Câmara derruba projeto bolivariano de Dilma: não passarão!

Publicado em 29/10/2014 10:37 e atualizado em 02/03/2020 10:26
por Rodrigo Constantino, de veja.com

Câmara derruba projeto bolivariano de Dilma: não passarão!

Fonte: GLOBO

A Câmara derrubou nesta terça o decreto bolivariano de Dilma, aquele dos “conselhos populares” que o ministro Gilberto Carvalho tanto defendeu (por ser ele o canal entre governo e “movimentos sociais”, que assumiriam um poder imenso com esses “soviets”). O PMDB mostrou força ao reagir dessa maneira, mostrando que há um claro limite para as pretensões totalitárias do PT.

Só votaram com o partido de Dilma o PSOL e o PCdoB, ou seja, aqueles que adorariam ver o Brasil se transformar na próxima Venezuela, agora que a Argentina já praticamente consumou o processo. São os partidos que atuam como “linhas auxiliares” do PT. Não por acaso são os envolvidos com black blocs, com juventude comunista que depreda edifícios da imprensa independente, e que atacam sistematicamente a democracia representativa, em busca de uma “democracia direta”.

Como já cansei de dizer em palestras, sempre em voz baixa e um tanto envergonhado, é o PMDB, acima de tudo, que vai impedir o Brasil de seguir pela rota bolivariana. Defender o partido mais fisiológico do país é realmente tarefa inglória. Mas dos males o menor. Se, por um lado, o PMDB nos impede de decolar, de aprovar reformas modernizantes que poderiam nos colocar no caminho da Aliança do Pacífico, por outro lado impede isso aqui de virar uma Venezuela.

Seria matar a galinha dos ovos de ouro. O PMDB, de forma geral, tem interesse em manter o status quo, o Antigo Regime, corrupto e fisiológico, com estado inchado e gastador, pois leva comissão nesses esquemas. O liberalismo seria um duro golpe no partido. Mas tampouco lhe interessa deixar o PT hegemônico, uma espécie de peronismo brasileiro, ou um chavismo lulista. Isso seria fatal para o partido do “centrão”.

Por isso mesmo podem esperar uma chuva de ataques dos colunistas e “jornalistas” a soldo do PT contra o PMDB, o Congresso e a democracia representativa. Vão vir com tudo na defesa de uma “democracia direta” que possa ignorar o Congresso corrupto, de um plebiscito popular para uma nova Constituinte. O PMDB é a pedra no sapato dos bolivarianos, apesar de ser aliado no governo.

A presidente Dilma sofreu a mais dura derrota dois dias depois de reeleita. E vem mais por aí: a presidente já dá sinais de que pode recuar na ideia do plebiscito, rejeitada pelo PMDB. Já fala em aceitar um referendo, após o Congresso e o Senado deliberarem sobre a reforma política. Mais uma barreira contra o populismo exacerbado dos petistas.

A demagogia chavista vai encontrar um obstáculo e tanto na própria base do governo, além de ter, agora, uma oposição mais forte e organizada. Ontem mesmo o senador Aloysio Nunes já disse que o PT não terá trégua e que a presidente não tem autoridade moral para pedir diálogo depois de tudo que fez na campanha. Está certo, claro. Como dialogar com quem quer te destruir?

É hora de fazer dura oposição, de barrar cada projeto bolivariano do governo Dilma, de impedir cada tentativa de avanço do autoritarismo lulopetista. E, eventualmente, o PSDB e o DEM contarão até mesmo com o apoio do PMDB, como ficou claro. Já falam em se unir ao partido para aprovar o novo presidente da Câmara, contra o candidato petista. Eduardo Cunha, quem diria?, passa a ser um nome razoável quando lembramos o que tem do outro lado…

O PT vai tentar, e muito, emplacar seus novos passos bolivarianos agora. O controle da imprensa independente, chamado eufemisticamente de “democratização da mídia”, será outro importante balão de ensaio. Mas tenho um recado para dar aos petistas: não passarão!

Rodrigo Constantino

É preciso entender Gramsci para compreender o PT. Ou: É a cultura, estúpido!

Gramsci

Lenin queria uma revolução comunista pelas armas, para impor a “ditadura do proletário” (na verdade, da elite em nome do proletário). Mas Gramsci, o fundador do Partido Comunista Italiano, acreditava que essa tática belicosa não daria certo no Ocidente. Era preciso comer pelas beiradas, dominar a cultura, destruir a democracia de dentro dela.

Muitos repetem hoje a frase do marqueteiro de Bill Clinton, alegando que “é a economia, estúpido”. Mas será que é mesmo? A economia esse ano simplesmente não cresceu nada, e a inflação seguiu em alta. Mesmo assim Dilma venceu. Podemos considerar uma possível fraude e o voto de cabresto, mas mesmo assim ela teve milhões de votos Brasil afora. Por quê?

De forma bem resumida: Gramsci. O empresário Gastão Reis Rodrigues Pereira publicou um excelente artigo hoje no Estadão resumindo o que pregava o ideólogo comunista. Dá uma boa ideia de como chegamos até aqui. Isso foi abordado em meu livro Esquerda Caviar também, tamanha a importância que dou ao assunto. Segue um trecho:

Onde as ditaduras socialistas não vingaram, restou a opção da tomada de baixo para cima desses veículos. A revolução de Gramsci, o comunista italiano que arquitetou a estratégia  de poder por meio da própria democracia, poderia dispensar as armas se fosse bem-sucedida na infiltração em escolas, universidades, redações, igreja e televisão. Sua revolução cultural seria mais silenciosa e, portanto, mais perigosa, pois menos perceptível.

Vale a pena dedicar alguns parágrafos a esta figura sombria, uma vez que as estratégias traçadas em seus Cadernos do cárcere têm tudo a ver com a postura da esquerda caviar atualmente, e com esse viés da imprensa.

Nascido na Itália em 1891, Antônio Gramsci foi um marxista intelectual membro do Partido Socialista Italiano. Gramsci era um simpatizante da revolução bolchevique de 1917, e foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano. Preso pelo regime fascista de Mussolini, começou a escrever notas na prisão.

O tema central de seus escritos consistiria na formulação de uma  estratégia de tomada do poder, distinta do modelo leninista. Para Gramsci, o “assalto ao poder” de Lênin não seria o método adequado nos países ocidentais. A estratégia gramscista de transição para o socialismo contaria com aspectos mais graduais, infiltrando-se e influindo na cultura, e alterando-a para permitir a conquista final do poder pelas classes subalternas. Esta tem sido a receita praticada na América Latina nas últimas décadas, com resultados claramente positivos do ponto de vista dos marxistas.

O general Sérgio Augusto de Avellar Coutinho, já falecido, escreveu o livro A revolução gramscista no ocidente, que faz um didático resumo da concepção revolucionária de Gramsci. Nela, o grupo dirigente seria justamente aquele que tem a hegemonia, ou seja, “que tem capacidade de influir e de orientar a ação política, sem uso da coerção”. O que torna a estratégia gramscista tão perigosa é exatamente o fato de trabalhar por apodrecer os pilares democráticos de dentro da própria democracia, subvertendo seus valores e corroendo esses fundamentos.

Os gramscistas falam em “democracia radical” ou “radicalismo democrático” para se referir a tal modelo. Essa deturpação da ideia de democracia é útil para a causa socialista, pois permite que se fale em “socialismo democrático”, distanciando-se, no imaginário popular, do regime ditatorial adotado na União Soviética. Isso garante o respaldo de legalidade, evitando assim eventuais resistências e reações da sociedade.

Na estratégia gramscista, o papel dos intelectuais orgânicos é crucial. O novo intelectual não é apenas um orador eloquente, mas um dirigente que orienta, influencia e conscientiza as massas. O grupo de luta deve também batalhar pela assimilação e conquista ideológica dos intelectuais tradicionais. Estes terão participação consciente ou inconsciente, podendo assumir o papel de intelectual orgânico por convencimento e adesão, ou por ingenuidade, acomodação ou até capitulação.

Para Gramsci, todos os membros do partido, em todos os níveis, são intelectuais. Devem realizar na sociedade civil uma profunda transformação política e cultural, “amestrando” as classes burguesas também, levando-as a aceitar as mudanças intelectuais e morais como parte de uma natural e moderna evolução. Para tanto, contam com o apoio dos organismos privados, como sindicatos e organizações não-governamentais. E da imprensa, claro.

Portanto, caros leitores, se desejamos nos livrar de vez do PT e do bolivarianismo – e toda gente decente deseja isso – será preciso lutar no campo cultural. Sem mudar a mentalidade das pessoas e sem impedir o avanço dos “intelectuais orgânicos”, essa cambada de doutrinadores que desde a escola já manipula as frágeis cabeças das crianças, não será possível superar e enterrar essa seita esquerdista, colocando-a em seu devido lugar, que é o lixo da história.

Rodrigo Constantino

 

Estelionato eleitoral ou ilusões mercadológicas? Ou: O capitão do Titanic

Quem vai substituir Mantega, ou seja, Dilma?

Os mercados não só se acalmaram ontem, como entraram em festa. O Ibovespa recuperou toda a queda do dia anterior e fechou com alta de 3,7%. No primeiro dia após a reeleição de Dilma, o índice chegou a cair mais de 6% durante do dia, mas depois eliminou metade das perdas. Qual o motivo? Dilma, afinal, não será tão ruim assim na economia?

Calma. O que aconteceu foi que circularam vários rumores de que a escolha da equipe econômica não seria tão ruim, e que haveria alguma mudança de política, endossada pela própria presidente, sem precisar qual. Nomes como o do ex-minstro Antonio Palocci foram ventilados pelos investidores. Ou Luiz Trabuco, presidente do Bradesco. Até mesmo Eduardo Loyo para o Banco Central chegou a ser cogitado, alguém que era praticamente certo na equipe de Arminio Fraga.

Quais as chances de isso acontecer? Em primeiro lugar, vamos ter de constatar um fato: se Dilma for mesmo por esse caminho, e aceitar colocar até mesmo um banqueiro no ministério da Fazenda, estaremos diante do maior estelionato eleitoral da história. Sei que os investidores, desesperados com a alternativa muito pior, que seria Dilma continuar sendo… Dilma, preferem essa opção. Mas para efeito pedagógico de nossa democracia seria um caos.

O que significaria alguém ter o direito, o aval e a licença dos mercados para fazer a campanha mais sórdida, populista e demagógica de todas e depois simplesmente ignorar cada coisa dita? Quer dizer que Dilma pode colocar um vídeo de comida desaparecendo da mesa dos pobres porque o concorrente apontaria um banqueiro para a economia, e logo depois de vencer anunciar… um banqueiro? E o Brasil vai apenas aceitar que isso é parte do jogo? Um jogo abjeto de vale tudo?

Se ela for mesmo por esse caminho, temos somente dois tipos de eleitores do PT, e nada mais: aqueles alienados o suficiente a ponto de cair em um embuste enorme desses; ou aqueles indecentes o suficiente para saber que era apenas embuste eleitoral para conquistar o voto dos alienados, mas não ligam a mínima, pois acham válido fazer o “diabo” para permanecer no poder. Não consigo pensar em uma terceira alternativa.

Dizem que Lula pretende ter uma voz maior no segundo mandato de Dilma – se não houver impeachment – e que já teria aceitado ser o candidato em 2018. Para isso, quer pavimentar o caminho, e teria exigido da presidente uma suavizada na política econômica desenvolvimentista, abandonando parcialmente a “nova matriz macroeconômica”, responsável por este retumbante fracasso atual (que, novamente em um grande embuste eleitoral, a campanha de Dilma jogou na conta de uma suposta crise internacional).

Talvez venha um nome mais amigável mesmo, sob pressão de Lula, que tem mais bom senso que Dilma quando se trata de economia – o que não é nada difícil. Mas será que ela aceita? Será que Dilma topa abrir mão de ser ela mesma, a arrogante economista que acha que entende do assunto? Afinal, sabemos que era ela a responsável pela economia, não Guido Mantega, um pobre garoto de recados, muito menos Alexandre Tombini, ali para executar ordens do Planalto. Dilma vai fazer esse reconhecimento público de que foi uma desgraça como gestora da economia?

Um nome forte, sob a perspectiva do mercado, teria de ter autonomia de fato, caso contrário a euforia de ontem será dissipada em dois tempos, transformando-se em pânico novamente. Mudança real, não para inglês (ou investidor) ver. Aí vem outra questão: quem aceitaria? Como colocou Marcelo Madureira em evento recente de que participamos, é como convidar alguém para ser capitão de um navio afundando. Quem encararia assumir o Titanic?

Acho pouco provável que venha um nome realmente de peso, por esse motivo, e por achar que Dilma não aceita abrir mão facilmente do controle da economia, nem mesmo a pedido de Lula, seu criador. Alguns nomes que também circularam parecem mais prováveis, mas não seriam comemorados pelos mercados. Nomes como Jaques Wagner, governador da Bahia, Nelson Barbosa ou Murilo Ferreira, da Vale.

Alguns outros que entraram na bolsa de apostas seriam caóticos se confirmados, como Luiz Gonzaga Belluzzo e Aloizio Mercadante. Nesses casos, acho que o Ibovespa cairia no mínimo uns 10%, e seria apenas o começo. Mas sem dúvida teriam muito mais a ver com o perfil de Dilma.

De qualquer jeito, sabemos que estamos diante de um governo mentiroso e incompetente. A questão aqui é saber qual é maior: se a mentira for maior, os mercados ficarão mais calmos, e a democracia brasileira sairá bastante arranhada; se a incompetência ideológica for maior, os mercados entrarão em pânico, a economia sofrerá muito, e o eleitor de Dilma terá aquilo que merece, pois escolheu a porcaria consciente. O problema é que arrastará todos nós, mais esclarecidos, juntos…

Rodrigo Constantino

 

Não aceito equivalência moral dos dois lados. Ou: Dá para ter amigo petista? Ou ainda: Quem é o raivoso aqui?

A sessão de carta dos leitores do GLOBO de hoje publicou quatro comentários bastante negativos contra minha coluna de ontem, e nenhum favorável. Estranho, pois choveram elogios pelas redes sociais e aqui no blog.

Os comentários falam que é um desrespeito eu chamar a outra metade do país de desonesta ou alienada, que sou agressivo, raivoso, dissemino o ódio, escrevi algo abominável, e deveria haver limites para a liberdade de expressão. Lá vamos nós…

Constatei apenas o que para mim é um fato: só pode ter votado em Dilma após tantos escândalos de corrupção bem no centro de seu governo quem é conivente, indiferente ou cúmplice dessa podridão toda. Ou alguém muito alienado mesmo. Não vejo outra alternativa.

Como dizia o embaixador Meira Penna, um doce de pessoa e nada raivoso, mas sincero, ou o marxista é um patife, ou burro. Marxista honesto e inteligente eu desconheço. E o pior é que ainda citaram, como prova de meu equívoco, gente como Chico Buarque, Caetano, Francisco Bosco e Xico Sá. Sério?

O PT rachou o país ao meio. Fomentou o ódio, a luta de classes, apelou para o “nós contra eles”, criou inimigos fantasmas, segregou a nação toda. Agora, após uma vitória questionável do ponto de vista legal e inquestionavelmente podre do ponto de vista ético, quer “conciliação”, quer “paz”, quer “diálogo”. Não!

O lado de cá não quer dialogar com quem joga tão sujo, dissemina o ódio, abusa da máquina estatal, compra votos de miseráveis, faz terrorismo eleitoral, difama os adversários, vistos como inimigos mortais. Não quer diálogo com quem quer dialogar com terroristas islâmicos que degolam inocentes, ou com quem se alinha aos piores ditadores do mundo.

Eis o que não aceito: a equivalência moral dos dois lados. É o que a máquina ideológica deles tentará fazer agora. Já tentam colar em gente como eu a imagem de ser o que dissemina o ódio, a raiva, enquanto estou apenas indignado, como 51 milhões de brasileiros, e defendendo a ética e a democracia.

Será que quem se mostrou indignado e agiu com firmeza, sem contemporizar, com figuras como Chávez ou Kirchner, eram “intolerantes” ou “raivosos”? Não! Eram democratas lutando contra regimes opressores, aquilo que o PT pretende ser. E quem não enxerga isso é alienado. Quem enxerga e não liga, é desonesto ou patife.

Um artigo publicado pelo jornalista Felipe Benjamin no mesmo jornal tenta levantar uma bandeira de paz também, aparando as arestas. Diz que os dois lados têm seus extremos, mas que desejam as mesmas coisas: “serviços públicos da melhor qualidade para nós e para os filhos que temos ou (não) teremos; uma economia que não esmague os trabalhadores, nem arruíne os empreendedores; uma sociedade mais justa e inclusiva”. Falso!

O PT deseja o modelo venezuelano. Quem não enxerga isso é alienado. Quem enxerga e não liga, é patife. Mas o jornalista continua, como se houvesse equivalência moral de ambos os lados:

Vocês sabem que não devoramos criancinhas ao som de rumba cubana e — embora certos discursos ainda assustem de vez em quando — nós também sabemos que vocês não querem essas criancinhas trabalhando 18 horas por dia nas minas de carvão.

Aí é que está: comunistas de fato devoraram crianças, como mostram os livros sérios de história, enquanto o capitalismo não foi o responsável pela desgraça das crianças trabalhadoras, e sim sua salvação: antes da revolução industrial elas morriam de fome! Continuaram morrendo nos países que não abraçaram o capitalismo. O PT é companheiro da ditadura cubana, que prende e mata pelo “crime” de opinião. Alguma mentira?

O autor termina como se fosse apenas uma simples questão de preferência subjetiva, como uma cor predileta, optar entre um e outro. Não é: um lado quer aparelhar a máquina estatal toda, manter uma quadrilha no poder, e lá se perpetuar, custe o que custar; o outro joga o jogo democrático. Não enxergar isso é ser alienado. Enxergar e não ligar, é ser patife.

E vejam que o PSDB nem é “neoliberal” como alegam, muito menos um partido radical. É um partido de centro-esquerda, social-democrata, nos moldes europeus. Essa tática, portanto, de colocar o PT como esquerda e os tucanos como direita, já é parte de um interesse pérfido, ou de alienação.

“De nada adiantará estarmos certos nas nossas convicções se estivermos ilhados no campo das ideias”, conclui o jornalista. Concordo. Mas discordo totalmente de que é possível tal diálogo com o PT. Os petistas mostraram o que são faz tempo. Fazem “o diabo” pelo poder. Encaram a democracia como uma farsa burguesa, que deve ser superada, usada para destruí-la, como feito na Venezuela. Quem não enxerga é alienado. Quem enxerga e não liga, é patife.

Diante de tudo isso, pergunto: dá mesmo para ter um amigo petista? Antes que me acusem de radical e raivoso, cito o próprio Francisco Bosco, ícone desse lado de lá, que escreveu recentemente achar totalmente legítimo romper amizades se houver uma profunda divergência na visão de mundo. Pois é: finalmente concordo com ele em alguma coisa.

Não acho possível manter uma amizade com um petista, alguém que ou é muito alienado, ou um patife, alguém que acha José Dirceu um “herói”. E que ainda por cima quer destruir a minha liberdade!

Rodrigo Constantino

 

São esses tipos os (de)formadores de opinião do lado de lá. Ou: “Menino maluquinho” x “rapaz safadinho”

Sabem aquele site Brasil 171, digo, Brasil 247, do “jornalista” Leonardo Attuch? É o mesmo que popularizou entre os esgotos minha alcunha de “menino maluquinho”. Pois é: além de só ter anúncio de estatais, uma forma indireta de o PT bancar militantes com recursos públicos, ficamos sabendo agora, por documentos apreendidos com o doleiro Alberto Youssef, que rolava grana por fora também. Vejam o que Augusto Nunes denunciou:

“No monitor de uma das meses (sic) havia um post it com a anotação‘Leonardo Attuch 11-950206533 6×40.000.00 24/02/2014′”, informa o trecho do relatório em que a delegada Paula Ortega Cibulsk resume o que foi encontrado, num dos imóveis utilizados pela quadrilha de Alberto Youssef, por agentes da Polícia Federal incumbidos de cumprir o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. No fim do texto reproduzido abaixo, datado de 17 de março de 2014, a delegada acrescenta que anexou ao relatório um registro fotográfico do documento que vincula o alvo principal da Operação Lava Jato ao blogueiro Leonardo Attuch, proprietário do site Brasil 247.

As letras e os algarismos que constam do anexo 3, confrontados com outras peças da montanha de documentos capturados pela Polícia Federal, revelaram que o próprio Youssef fez as anotações manuscritas que incorporam Attuch ao bando de políticos, governantes, empresários, funcionários públicos, além de indivíduos, que se apresentam como “jornalistas” envolvidos de alguma forma com um dos comandantes do mais portentoso propinoduto montado no Brasil desde o Descobrimento.

O blogueiro costuma desperdiçar seu tempo com a edição de textos abjetos sobre jornalistas independentes, aos quais se seguem “comentários” que difamam, caluniam e afrontam a honra de quem ousa criticar o governo lulopetista. A prudência recomenda que suspenda o serviço sujo e procure a ajuda de um advogado especialmente imaginoso. Vai precisar de um álibi e tanto para escapar do enquadramento no Código Penal.

E pensar que ainda tem gente que leva a sério o que sai desses blogs sujos… Por isso o Brasil está nessa situação, tendo agora de aturar mais quatro anos de desgoverno e muita corrupção, se Dilma não sofrer processo de impeachment. Um exército atua na esgotosfera para poluir as redes sociais e muitos idiotas úteis caem na armadilha.

Agora fica comprovado que Brasil 247 não tem nada a ver com 24h e 7 dias por semana (até porque petista não gosta de trabalhar), mas com 2+4+7=13. Instrumento partidário financiado com recursos públicos difamando quem ousa pensar por conta própria. É melhor ser um “menino maluquinho” do que um “rapaz safadinho” e sem vergonha na cara, não é mesmo?

Como costumo dizer: tem gente que quando nos ataca demonstra apenas como estamos no caminho certo. Aterrorizado eu ficaria no dia em que recebesse algum elogio de tipos assim!

Rodrigo Constantino

 

Dispersar jamais!

Dormi apenas 3 horas de domingo para segunda, perplexo com o enorme equívoco da nação brasileira, ou de 38% dos eleitores alienados ou vendidos, digerindo a informação e ruminando sobre a nuvem negra que vem por aí. Mesmo assim, exausto, fui participar do bate-papo no Fashion Monday, a convite de meu amigo Alexandre Borges.

Além de mim, falaram Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta, e o jornalista Guilherme Fiuza. A Livraria Cultura estava lotada, abarrotada de gente pelo chão ou em pé. A mensagem não foi de consolo ou tranquilização, e sim de alerta. A democracia corre perigo.

Fashion Monday

 

Os três se mostraram pessimistas com o que vem por aí no curto prazo, seguros de que o desejo do PT será dobrar a aposta no caminho bolivariano. É o que lhe resta, uma quadrilha incrustada no poder sem projeto de nação.

Dito isso, a mensagem foi de luta e esperança também. Madureira fez um belo discurso, lembrou de que enfrentou por duas décadas o regime militar, e que não será o PT a intimidá-lo. Fiuza reforçou a importância fundamental da imprensa independente na defesa da democracia, e da ação individual de cada um de nós, ao não se calar diante da patrulha deles. Eu foquei no despertar da nova oposição, mais atenta, mais organizada, e no PMDB fisiológico que, justamente por isso, não tem interesse em ver o Brasil virar uma nova Venezuela.

Sabemos o que o PT quer. Mas não chegará lá tão fácil assim. Não será sem muita resistência e luta do lado de cá, dos defensores da democracia. Como disse Madureira, o importante agora é essa oposição desperta não dispersar. Jamais!

Rodrigo Constantino

 

Discurso do Prêmio Liberdade: Os heróis são os empreendedores desse país

Meu breve discurso de agradecimento pelo Prêmio Liberdade, no V Fórum Liberdade e Democracia organizado pelo IFL em Belo Horizonte este ano.

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Rodrigo Constantino

 

Constituinte é tentativa de golpe à democracia

Quando ocorreram as manifestações em junho de 2013, o governo Dilma tirou da gaveta seu sonho de fazer uma nova Constituinte, como se fosse uma reação espontânea aos pedidos das ruas. Não era. Mas o PT nunca desistiu desse sonho, pois viu que foi esse caminho que permitiu a perpetuação dos vizinhos bolivarianos no poder, a despeito de suas graves crises econômicas (a nossa vem por aí).

Não por acaso Dilma puxou da cartola o papo de Constituinte logo no discurso de vitória. Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, os dois principais objetivos do governo serão a “reforma política” por meio de plebiscito (à lá Chávez) e a “democratização da imprensa”, ou seja, censura. Quem tem olhos para enxergar não pode ser vítima de wishful thinking. É o que eles querem. A única dúvida é se vão conseguir, ou se o Congresso vai barrar.

No “Liberdade de Expressão” de hoje, na CBN, Viviane Mosé aplaudiu entusiasticamente a proposta e a fala da presidente. Mencionou até sua “disposição” de combater a corrupção. Um espanto! Ao menos Artur Xexéo e até Carlos Heitor Cony, quem diria?, mostraram-se mais cautelosos com este caminho desejado pelo PT. É tentativa de golpe à democracia sim!

Podem esperar um ataque sistemático ao Congresso nos próximos dias, para preparar o terreno para a ideia da “democracia direta”. Os colunistas a soldo do partido vão vir com tudo nessa direção. Querem mesmo transformar isso aqui em uma Venezuela. Segue um vídeo que gravei sobre o tema lá na época das manifestações:

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Rodrigo Constantino

 

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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