Milho: Chicago registra leves quedas nesta quinta-feira no aguardo do USDA

Publicado em 09/01/2020 16:58
Brasil tem tendência de preços altos

A quinta-feira (09) chega ao final com os preços internacionais do milho levemente mais baixos na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram perdas entre 0,50 e 1,25 pontos ao longo do dia.

O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,83 com queda de 1 ponto, o maio/20 valeu US$ 3,90 com desvalorização de 1,25 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 3,96 com baixa de 1 ponto e o setembro/20 teve valor de US$ 3,97 com perda de 0,50 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,26% para o março/20, de 0,26% para o maio/20, de 0,25% para o julho/20 e de 0,25% para o setembro/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos de milho diminuíram quando os investidores ocuparam posições à frente de um relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado na sexta-feira (10).

Os mercados de grãos estão aguardando os relatórios do USDA de sexta-feira, agendados para serem lançados às 11 horas (horário de Brasília), que devem mostrar colheitas menores de milho e soja nos EUA em 2019, estoques menores de grãos e menores plantios de trigo de inverno nos Estados Unidos.

“É o dia anterior ao relatório e os traders estão apenas disputando, basicamente avaliando as posições”, disse Craig Turner, corretor de commodities da Daniels Trading.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira, o analista de mercado da Germinar Consultoria, Roberto Carlos Rafael, apontou que o relatório do USDA desta sexta-feira (10) não deve alterar muito as movimentações do mercado, que deve registrar cotações estáveis até o dia 20 de fevereiro, quando os primeiros números sobre a próxima safra americana começarem a ser especulados.

Confira a íntegra da entrevista com o analista de mercado da Germinar Consultoria:

>> Milho deve manter preços altos no Brasil mesmo após a entrada da safrinha, diz analista da Germinar

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a quinta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Sorriso/MT balcão (6,45% e preço de R$ 29,00).

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Campinas/SP (0,94% e preço de R$ 52,70), Pato Branco/PR (1,24% e preço de R$ 40,70), Ubiratã/PR (1,28% e preço de R$ 39,50), Castro/PR (2,33% e preço de R$ 44,00), Dourados/MS (2,33% e preço de R$ 44,00), Cascavel/PR (1,28% e preço de R$ 39,50), Palma Sola/SC (2,50% e preço de R$ 41,00), Rio do Sul/SC (2,56% e preço de R$ 40,00), Londrina/PR (2,60% e preço de R$ 39,50) e Brasília/DF (4,44% e preço de R$ 47,00).

Em seu reporte diário, a Radar Investimentos apontou que o mercado físico do milho ficou travado e quem precisou se abastecer pagou preços mais altos. “As tensões geopolíticas, o estresse do dólar e a ausência de produtores intencionados a negociar foram os pilares deste movimento”.

Veja como ficaram as cotações nesta quinta-feira:

>> MILHO

Tags:

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Colheita, dólar e Chicago pressionam e milho acumula perdas semanais na B3
Colheita deve pressionar milho no Brasil, mas clima dos EUA pode trazer boas oportunidades de venda
Colheita do milho safrinha está adiantada em Ipiranga do Norte (MT), segundo presidente do Sindicato Rural
Milho abre a sexta-feira estendendo as perdas na B3
Milho recua na B3 em quinta-feira de mercado técnico