João Santana, marqueteiro de Dilma, leva R$ 70 milhões pela vitória

Publicado em 26/11/2014 16:51 e atualizado em 27/11/2014 04:22
em veja.com

A mordida de João Santana

João Santana, o marqueteiro da campanha eleitoral de Dilma Rousseff

João Santana, o marqueteiro da campanha eleitoral de Dilma Rousseff (Patricia Stavis/Folhapress)

Se há alguém que deve estar rindo à toa com os números, digamos, espetaculares das finanças da campanha que garantiu a reeleição a Dilma Rousseff, é o marqueteiro João Santana. Dos 350 milhões de reais em gastos declarados pela presidente em 2014, um recorde para qualquer pleito no país, 70 milhões de reais foram diretamente para a conta da empresa do marqueteiro, a Pólis Propaganda. Outros 8 milhões de reais foram repassados à empresa por meio do diretório nacional do partido. Não se sabe o quanto disso é, de fato, lucro próprio, mas significa nada menos que 20% dos gastos totais da campanha da presidente. Em 2010, o marqueteiro havia abocanhado "apenas" 42 milhões de reais. Mas o bolo despendido por Dilma também era menor: 194 milhões de reais. No fim das contas, exceto pelos 8 milhões de reais pagos pelo PT, a proporção da fatia de Santana na conta de Dilma se manteve igual entre um pleito e outro. Mas o trabalho certamente foi maior. Na eleição mais suja das últimas décadas, o marqueteiro não economizou na artilharia. E venceu a guerra. Resta saber se a presidente achou a fatura 'salgada' demais. (por Ana Clara Costa, de São Paulo).

 

Governo velho

dilma

Jeito de Dilma continua o mesmo

Hoje, faz um mês que Dilma Rousseff venceu a eleição. Parece que foi há um século. O discurso de união nacional  da noite da vitória não prosperou.Ninguém nunca mais ouviu Dilma falar sobre o tema. E o chamamento ao diálogo não se concretizou. Novamente, nada neste sentido foi minimamente trabalhado. (Por Lauro Jardim, de veja.com)

 

 

Sobre Kátia: Moderador de apetite

Dilma Rousseff desistiu de nomear oficialmente hoje Kátia Abreu (Agricultura) e Armando Monteiro (Desenvolvimento) para deixar claro que eles integram a cota política, e não técnica, do novo governo. A presidente quis evitar que o PMDB alegasse que a senadora será parte da equipe econômica e pedisse outras cinco pastas para manter seu quinhão na Esplanada. Assim, Dilma, que convidou Kátia há nove dias, deixará a aliada por tempo indefinido sob ataque do PT.

(por VERA MAGALHÃES, da Folha de S. Paulo)

 

Um governo insuperável

Compromissos debatidos nos últimos dias

Sem retorno a Marcos Pereira

No dia 4 de novembro, o vice-rei Aloizio Mercadante recebeu o presidente do PRB, Marcos Pereira, para uma conversa. Mercadante explicou que o assunto ministério e cargos começariam a ser tratados após o dia 20, quando Dilma Rousseff retornaria do encontro do G-20.

Combinaram que na última semana de novembro voltariam a conversar para acertar os cargos do partido no governo. Dias atrás, Pereira tentou marcar uma audiência com Mercadante para esta semana.  Foi ignorado. Pereira está esperando até agora o retorno do ministro.

Ontem, Pereira tinha uma reunião com a bancada do PRB, previamente agendada justamente para discutir as propostas que levariam ao governo.  Mas, fora a irritação com Mercadante, não tinha o que dizer aos comandados.

O governo é insuperável na arte de seduzir os aliados.

Por Lauro Jardim

 

Aécio no vermelho

Dívida de

Dívida de 550 000 reais

A derrota para Dilma Rousseff não foi o único resultado negativo para Aécio Neves nas eleições. Apesar da extensa lista de doadores, desde a JBS até as empreiteiras implicadas na Lava-Jato, a campanha do tucano ao Planalto terminou com um vermelho de 550 054 reais na praça. A derradeira prestação de contas de Aécio ao TSE informou despesas de 223 475 907 reais e receitas de 222 925 853 reais.

Ao contrário de Dilma, que aumentou em 85 milhões de reais o teto de gastos da campanha, Aécio gastou 33% menos que os 290 milhões de reais fixados como limite para as despesas de sua campanha.

Eis alguns dos maiores doadores de Aécio:

*JBS: 48 040 502 reais

*Itaú: 8 353 966 reais

*Bradesco: 7 344 366 reais

*Ambev: 2 437 187 reais

*Andrade Gutierrez: 20 309 093 reais

*OAS: 7 480 712 reais

*UTC: 2 369 952 reais

*Queiroz Galvão: 2 115 277 reais

*Odebrecht: 5 280 598 reais

Por Lauro Jardim

 

Dilma no azul

Doações generosas

Doações generosas

Já Dilma Rousseff, que obviamente também não abriu mão do dinheiro das empreiteiras, ficou 261 238 reais no azul: arrecadou 350 836 301 reais e gastou 350 575 063 reais. A presidente reeleita não chegou, portanto, aos 383 milhões de reais estipulados como teto ao TSE.

Alguns dos doadores de Dilma Rousseff:

*JBS: 73 219 959 reais

*Itaú: 4 milhões de reais

*Bradesco: 10 254 769 reais

*Ambev: 8 459 494 reais

*Andrade Gutierrez: 21 milhões de reais

*OAS: 20 milhões de reais

*UTC: 7,5 milhões de reais

*Queiroz Galvão: 3,5 milhões de reais

*Odebrecht: 8 985 099 reais

*Camargo Corrêa: 2 102 500 reais

*Engevix: 1,5 milhão de reais

Por Lauro Jardim

 

Sem cafezinho, água, xerox…

Palácio do Itamaraty: alvo de hackers

Itamaraty: cinto apertado

Hoje, foram dispensados 30% dos contínuos do Itamaraty.  Os diplomatas terão que aprender a tirar xerox, fazer café, servir água… Quem quiser água e cafezinho, que traga de casa.

Por Lauro Jardim

 

Seis notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de CARLOS BRICKMANN

Os Dez Mandamentos da Lei de Deus são severos, rígidos; e nem eles proíbem a mentira. O estadista britânico Winston Churchill dizia que a verdade é tão preciosa que precisa ser protegida por uma muralha de mentiras. A mentira, vemos, tem muitas vantagens; mas tem o poder de destruir quem acredita nela.

Todos assistimos à campanha eleitoral, todos assistimos hoje à desconstrução, pela presidente Dilma, daquilo que a candidata Dilma afirmava. Não tem grande importância: o importante é que a presidente tenha reconhecido, ao escolher sua equipe econômica, a necessidade de gastar menos do que o Governo arrecada, de evitar manobras criativas com a aritmética, de fingir que a inflação e as contas externas estão sob controle, que tudo vai bem e no melhor dos mundos.

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Reynaldo-BH: Isto aqui é hospício ou circo?

REYNALDO ROCHA

País de loucos. Seremos todos hóspedes do Sanatório Geral que o Augusto tenta manter com o número necessário de vagas? Aqui corruptor passa recibo – isso mesmo, aquele de papel! – do crime cometido. Só falta a exposição de motivos.

Quem manda no prostíbulo? Lula, depois de uma reunião de dez horas com a mulher que se julga presidente, deve ter anotado as ordens em algum papel de padaria. Isso vale mais – neste governo – que um decreto. Bastam as digitais (ou meia dúzia de garranchos) do copresidente. Dilma jamais ousará contrariar uma determinação de Lula. Aceitou Joaquim Levy como regra-três de  Luiz Carlos Trabuco e Henrique Meireles, os preferidos do padrinho.

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Editorial do El País: ‘Petrobras mancha o Brasil’

Publicado no El País

O Brasil está enfrentando o que pode ser o pior escândalo financeiro e político desde a chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder em 2003 com Lula como presidente. A rede de corrupção política e empresarial – com ramificações de financiamento ilegal do partido governista – tecida em torno da gigante estatal Petrobras ameaça apequenar o famoso mensalão, que há oito anos trouxe à tona um sistema de compra de votos no Congresso e – mais uma vez – financiamento ilegal do PT.

A Petrobras não é uma estatal comum. “A Petrobras é o Brasil e o Brasil é a Petrobras”, gostava de repetir Lula. Sua sucessora, Dilma Rousseff, agora precisa combater em duas difíceis frentes. Em primeiro lugar, como ministra de Minas e Energia do Governo Lula, Dilma ordenou que Petrobras tivesse fornecedores nacionais. Uma medida perfeitamente coerente com o ideário do PT e com o objetivo de criar empregos e ativar a indústria nacional. Mas teve o efeito – inesperado, até prova em contrário – de ser utilizada para engordar uma trama de favores, subornos e comissões ilegais que envolveu pelo menos nove das maiores empresas do Brasil e, até o momento, 85 altos executivos.

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veja.com

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, na área macroeconômica as ações do governo federal são mal interpretadas, todas as ações levadas à cabo têm um objetivo:

    DIMINUIR A DÍVIDA !

    As lambanças: contabilidade criativa, mudança da expressão meta de superávit para meta de resultado, ajustes infinitos (para baixo) do crescimento do PIB, etc. Diante destes fatos, os investidores perdem a confiança e não compram mais títulos da dívida do governo brasileiro e, isto faz com que a dívida abaixe. Esta vai ser a “cereja do bolo” que o ministro Guido Mantega vai apresentar em sua próxima entrevista, como o “lado positivo” das ações de seu ministério.

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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