No varejo e na construção civil, a economia brasileira parou

Publicado em 18/10/2014 08:26 e atualizado em 20/10/2014 14:19
por Geraldo Samor, de veja.com

No varejo e na construção civil, a economia parou

A nove dias da eleição mais binária da história brasileira, a economia está parada, de acordo com vários relatos de empresários nos últimos dias.Dilma Rousseff

Como em toda recessão, os negócios de margem baixa e custo fixo alto são os mais vulneráveis, como o varejo e construtoras.

“A desaceleração é bem maior do que os números estão mostrando,” diz um empresário que tem negócios nos dois setores. “O pessoal que está na ponta do comércio sabe que a coisa está péssima. É o dono da loja que fala, é o gerente que fala, é o corretor de imóvel que não tá recebendo comissão.”

“A economia está parada. Não sai nada em Porto Alegre, não sai nada no Rio, nada na Bahia. Em muito pouco tempo, vamos ter muita empresa pedindo recuperação judicial se essa coisa não destravar.”

No mercado imobiliário, as transações passaram a ser ocasionais. “A PDG outro dia fez um feirão e vendeu tudo porque deu esse mega desconto, mas eles não estão preocupados com a margem.”

Aécio NevesEm imóveis comerciais, é comum se ver distratos de 20% porque os bancos estão mais restritivos no crédito e porque o preço dos imóveis parou de subir, o que tem levado os especuladores a jogar a toalha.

“Esse clima obviamente segura as encomendas para o Natal,” diz outro empresário do varejo. “Minha sorte foi que eu pisei no freio bem antes. Fiz bastante caixa para o caso de ter que precisar injetar dinheiro nos próximos meses.”

No mercado financeiro, o diagnóstico é o mesmo: “A procura por capital de giro junto ao nosso fundo de crédito privado dobrou no últimos meses, e as estórias estão cada vez piores,” diz um gestor.

Coincidentemente… ontem, o Governo editou uma Medida Provisória para estimular os bancos a fazer empréstimos para capital de giro.

No mercado, há quem especule até que o rumor de que o Banco Central pretende obrigar as processadoras de cartões de crédito a pagar aos lojistas mais cedo seja outra medida desenhada para ajudar as empresas a respirar.

“Acho que esse negócio pode estar sendo considerado mesmo, porque eles estão vendo como as empresas estão apertadas e querem jogar uma boia.”

VEJA Mercados convida os leitores a postar abaixo (ou em nossa página no Facebook) seus relatos sobre o estado da economia, para o bem ou para o mal.

Por Geraldo Samor

Preocupados com Minas Gerais, petistas fazem pesquisas diárias e cobram postura ativa de Pimentel na campanha de Dilma

Pimentel: cobranças de petistas

Pimentel: cobranças de petistas

Há desconforto patente nos petistas em relação à passividade de Fernando Pimentel, de quem esperavam que comandasse uma artilharia pesada contra Aécio Neves.

Até sexta-feira, 17, Pimentel permaneceu inerte. Vai para as ruas com Dilma, mas nem um pio contra Aécio. Diz um petista graduado: “Politico tem que ter lado”.

A preocupação da campanha de Dilma Rousseff com Minas Gerais é tamanha que estão sendo feitas pesquisas qualitativas diárias em várias regiões do estado para buscar a munição certeira de ataque a Aécio Neves.

Por Lauro Jardim

Quem tem peito?

Dilma no debate de ontem

Dilma no debate de ontem

Era consenso na comitiva que acompanhou Dilma Rousseff ontem ao debate, que sua atuação foi a pior em comparação aos embates anteriores. Resta saber quem teve peito para dizer isso para ela.

Por Lauro Jardim

Munição nova

Dilma: ela vai bater

Dilma: ela vai bater

A campanha de Dilma Rousseff prepara uma nova série de pancadas em Aécio Neves nos programas eleitorais. O foco será a vida profissional de Aécio antes de ele tornar-se deputado (ele  foi assessor parlamentar e diretor da Caixa). Os ataques entrarão no ar entre hoje e amanhã.

Por Lauro Jardim

Confira três prováveis ministros de Aécio Neves, além de Armínio Fraga, caso o tucano seja eleito

bernardinho

Bernardinho: se topar o convite de Aécio, deixa o comando da seleção de vôlei

Aécio Neves desistiu de anunciar, conforme havia prometido, os nomes do seu ministério antes de as urnas se abrirem. Mas alguns são dados como certos por quem conversa com ele.

Antonio Anastasia ocuparia um superministério da Infraestrutura, que reuniria as atuais pastas da Cidade, Transportes, Portos, Integração Nacional e Minas e Energia. Bernardinho iria para os Esportes. José Serra vai para o governo, provavelmente para o Itamaraty.

Armínio Fraga, que todo mundo sabe para onde irá se Aécio for eleito, claro, esteve em Nova York na quinta-feira, 16, com a cúpula do J.P. Morgan tratando de sua saída da Gávea Investimentos, controlada pelo banco americano.

Por Lauro Jardim

 

TERRORISMO ELEITORAL: No Rio Grande do Sul, o comitê da deputada e ex-ministra Maria do Rosário garante aos eleitores que perderão o Bolsa Família caso Dilma e o governador Tarso Genro não ganhem a eleição

“Fazendo o diabo”, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) tenta convencer eleitores que perderão seus benefícios governamentais se não apoiarem seus colegas petistas (Foto: André Dusek/AE)

Uma gravação divulgada pelo jornalista Vitor Vieira, editor do site Vide Versus, mostra uma eleitora gaúcha entrando em contato com o comitê da deputada federal Maria do Rosário (PT) para confirmar uma informação que lhe foi repassada.

A mulher diz à funcionária do comitê que sua cunhada recebeu uma ligação da equipe da deputada petista a alertando que, se a presidente Dilma Rousseff e o governador gaúcho Tarso Genro (ambos do PT) não forem reeleitos, os benefícios do Bolsa Família serão suspensos. A eleitora, em pânico, quer saber se é verdade, e a interlocutora garante que sim.

Vitor Vieira denuncia que os funcionários de Maria do Rosário usam uma base de dados do governo para escolher os alvos de suas ligações de terror.

Maria do Rosário foi ministra dos Direitos Humanos…

Confiram o áudio do programa da Rádio Vox, em que a gravação é exposta:

Dilma só é melhor do que Aécio quando fala sozinha. Ou: Não restou ao PT nada além do ódio, do rancor, do ressentimento e da pancadaria. Se vencer a eleição, como vai governar?

Eu realmente não havia me dado conta de como Dilma Rousseff tinha ido bem no debate Jovem Pan-UOL-SBT. Só percebi isso quando ela apareceu falando sozinha no horário eleitoral do PT. Dizendo de outro modo: Dilma é realmente a melhor opção que o Brasil tem para a Presidência, desde que se ignore a alternativa, que é Aécio Neves. Na propaganda do PT, nós a vemos como atua no Palácio: sem ninguém para contestá-la. É o melhor para ela. E o pior para o Brasil. Foi certamente assim que ela interveio no setor elétrico e provocou um dos maiores desastres da história na área.

É claro que a edição do debate que está no ar é uma peça publicitária destinada a fraudar os fatos. Os petistas, sem exceção, reconhecem que Dilma foi massacrada por Aécio e acham que, mais uma esfrega daquela, e a vaca vai para o brejo. É por isso que o partido, nas redes sociais e na imprensa, com a ajuda de Lula, passou a dizer que Aécio foi violento “com uma mulher”, que o agressivo foi ele, que o tucano deveria ser mais respeitoso… Ou por outra: como é homem, deveria receber calado as ofensas planejadas por João Santana, um homem.

No PT, há quem reconheça que a violência também embute um risco considerável: nunca se sabe quando se passa do ponto. Mas essa gente considera que não há outra saída. Isso, provavelmente, é conversa de quem gosta de ver correr sangue e prefere se eximir da responsabilidade moral da escolha que fez. O fato é que o PT está levando a retórica eleitoral para um ponto de exacerbação do qual é difícil voltar. Parece que Dilma não considera que, se reeleita, terá de governar depois. O ódio que está inoculando na política gera resíduos que ficarão aí por muito tempo, quem sabe para sempre.

Mesmo o PT fazendo a campanha mais odienta e mais odiosa de sua história, os bate-paus do partido, como o tal Guilherme Boulos — cuja máscara definitivamente caiu, revelando a sua condição de militante —, têm a cara de pau de acusar os adversários de promover a violência. Pior: num artigo na Folha, o coxinha radical sugere que, se Dilma vencer, haverá vingança. Boulos está se oferecendo para ser o “califa” Abu Bakr al-Bagdhadi do PT. A ignorância e o primitivismo desse rapaz, vertidos em sua logorreia aparentemente sábia, chegam a impressionar. Se, um dia, ele resolver cortar nossa cabeça em praça pública, saberá explicar que é ele a cortar, como a mão de Deus, mas que a culpa é nossa.

Dilma e o PT introduziram o vale-tudo nessa campanha. Eles não têm limites mesmo — nunca tiveram! Muito se fala da “baixaria” que Collor levou ao ar em 1989, ao apelar a Miriam Cordeiro, a mãe de Lurian, filha de Lula. Baixaria, sim, não tenhamos dúvida! Mas poucos se esquecem de que, já naquele ano, a rede de difamação petista, inclusive a da imprensa, espalhou pelos quatro ventos que o adversário era viciado em cocaína — sim, este mesmo Collor que, hoje, é aliado do PT. É que ainda não havia as redes sociais para multiplicar o boato.

Em 1994, o PT já tinha montado o seu primeiro grande “bunker” — podem pesquisar — para difamar adversários. Isso não é novo no partido. Grupos operaram nas sombras em todas as demais campanhas. Ou não surgiu, em 2010, dentro do comitê oficial de Dilma, uma súcia clandestina, encarregada de fabricar um dossiê contra Serra? E a operação de 2006, com os aloprados?

Essa gente nunca teve limites. E não terá, dentro ou fora do poder. Essa turma se julga acima da moralidade comum e acha que tudo lhe é permitido. Não sei até onde eles vão, mas uma coisa é certa: em outubro de 2014, Aécio é o Brasil que não tem medo do PT.

Marcelo Neri, presidente do Ipea, perde mais do que o bom senso; perde também a vergonha

A desmoralização a que vem sendo submetido o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) não tem precedentes: é inédita, é escandalosa, é vexaminosa. Seu atual presidente, Marcelo Neri, foi muito depressa do patético para o ridículo. Qual é o ponto?

O Instituto decidiu adiar para depois do segundo turno a sua avaliação dos microdados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2013. A justificativa é que a publicação fere a Lei Eleitoral. Talvez seja a maior mentira jamais contada por ali. Para que serve essa avaliação? Para demonstrar se o número de pobres e miseráveis caiu, cresceu ou ficou na mesma. Pesquisadores independentes que trabalharam com os dados do IBGE constataram que a miséria parou de cair no país em 2013.

Ocorre que a erradicação da miséria é um dos bordões da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, e a divulgação dos números, certamente, não seria bom para ela. Ocorre que o Ipea é um órgão de estado: não pertence a governo ou partido. A decisão do Ipea levou Herton Araújo, diretor de Estudos e Políticas Sociais, a pedir demissão.

Lei Eleitoral?
A justificativa é escandalosamente mentirosa. A Lei Eleitoral está aqui Desafio Neri a demonstrar qual é o artigo que proíbe a divulgação do estudo. Não existe! É espantoso que ele não se envergonhe de divulgar uma mentira tão clamorosa. Para tanto, é preciso perder mais do que o bom senso; é preciso perder também a vergonha.

Leia a nota do Ipea
O Ipea, por meio de sua Diretoria Colegiada, deliberou, em reunião realizada na primeira semana do mês de agosto, sobre procedimentos referentes à publicação de estudos durante o período eleitoral.

O Instituto vem mantendo normalmente a publicação de periódicos e obras enviadas para editoração até 5 de julho –data em que passaram a valer restrições estabelecidas a agentes públicos na Lei das Eleições (9.504/1997)–, mas suspendeu até 26 de outubro a divulgação de estudos não periódicos produzidos neste ínterim. A decisão baseou-se no entendimento de que uma instituição de pesquisa de Estado não deveria, neste período, suscitar acusações de favorecimento a um ou outro candidato.

Nomeado diretor posteriormente, o Sr. Herton Ellery Araújo não havia participado da deliberação. Durante a reunião de Diretoria Colegiada realizada na última quinta-feira, 9 de outubro, o Sr. Araújo procurou convencer os demais membros do colegiado a rever a decisão, restando vencido. Por discordar desta interpretação da lei eleitoral, o Sr. Araújo colocou o cargo à disposição.

Assessoria de Imprensa e Comunicação do Ipea

O bafo(metro) de Lula. Ou: Há sete anos…

No debate desta quinta, Dilma tentou ligar Aécio Neves à bebida. E se deu mal. Era decisão partidária. Lula fizera o mesmo num comício, há três dias. Quem diria, né? O poeta da cachacinha virou um moralista! E que se note: Lula gosta mesmo é de uísque, que ele bebia à farta na Fiesp, quando negociava uma coisa com os empresários e falava outra em assembleia para a “peãozada”. Um verdadeiro artista na arte da dissimulação. Sempre foi.

Em 2004, Larry Rohter, correspondente, então, no New York Times no Brasil, escreveu que o homem gostava de uma cachacinha. O chefão petista deu ordens para expulsá-lo do Brasil. A esquerda herbívora e carnívora babou de patriotismo.

Para muita gente, segue inesquecível a solenidade de posse de Nelson Jobim no Ministério da Defesa, em 25 de julho de 2007. O chefão petista estava num daqueles dias, digamos, cheios de alegria. Ao se despedir de Waldir Pires, o ministro que saía, disse com voz bem característica que o homem, coitado!, estava cansado… Ao saudar o titular que chegava, afirmou que resolveu nomeá-lo porque este estaria em casa, sem fazer nada, enchendo o saco da mulher. Era mesmo um gigante da institucionalidade!

Mas a gente sabe como são os moralistas, não é? Um repórter estrangeiro afirmar, em tom cordial, sem viés de denúncia, que Lula toma uma cachacinha é um crime contra a pátria. Lula sacar a acusação contra um adversário é coisa de poeta. Nojo!

Por Reinaldo Azevedo

Aumenta cerco bolivariano à imprensa na Venezuela: é isso que você quer para o Brasil?

Leia essa notícia: No dia em que começa a 70ª Assembleia-Geral da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) — que recentemente denunciou que a Venezuela caminha para se tornar uma “segunda Cuba” por suprimir a liberdade de imprensa —, a Andiarios (entidade que une jornais colombianos) decidiu publicar na capa dos jornais que a integram um anúncio da campanha “Todos Somos Venezuela – Sem Liberdade de Imprensa Não Há Democracia”.

Em março, O GLOBO aderiu a uma campanha da Andiarios e publicou diariamente, por uma semana, uma página com notícias publicadas originalmente por jornais venezuelanos, em apoio à liberdade de imprensa no país.

O anúncio da Andiarios denuncia que sete jornais venezuelanos encerraram as atividades e outros seis tiveram que deixar de ser impressos temporariamente por falta de papel, já que o governo não aprova que eles comprem dólares para poder adquirir o insumo no exterior e a Venezuela não fabrica papel-jornal. Outros 34 jornais tiveram que diminuir o tamanho das suas edições no último ano para reduzir papel. Enquanto isso, o governo do presidente Nicolás Maduro acaba de criar mais dois jornais governistas, e aprova normalmente a compra de divisas por diários afins ao chavismo.

Agora veja esse vídeo:

O PT de Dilma apoia clara e abertamente o modelo venezuelano. Maduro é um “companheiro” do peito, e Dilma o tem em grande conta. Entre o povo e o regime opressor, a presidente fica com o regime, o poder que oprime cada cidadão venezuelano.

Pergunto: é isso que você quer para o Brasil? Você pode até não gostar ou desconfiar de alguns veículos da imprensa, em boa parte pela incansável propaganda enganosa e difamatória que o próprio PT e seus blogs sujos fazem. Mas acha mesmo que seria melhor instituir a censura? Calar a imprensa? Pois é isso que a Venezuela fez, a Argentina está fazendo, e o PT de Dilma vem tentando fazer aqui também.

Veja, por fim, esse vídeo que fiz em homenagem a todos os venezuelanos que lutam pela liberdade, tão asfixiada por lá:

Rodrigo Constantino

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Fonte:
veja.com

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    A constatação de que no varejo e na construção civil o Brasil parou, pode se deduzir pela análise do panorama geral em nossa cidade. Uma coisa está chamando a atenção, se a sêca continuar até a Lua cheia de novembro a industria de perfuração de poços artesianos, comercialização de água potavel e produção e venda de aparelhos de ar condicionado poderão alavancar o PIB... do terceito trimestre de 2014. Veremos o resultado em abril de 2015

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