Be8 foca na internacionalização e leva clientes para a Conferência de Combustíveis Limpos nos Estados Unidos
Como parte da estratégia de crescimento no Brasil e no exterior, a Be8 participa com um grupo de clientes de mais uma edição da Conferência de Combustíveis Limpos (Clean Fuels Conference), realizada até o dia 8 de fevereiro, no Texas, Estados Unidos. “Estamos vivenciando o que tem de mais avançado em desenvolvimento de biocombustíveis, a melhor e única forma de descarbonizar a indústria do transporte de líquidos com a tecnologia atual”, destacou Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, empresa associada Clean Fuels Alliance America há sete anos.
Com o tema de “Energias Conectadas”, o evento reúne os principais participantes da indústria de biodiesel, diesel renovável e combustível de aviação sustentável e indica claramente o quanto temos que avançar no Brasil e na América do Sul em termos de desenvolvimento de tecnologia e de mercado para cumprir as metas de descarbonização.
“Verificamos aqui que o estado da Califórnia já usa mais biodiesel e diesel renovável (60%) do que o feito de petróleo (40%). E, também conferimos a perspectiva do aumento do uso dos biocombustíveis em seus diversos modais”, destacou Battistella. Ele aproveita o evento para articular com os colegas nos Estados Unidos o fortalecimento da criação da Agência Global de Biocombustíveis, que deve concentrar os esforços para o fomento da adoção de combustíveis renováveis na matriz energética mundial, como proposto pelo governo brasileiro durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça.
Forte crescimento
Os dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency – EPA) mostram que a produção de diesel baseado em biomassa naquele país – incluindo biodiesel, diesel verde (HVO), combustível de aviação sustentável (SAF) e óleo para aquecimento – atingiu 15 bilhões de litros em 2023, um crescimento de 25% em comparação com 2022.
“A indústria de combustíveis limpos tem testemunhado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado por um impulso global para reduzir as emissões de carbono e promover a sustentabilidade ambiental”, destacou Donnell Rehagen, CEO da Clean Fuels Alliance América antes do início do evento.
“Este crescimento é estimulado pelo aumento dos investimentos, pelos avanços tecnológicos, pelas políticas e por uma consciência crescente da necessidade de alternativas com baixo teor de carbono”, analisou o anfitrião. Ele destacou o crescimento exponencial do diesel verde (HVO), do combustível de aviação sustentável (SAF), e a maturidade do biodiesel como uma oportunidade de “desbloquear novos mercados substanciais num futuro próximo”.
Recorde de exportação de biodiesel
O mercado dos Estados Unidos é o novo alvo de interesse da estratégia de exportação da Be8. A companhia foi pioneira na exportação de biodiesel para o continente europeu, com início das atividades em 2013. No caso dos Estados Unidos, fez a primeira exportação em 2023 resultado de um processo que levou três anos para certificar as unidades de Passo Fundo (RS) e Marialva (PR).
A primeira exportação em escala comercial foi realizada com o registro EPA (Environmental Protection Agency), Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Esse selo autoriza a comercialização a partir da garantia de que a produção tenha sido segregada e dentro dos padrões norte-americanos.
Em 2023, o país exportou 108 milhões de litros biodiesel, uma alta de quase 160%. Só a Be8 embarcou 85 milhões de litros, um aumento de 57% em relação ao ano anterior. “O sucesso da exportação de biodiesel da Be8 é uma demonstração de que temos qualidade, capacidade e preço para conquistar esses mercados mais exigentes”, destaca Erasmo Carlos Battistella.
Combustível do Futuro
Aqui no Brasil, a partir de março haverá a ampliação da mistura de biodiesel para 14% (B14) quando já devíamos estar colhendo os benefícios do B15. Para Battistella, “trata-se de um processo de reconstrução de uma perspectiva de transição positiva depois de ficarmos congelados numa mistura de B10, em 2022, e a retomada de B12 no ano passado”. Ele aguarda também a aprovação do Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, que traz um conjunto de iniciativas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e vai ajudar o Brasil a atingir as metas internacionais de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
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