GUERRA SUJA – PT quer radicalizar? É? Junte-se, então, aos aloprados da Secom, e todos contribuirão para abreviar o mandato de D

Publicado em 18/03/2015 20:53
por Reinaldo Azevedo, de veja.com
GUERRA SUJA – PT quer radicalizar? É? Junte-se, então, aos aloprados da Secom, e todos contribuirão para abreviar o mandato de Dilma

A cada ano, a cada dia do ano, a cada hora do dia em que passou na oposição, o PT se dedicou não a opor-se ao governo de turno, mas a sabotá-lo. Não importava a proposta que estivesse em votação, boa ou má, o partido era contra e mobilizava as suas bases para marcar posição. Afinal, a lógica da diferenciação ajudava a construir a legenda. Seria preciso citar o “não” às reformas? O “não” às privatizações? O “não” à abertura da economia ao capital externo? O “não” à Lei de Responsabilidade Fiscal? Como esquecer, Deus do céu!, o “não” dito à Constituição e ao Colégio Eleitoral quando aquela era a única saída? Se todos os partidos tivessem feito, então, como o PT, o resultado teria sido um golpe de estado.

No poder, a tática haveria de mudar. Desde 2003, o partido demoniza sistematicamente a oposição, transforma seus adversários em inimigos da pátria, evoca heranças malditas que nunca houve, acusa-os de acalentar projetos que não têm ou nunca tiveram (privatização da Petrobras, por exemplo), esmaga os que divergem nas redes sociais e apela à rede suja da subimprensa para atacar juízes, ministros do Supremo, jornalistas não alinhados com o poder e a imprensa independente.

Mas eis que, ao cabo de 12 anos de poder, já avançando no 13º, tem-se um balanço de tanta sapiência: inflação na casa dos 8%, recessão que já beira -1% (e que será maior do que isso), juros a 12,75%, baixo investimento, emprego em queda e, compondo o caldo de cultura da crise, evidências de corrupção como jamais se viram. E não adianta buscar paralelos na história. Entre a incúria e a safadeza, a Petrobras está quebrada.

Certo de que tinha o povo na mão, certo de que detinha o monopólio da representação, certo de que se pode enganar quase todo mundo o tempo todo, o partido demorou um pouco para reagir, enquanto a espuma de sua agressiva publicidade ia se desfazendo. A popularidade de Dilma está no chão, segundo o Datafolha e segundo os levantamentos do próprio governo. Milhões saem às ruas para protestar.

E o PT faz o quê? Acusa um golpismo que não existe nem nunca existiu, ataca moralmente os manifestantes, chama-os a todos de “elite branca”, provoca, tripudia, sataniza, discrimina, agride. O resultado de tal escolha se mede em panelaços. E a gente descobre que os feiticeiros ainda não esgotaram seu caldeirão de maldades.

Da Secom, a Secretaria de Comunicação da Presidência, vaza um plano de mídia para enfrentar a crise eivado de ilegalidades escancaradas: o governo admite que municia — quanto custa? — os tais blogs sujos com “balas” que são disparadas pelo que se chama lá de “soldados de fora”. Vale dizer: o dinheiro do estado está sendo usado para fazer política partidária e para a difamação daqueles que são vistos como adversários. Admite que vai casar a publicidade federal com a figura do prefeito Fernando Haddad para “levantar a sua popularidade”, o que  agride frontalmente a Constituição. Planeja centralizar, como está lá, a serviço do poder, o que chama de “comunicação estatal” e submeter a Voz do Brasil e a Agência Brasil aos interesses do governo de turno.

Só isso? Não! A cúpula do PT se reúne, decide que vai investir pesado na Internet — e a gente sabe como o petismo atua na rede — e avisa que vai “radicalizar”, seja lá o que isso signifique. Há dias, Lula convidou o MST a pôr o seu exército na rua. O país vive uma das mais graves crises políticas de sua história, e parece que a presidente Dilma não conta com um só bombeiro eficiente à sua volta. Ao contrário: os que vêm a público, os que se manifestam, os que falam, todos preferem investir no confronto, na intimidação, na violência retórica — por enquanto ao menos. Começam errando ao atribuir à oposição a organização do descontentamento, como faz o documento da Secom.

Aliás, o texto vazado da Secretaria é uma espécie de “Plano Cohen” às avessas. Denuncia a existência de um fantasioso complô para conseguir licenças especiais. Quem quer que o tenha redigido não está em busca de resolver a crise, mas de aumentar o seu próprio poder no governo. Pretende ter uma vista mais aguda do que os outros para que possa ocupar mais espaço.

Já escrevi aqui e já disse em toda parte: o risco da radicalização, da violência, do confronto, não parte das ruas que vestem verde e amarelo, mas de um governo acuado, pressionado por um partido de aloprados, instigado por mentalidades estreitas, que só entendem a linguagem do confronto, que era eficiente quando estavam por cima. Agora, acuados, podem se tornar também violentos.

A única chance de Dilma minorar a crise — e o que vou dizer nada tem a ver com a possibilidade de ela ir ou ficar; esse é outro departamento — é diminuir o protagonismo do PT, exigir que o partido sirva ao governo, em vez de se servir dele; buscar um entendimento com o PMDB e, dentro do governo, as lideranças desse partido para que dialoguem com a sociedade. Isso salva mandato? Pensar tal solução não é tarefa minha. Essa, sim, deveria ser a agenda “deles”, em vez de se entregar à alopragem.

Os petistas e alguns que se querem especialistas em opinião pública estão, reitero, empurrando Dilma para a beira do abismo. No fundo, isso tem nome: ódio à democracia. E a prova é evidente. As manifestações do dia 13, orquestradas pelo PT e pela CUT, regadas a R$ 35 por cabeça, foram saudadas, ainda que malsucedidas, como evidência do Brasil democrático. As do dia 15, que reuniram dois milhões, foram, segundo os gênios, expressão do golpismo.

Eis o PT: o povo que está com eles é o portador da verdade; o que está contra precisa ser enfrentado numa guerra suja. Acreditem: esse é o caminho mais curto para Dilma.

Por Reinaldo Azevedo

 

A guerra suja exposta em um documento da Secom. Governo admite que fornece munição para ser disparada por pistoleiros. Texto anuncia disposição de violar o Artigo 37 da Constituição. Pergunta direta: “Esse troço é de sua autoria, ministro Thomas Traumann?”

O conteúdo de um documento da Secom, a Secretaria de Comunicação do governo federal, cujo titular é Thomas Traumann, veio a público nesta terça, revelado pelo portal estadão.com.br. Não tem assinatura. Não dá para saber se o autor é ou não o ministro. O que dá para assegurar é que ali estão elencadas algumas propostas francamente ilegais e passos de uma guerra suja. Agora é para valer: o texto admite que os ditos “blogs progressistas”, popularmente conhecidos como “blogs sujos”, trabalham de maneira coordenada com o governo. Não é novidade, é claro! O que é novo é o governo admitir isso, ainda que em documento apócrifo. Assim, leitor, fique sabendo: sempre que, em uma das páginas dos puxa-sacos, aparecer um ataque a ministros do Supremo, juízes, jornalistas e imprensa independente, essa página está a serviço do governo.

É estupefaciente que um órgão oficial, que lida com dinheiro público, escreva isto. Leiam: “As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor (sic) coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.”

Notaram? Os “blogueiros”, financiados por estatais e por propaganda do próprio governo, são considerados parte da “comunicação oficial”, bem como o Instituto Lula e o PT. E o texto deixa muito claro que a esses blogs não cabe a divulgação de “conteúdos e dados oficiais”. Não! O governo fornece a “munição”, mas quem dispara são os “soldados de fora”. É asqueroso!

Há um trecho ainda mais revelador. Helena Chagas, ex-titular da Secom, foi derrubada do cargo por Franklin Martins. Quando caiu, os ditos “blogueiros progressistas” — os blogs sujos — estavam em guerra com ela porque ela havia diminuído o repasse de dinheiro para a turma. Sem falar em valores, o documento elaborado pelo órgão sob os cuidados de Traumann admite (leiam com atenção): “O início do primeiro governo Dilma (…) foi de rompimento com a militância digital. A defesa ferrenha dos direitos autorais pelo Ministério da Cultura e o fim do diálogo com os blogues pela Secom geraram um isolamento do governo federal com as redes que só foi plenamente restabelecido durante a campanha eleitoral de 2014.”

Ô Thomas! Explique aqui para este blogueiro não progressista o que quer dizer “fim do diálogo com os blogues (sic) pela Secom”. Não peço que explique a gramática porque inexplicável. Só o conteúdo. O que quer dizer “diálogo”, Thomas? Os blogueiros sujos telefonavam em busca de uma informação, e a Secom não atendia? E o que significa o restabelecimento do “diálogo” em 2014, em pleno ano eleitoral? Quanto custa esse diálogo?

Sabem o que é impressionante? Quem quer que seja o autor dessa estrovenga pegou o problema pelo avesso. Os blogs sujos, que disparam com munição fornecida pelo governo, hoje mais prejudicam a presidente Dilma do que ajudam. E a Secom quer dobrar a dose de um remédio que está dando errado. Pergunto: é lícito um governo usar uma rede de difamadores? É lícito um governo financiar páginas destinadas a cantar seus feitos? É lícito um governo fornecer “munição” para pistoleiros?

Haddad O texto da Secom segue adiante, propondo ilegalidades escancaradas. Uma delas é esta: “A publicidade oficial em 2015 deve ser focada em São Paulo, reforçando as parcerias com a Prefeitura. Não há como recuperar a imagem do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do Haddad. Há uma relação direta entre um e outro.”

O que se tem aí é a disposição anunciada de violar o Parágrafo 1º do Artigo 37 da Constituição, que estabelece: “§ 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.” O texto da Secom deixa claro que o objetivo da publicidade FEDERAL será “ajudar a levantar” a popularidade do prefeito.

A coisa não para por aí, não. Prestem atenção a isto aqui: “É preciso consolidar o núcleo de comunicação estatal, juntando, numa mesma coordenação, a Voz do Brasil, as páginas de sites, twitter e Facebook de todos os ministérios, o Facebook da Dilma e a Agência Brasil.”

Como? O Facebook de Dilma, informa-se lá, é administrado pelo PT. A “Voz do Brasil” é uma imposição legal do estado brasileiro — infelizmente! —, não do governo. Que se saiba, a Agência Brasil diz atuar com neutralidade. De novo: como órgão estatal, não pode estar a serviço do poder de turno nem se confundir com a militância partidária.

Congresso Thomas Traumann tem de ser convidado a explicar a deputados e senadores o conteúdo desse documento. Algumas questões: a: quanto custa o diálogo do governo com os tais “blogs progressistas”, também conhecidos como “sujos”, que veiculam anúncios oficiais e servem para atacar adversários do PT e do governo?; b: o que quer dizer fornecer “munição” para “soldados de fora”?; c: como o governo federal pretende usar a publicidade para “levantar a popularidade” de Haddad?; d: como pretende submeter a uma mesma coordenação o Facebook de Dilma (que é do PT), a Voz do Brasil e a Agência Brasil?

Bobagem A imprensa tem dado relevo ao fato de que o texto admite o “caos político” no país. Grande coisa! Quem precisa da Secom para isso? Sem contar que acho a palavra “caos” um óbvio exagero. Não sei se o texto é de autoria do Traumann, mas me parece que o redator, ele ou outro, encarece o problema para tornar mais urgente as soluções erradas e ilegais que aponta. A esta altura, não tenho dúvida de que Dilma as acatará. Em matéria de tiro no pé, nunca antes na história destepaiz se viu algo parecido.

O texto da Secom, além das óbvias ilegalidades que propõe, flerta com a guerra suja. Acredite, presidente Dilma: é o caminho para o abismo. Além, suponho, de custar caro. Mas, nesse caso, sei, quem paga é a população, né?

texto publicado originalmente às 3h47

Por Reinaldo Azevedo

 

Falcão defende cortar anúncios de TVs que “apoiaram” protestos

Em Exame.com:

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu, em reunião fechada com a bancada, que o governo deve restringir a veiculação de publicidade nos veículos de comunicação que “apoiaram” e “convocaram” as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff no domingo, 15.

“Não se enganem. O monopólio da mídia não será quebrado apenas nas redes sociais. Isso é uma ilusão”.

O dirigente disse, em seguida, que a “quebra” do monopólio deve ser feito por meio de “uma nova política de anúncios para os veículos da grande mídia”.

Para ilustrar sua tese, ele citou um caso que o pegou de surpresa.

“A Record, que sempre teve uma simpatia maior por nós, no domingo começou em rede aberta a convocar a manifestação. Foi uma briga por audiência. Nesse caso não foi nem má-fé”.

O presidente da sigla disse aos presentes que não adianta “minimizar” o que ocorreu no domingo, mas pontuou que o sucesso das manifestações se deve “exclusivamente” a convocação da “grande mídia”. Segundo Falcão, as redes de TV “manipularam” os números de participantes.

Por Reinaldo Azevedo

 

Com país em crise, filho de Maduro dança sob chuva de dólares
Nicolás Ernesto Maduro Guerra, filho do presidente da Venezuela(Youtube/Reprodução)

Nicolás Ernesto Maduro Guerra, filho do presidente da Venezuela(Youtube/Reprodução)

Na VEJA.com:
Um vídeo [confira abaixo] revelado nesta terça-feira pelo jornal mexicano El Universal mostra o filho do presidente venezuelano Nicolás Maduro dançando e se divertindo sob uma chuva de notas de dólar. As imagens foram gravadas neste sábado em um casamento realizado em um luxuoso hotel de Caracas e mostram Nicolás Ernesto Maduro Guerra, de 24 anos, dançando ao som de uma música árabe, enquanto dólares são jogados sobre sua cabeça.

Nicolás Jr. – como é conhecido o filho de Maduro – era convidado no casamento de José Zalt, empresário de origem síria. Apesar de jogar dinheiro para o alto ser um costume em casamentos árabes, meios de comunicação e redes sociais criticaram o comportamento do filho do presidente num momento de crise para o país. Nenhuma autoridade venezuelana comentou o assunto. Com uma inflação anual acima de 60%, escassez de produtos básicos, desemprego e pobreza crescentes, a Venezuela está afundada em uma das mais graves recessões de sua história.

Segundo o grupo VVperiodistas, formado por jornalistas venezuelanos independentes, que publicou o vídeo no YouTube, a cena foi gravada horas depois da parada militar deste sábado. Na ocasião, a Venezuela iniciou manobras com 100.000 homens, veículos anfíbios e mísseis russos, numa demonstração de força e preparação para a “defesa do país diante de uma ameaça capitalista”. Dias antes os Estados Unidos haviam aplicado sanções a sete funcionários do governo venezuelano e considerado a Venezuela uma ameaça à segurança nacional americana.

Apesar da pouca idade e nenhuma experiência política e administrativa, o único filho de Maduro Já ocupou vários cargos no governo de seu pai, inclusive o de chefe do Corpo de Inspetores Especiais da Presidência – um órgão sem muita função definida que atua ora como bedel da sociedade civil, ora como Guarda Pretoriana de Maduro. Depois disso, Nicolás Jr. foi nomeado diretor da Escola de Cinema da Venezuela, numa decisão muito criticada no meio artístico. “O filho de Maduro não sabe nada da sétima arte. O que ele sabe é roubar a câmera”, disse à época o dramaturgo José Tomás Angola.

Passada sua rápida incursão no mundo das artes, Nicolás Jr. se aventurou, sempre com a ajuda de ‘papai’, em uma carreira mais promissora: virou um dirigente remunerado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que comanda o país. Em sua estreia como dirigente político, Maduro Jr. repetiu uma frase de seu pai: “O PSUV vai salvar a humanidade”.

 

Por Reinaldo Azevedo

“Não precisava ter sido assim”
Cid e Dilma: foi ela quem o convidou para o ministério

Cid e Dilma: foi ela quem o convidou para o ministério

Numa conversa há pouco no Palácio do Planalto, sobre a participação incendiária de Cid Gomesna Câmara, Dilma disse ter ficado surpresa com a performance do agora ex-ministro da Educação:

- Não esperava que ele fosse fazer isso. Não precisava ter sido assim.

Clima quente

Marta: tom com Gleisi subiu

Marta: tom com Gleisi subiu

O clima esquentou entre Gleisi Hoffmann e Marta Suplicy, na reunião de terça-feira da bancada de senadores do PT. Marta e boa parte da bancada defendiam que Dilma deve mudar seu jeito teimoso, falar mais com o mundo político e tal, quando Gleisi saiu na defesa da ex-chefe:

- Gente, ela não vai mudar. É uma mulher de 67 anos, tem uma história. Não vai mudar.

Marta se irritou e subiu o tom de voz:

- Gleisi, é bom ela mudar, senão vai ser mudada.

 

Governo Dilma torna a Oposição desnecessária, por Josiaa de Souza, do UOL

 
 
 
 
 
Sob Dilma Rousseff, opera-se uma revolução na rotina política de Brasília. A oposição tornou-se desnecessária. O governo governa, ele mesmo se opõe e ele próprio produz as crises que o constrangem. “Não precisamos de oposição na Câmara”, lamuriou-se nesta quarta-feira o oposicionista Mendonça Filho.

Líder do DEM, Mendonça é o autor do requerimento de convocação de Cid Gomes, para dar as explicações que resultaram na sua queda do Ministério da Educação. Conforme veiculado aqui no blog, Cid dissera no Pará que há na Câmara “uns 400, 300 deputados achacadores”.

Na sessão desta quarta, esperava-se que Cid pronunciasse algo que pudesse ser compreendido como um pedido de desculpas. Ele tentou, mas não foi bem sucedido. Dono de uma língua irrefreável, o orador reafirmou seus pontos de vista e apontou, dedo em riste, para um dos “achacadores'': Eduardo Cunha.

Da tribuna, Mendonça lavou suas suas mãos oposicionistas: “Deputados do PT, do PMDB, do PP, do PR assumam esse problema. É um problema da base do governo.” O líder do DEM realçou o fato de Cid Gomes ter excluído a oposição do rol de achacadores. E fez as contas:

“Se a oposição, que tem cerca de 100 parlamentares, está ressalvada, os achacadores são os 400 deputados da base governista. O minsitro apontou para o centro da mesa da Câmara, precisamente para o presidente Eduardo Cunha, e o denominou achacador.”

Mendonça resumiu a cena: “Ou o ministro se demite do cargo ou os 400 deputados da base do governo assumem que são achacadores. E o ministro permanece no cargo. Não há outra opção. Criou-se uma situação tão desmoralizante para a base do governo que é literalmente inacreditável. Não precisamos de oposição nesta Casa.”

De fato, a situação ficou insustentável. Chamado de “palhaço” por Sérgio Zveiter, um deputado do governista PSD, Cid Gomes abandonou o plenário da Câmara. Foi direto para o gabibete de Dilma Rousseff. Demitiu-se em caráter irrevogável. Com a velocidade de um raio, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) telefonou para Eduardo Cunha. Informou-lhe que Cid já era ex-ministro. O PMDB ameaçava migrar para a oposição.

Antes de abandonar o plenário, Cid Gomes cutucou o PMDB. Disse que certos partidos criam dificuldades para vender facilidades. “Alguns querem criar dificuldades para conseguir mais um ministério. Eu estarei mentindo se disser isso? Tinha um [PMDB] que só tinha cinco ministérios. Criou dificuldades, empecilhos. E conquistou o sexto. Agora quer o sétimo. Vai querer o oitavo, vai querer a Presidência da República.”

Tomado pelas palavras, o ministro parece acreditar que o PMDB indicará o próximo ministro da Educação. Sob pena de criar dificuldades para acomodar o vice-presidente peemedebista Michel Temer na cadeira de Dilma Rousseff. Nesse ritmo, Aécio Neves, suposto líder da oposição, acabará mergulhando numa crise depressiva.

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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