Produtores de soja em alerta no Paraguai com redução das chuvas nos últimos 20 dias. Lavouras em fase de enchimento de grãos

Publicado em 25/01/2017 11:21
Áreas pontuais já tem perdas consolidadas de até 30% e as previsões climáticas não indicam volta das chuvas
Confira a entrevista de Karsten Friedrichsen - Presidente APS - Paraguai

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Produtores de soja em alerta no Paraguai com redução das chuvas nos últimos 20 dias. Lavouras estão em fase de enchimento de grãos

 

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No Paraguai, os produtores estão em sinal de alerta para a safra de soja. Após um cultivo que teve um bom andamento até o mês de dezembro, janeiro mudou as perspectivas e as chuvas não estão mais chegando de forma geral. De acordo com Karsten Friedrichsen, presidente da Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai (APS), há regiões no país com mais de 30 dias sem chuvas, enquanto algumas lavouras se encontram na fase de enchimento de grãos.

Com isso, algumas regiões já constataram falhas e índices de baixa produtividade que podem surgir dessa seca. A província de San Pedro é a que mais aponta problemas pontuais. Outras regiões estão menos afetadas ou com chuvas insuficientes, como Canindeyú e Alto Parana, com problemas isolados.

Friedrichsen explica que esta época, tradicionalmente, traz de 20 a 30 dias de calor, portanto, o nível de chuvas tem que ser adequado para o desenvolvimento da soja até a colheita, que ocorre, em grande parte do país, em meados de fevereiro.

Algumas lavouras do país já estão sendo dessecadas para aproveitar o ciclo do milho safrinha. A produtividade, até o momento, vem bem, sem problemas de estresse hídrico. O presidente explica também que o ciclo produtivo teve um atraso no país por conta do frio no início da primavera.

As previsões climáticas são preocupantes: não há chuvas previstas para a região oriental do Paraguai, onde se concentra a produção de soja. As chuvas que ocorrerem serão apenas localizadas e não devem alcançar todos os municípios.

Por outro lado, o preço da soja está bom para a comercialização dos produtores paraguaios. Com a alta da soja, em decorrência dos problemas climáticos na Argentina, o preço chegou a US$330 a US$350 por tonelada, o que cobre os custos de produção da safra. Cerca de 50% da soja da nova safra já deverá ter sido comercializada no início da colheita.

Leia ainda:

>> Atraso da colheita da soja deixará o milho sem seguro no Paraguai

As imagens a seguir foram enviadas pelo produtor Neivo Fritzen e são de Villa Ygatimy, no Paraguai:

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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