Depois de pregão volátil, cotação da soja fixa na seca e fecha em leve alta
Publicado em 04/01/2012 18:23
e atualizado em 04/01/2012 23:10
Depois de registrar um movimento de realização de lucros no início da sessão regular desta quarta-feira, a soja conseguiu se recuperar e fechou o dia com levas altas na Bolsa de Chicago.
O suporte para os preços continua vindo do clima seco na América do Sul. A falta de chuvas no Brasil, na Argentina, Paraguai - importantes países produtores da oleaginosa - pode trazer grandes prejuízos para a colheita sulamericana e isso poderia significar uma maior demanda pela commodity norte-americana.
Diante desse cenário, os investidores acabam dando uma trégua ao andamento do mercado financeiro e focam-se nos fundamentos climáticos.
No entanto, apesar do fechamento positivo, o dia foi de sobe e desce para as cotações da soja na CBOT. Segundo o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, a volatilidade refletiu a falta de notícias sobre o clima e novas perdas na América do Sul, além de dados negativos no quadro macroeconômico.
"O mercado já subiu bastante, já adicionamos US$ 1,30 na cotação da soja devido a esse risco climático na América do Sul, mas para que o mercado continue subindo, nós teríamos que ver, infelizmente, uma pior do clima e um impacto negativo nas safras para que estimule novas altas", afirmou Araújo.
Milho e Trigo - Já o fechamento do milho e do trigo não tiveram o mesmo resultado e o dia foi mesmo de realização de lucros. Nem mesmo a leve alta da soja foi capar de promover uma alta entre os grãos.
Os investidores aproveitaram o dia de dólar firme e mercado financeiro menos otimista para devolver parte dos fortes ganhos vistos ontem em Chicago. No entanto, o clima seco na América do Sul limitou as baixas, uma vez que a produção de milho também sofre com a estiagem. No Rio Grande do Sul e no Paraná, o cultura do cereal é a mais atingida.
Veja como ficaram as cotações nesta quarta-feira:
Por: Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas