Soja: Chuvas na Argentina derrubam mercado em Chicago nesta segunda-feira

Esta análise refere-se ao pregão futuro de soja em trinta de janeiro de 2012. Nesta segunda-feira, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) fecharam com sólidas perdas, conforme a tabela acima. Este acentuado recuo das referidas cotações foi atribuído a previsão de clima acentuadamente mais chuvoso,  com respeito às regiões de sojicultora da Argentina, às condições mais favoráveis esperadas em partes do Centro-Oeste do Brasil - mais secas e mais favoráveis à colheita - e também a fatores externos. No início da sessão futura, forte pressão vendedora conduziu as cotações da oleaginosa em Chicago ao seu nível mais baixo, se considerados os seis últimos pregões.

Dentre os fatores externos, possivelmente os que mais agravaram a tônica negativa do pregão futuro de soja e que desencadearam vendas futuras de liquidação de posições compradas especulativas da oleaginosa foram: (i) a fraqueza nos preços de ações de capital em bolsas de valores e (ii) a forte valorização do Dólar dos EUA perante uma cesta de moedas conversíveis (vide o terceiro gráfico abaixo).

Os embarques de soja norte-americana destinada à exportação efetuados na semana passada situaram-se bem acima das expectativas do mercado, com 1.129.445 toneladas. Diversos sistemas climáticos em formação poderão trazer chuvas à Argentina, nas próximas semanas. O Sul do Brasil sofre ainda com estiagem, mas poderá receber precipitações pluviométricas ao final da semana em curso. A crise da dívida europeia está de volta e poderá voltar a contribuir para a tônica baixista.