Sem acordo comercial, agronegócio brasileiro perde competitividade na Ásia

Publicado em 29/04/2016 07:21
Por Mauro Zafalon, coluna Vaivém das Commodities

Apesar da importância da China, novas portas se abrem na Ásia para o comércio internacional. Uma delas é a do Vietnã, país que vem aumentando a participação no comércio mundial após a sua incorporação à Organização Mundial do Comércio, em 2007.

O Brasil também vem se beneficiando dessa janela. As exportações brasileiras para o país asiático saltaram 377% nos últimos cinco anos, atingindo US$ 2,21 bilhões no ano passado. Desse volume, 73% são de produtos do setor do agronegócio.

Apesar de ser um mercado promissor, o Brasil corre sério perigo de ter dificuldades no futuro para entrar por essa porta. O Tratado Transpacífico, que inclui acordo de negociações entre 12 países, vai colocar concorrentes diretos do Brasil nesse mercado. 

Um deles são os Estados Unidos, que têm economia similar à do Brasil quando se trata de agronegócio. Sendo que Vietnã e EUA pertencem a esse tratado, os norte­americanos já começam a fazer as contas com os possíveis negócios.

Por ser um dos países que têm um crescimento rápido, o Vietnã aumenta a necessidade de importações de grãos, carnes e alimentos em geral. Brasil e Estados Unidos têm capacidade de fornecer esses produtos, mas os norte-americanos podem sair na frente devido ao tratado comercial.

O Vietnã comprou o correspondente a US$ 2,3 bilhões em alimentos nos Estados Unidos no ano passado. No Brasil, as compras somaram US$ 1,6 bilhão nesse setor.

O crescimento das importações vietnamitas no Brasil é grande. No primeiro trimestre deste ano, as exportações brasileiras no setor de agronegócio atingiram US$ 375 milhões, 303% mais do que as de janeiro a março de há cinco anos. O problema é o Brasil concorrer praticamente com os mesmos produtos com os Estados Unidos. E as taxas de importações vietnamitas serão, aos poucos, zeradas para os produtos norte-­americanos, fazendo com o que os brasileiros percam competitividade. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

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Fonte:
Folha de S.Paulo

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