que deveria ser até 20 de fevereiro, no máximo 3 de março, ainda continua, segundo o presidente da Aprosoja do estado, Adriano Barzotto. Segundo ele, ainda há produtores plantando milho, o que preocupa, já que está muito fora da janela adequada e a produtividade pode ser afetada. 

De acordo com Barzotto, atualmene o 90% das áreas de milho já foram plantadas em Goiás, mas as lavouras plantadas com mais atraso podem puxar a média de produtividade do etsado para baixo. 

"Ainda é cedo para falar em média de produtividade para o milho safrinha. Nos outros anos, girava em torno de 100 sacas por hectare, mas ainda tem muita coisa para acontecer", afirma, ressaltando que há 8 dias não chove.

Para ele, apesar da perspectiva de perdas na produtividade, há a expectativa de que a menor oferta de milho e a demanda elevada acabe compensando a situação nos preços pagos ao produtor, que podem se rmaiores. 

A colheita da soja no estado também está atrasada, se encaminhando para os 70% de área colhida, quando em outros anos, nesta época a proporção deveria ser de cerca de 90%. 

Barzotto atribui o atraso na colheita da soja, em parte, às chuvas excessivas ocorridas no estado no final de fevereiro e começo de março. as precipitações, inclusive, fizeram com que os grãos perdessem um pouco da qualidade, mas sem atrapalhar a produtividade.

"Estamos com uma média de 63 a 65 sacas por hectare, e algumas áreas mais tecnificadas, com média de até 70 sacas. Acreditamos que vamos superar as 12 milhões de toneladas de soja nesta safra", afirmou. 

Os preços pagos ao produtor, segundo ele, também estão bons, com valores entre R$ 76 a R$ 80 por saca, dependendo da região. Para Barzotto, os valores estão dentro do esperado, mas a preocupação é o que está por vir, com o dólar alto para a compra de insumos para a safra de soja 2020/21. 

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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