Acordo de Lula deu prejuizo de R$ 872 milhôes a Petrobras. Petista é o lobista chefe contra o Brasil

Publicado em 01/05/2015 19:22
por Felipe Moura Brasil, de veja.com

Vídeo: Lula é investigado por tráfico de influência

Acordo de Lula deu prejuízo de R$ 872 milhões a Petrobras. Petista é o lobista em chefe contra o Brasil

Evo-y-Lula-da-SilvaOs números não mentem. Mas ironizam.

A Odebrecht lucrou com Lula em dois países quase o dobro do valor do prejuízo que o petista causou a Petrobras em um só acordo. Ih, não, errei: o primeiro foi em dólares, o segundo em reais. É mais ainda! Mias que o quíntuplo! O lulismo é sempre pior do que parece.

O BNDES, como mostrei aqui, financiou pelo menos US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana.

Agora a Folha de S. Paulo informa:

“Um acordo com a Bolívia negociado em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva causou prejuízo de R$ 872 milhões aos cofres da Petrobras no ano passado, segundo o balanço da empresa. O rombo equivale a 14% à perda atribuída pela empresa à corrupção (US$ 6,2 bi).

Em agosto, após sete anos de negociação, a Petrobras pagou à estatal boliviana YPFB US$ 434 milhões pelo excedente energético do gás natural vendido ao Brasil. O gás rico, como é chamado, nunca foi pedido nem aproveitado pela empresa brasileira, mas passou a ser cobrado a partir do governo do presidente Evo Morales, que assumiu o poder no país vizinho em 2006″.

Os números comprovam:

O lobby internacional de Lula nunca foi aproveitado pelo Brasil.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

Um whisky para Dias Toffoli: mensagens revelam sua proximidade com Léo Pinheiro, solto pelo STF com voto favorável do ministro

alx_montagem_originalDias Toffoli e Léo Pinheiro são próximos desde 2012.

É o que indicam as mensagens interceptadas pela Polícia Federal e reveladas por VEJA.

Naquele ano, um funcionário da OAS lembra ao presidente da empresa agora solto pelo STF com voto favorável do ministro:

“Aniversário do Toffoli dia 15. Gosta de um bom whisky, segundo o amigo dele.”

Pinheiro pede ao secretário que o lembre do “presente de Toffoli”.

Em agosto de 2013, Léo Pinheiro fala de reunião com Toffoli em Brasília sobre o “assunto dos aviões”. A PF assinala em relatório que ainda não conseguiu coletar maiores informações a esse respeito.

Na mesma data, Pinheiro indaga a um executivo da OAS sobre uma mensagem a respeito de Toffoli: “Vou precisar do material para AGU”.

Antes de se tornar ministro do Supremo, Toffoli foi advogado do PT e chefiou a AGU, a Advocacia-Geral da União, onde deixou valiosos contatos.

Perguntado, Toffoli limitou-se a dizer que conhece Léo Pinheiro, mas não tem relação de intimidade e “não se recorda de ter recebido presente institucional dele ou da empresa OAS”.

Toffoli é malandro. Eu perguntaria se ele se recorda de ter recebido presente PESSOAL. Mas vamos em frente.

O ministro não respondeu se o empreiteiro costumava ser convidado para suas festas.

Repito: Toffoli é malandro.

Em 13 de novembro de 2014, sem saber que seria preso pela PF horas depois, Pinheiro trocou mensagens com um amigo, o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Estou indo para a África na segunda. Você vai ao aniversário do ministro Toffoli no domingo?”

Benedito respondeu que ainda não sabia se compareceria à festa. O ministro do STJ marcou um encontro com Pinheiro para o Rio de Janeiro e outro para São Paulo, mas a prisão impediu o presidente da OAS de comparecer.

Embora Toffoli seja sempre citado com intimidade por Léo Pinheiro, o homem acusado de desviar bilhões de reais da Petrobras e subornar dezenas de políticos, a PF não flagrou nenhuma conversa ou mensagem trocada diretamente com o ministro do STF. O mesmo cuidado não ocorria na relação escabrosamente promíscua do empreiteiro com Benedito, que merecerá um post à parte.

A conclusão de VEJA é que, se no curso das análises das mensagens pela PF ficar evidente que Léo Pinheiro tem com Toffoli a mesma comunhão de interesses, será o fim.

A minha conclusão é que já é vergonhoso um ministro do STF com histórico petista julgar (e mandar soltar) alguém que ele conhece, que lhe oferece whisky a fim de obter vantagens empresariais ou políticas, e que ameaça entregar a cúpula do PT.

Será um tantinho mais difícil pegar Toffoli que Benedito.

Além do gosto em comum pela bebida, ele é quase tão malandro quanto o eterno chefe Lula.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

Os esquemas de Lula, o lobista em chefe do Brasil

Na reportagem citada no post anterior, Lula é descrito como o lobista em chefe do Brasil.

O esquema Lula-Odebrecht-BNDES – que só podia mesmo dar em ‘LOB’ – é assim:

1) A empreiteira de Marcelo Odebrecht paga viagens de Lula a países onde tem interesses em fechar negócios.

2) Lula viaja a países latino-americanos e africanos, onde dá palestras (por dentro) e se encontra com o presidente/ditador local (por fora).

3) Após o lobby de Lula, esses governos contratam os serviços da Odebrecht.

4) Luciano Coutinho, o afilhado de Lula que preside o BNDES, libera o empréstimo de dinheiro público para essas obras bilionárias no exterior.

5) A construtora recebe o dinheiro e Marcelo Odebrecht fica feliz.

Marcelo Odebrecht, CEO of Brazilian construction group Odebrecht, speaks during an interview with Reuters in Lima

Duas negociatas suspeitas dentro desse esquema ganharam destaque a partir de documentos obtidos pela revista.

I.

O documento
Proposta de gastos da Odebrecht para licitação de obra na República Dominicana.

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O caso
A empresa foi contratada para construir usinas termelétricas de carvão mineral em Punta Catalina.

Valor das obras
US$ 2 bilhões.

A suspeita do Ministério Público
Superfaturamento da obra, porque o valor proposto pela Odebrecht é o dobro do da segunda colocada. Há ainda gastos que parecem exagerados, como US$ 80 milhões para gelo. Um grupo chinês denunciou o resultado da licitação à presidente Dilma.

Comento:
Haja champanhe para tanto gelo!

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Danilo Medina, presidente da República Dominicana, e Lula, em janeiro de 2013. Oficialmente, Lula foi dar uma palestra em premiação a jovens do país

II.

O documento
Telegrama da embaixadora brasileira em Gana pedindo celeridade no trâmite do financiamento do BNDES por conta do risco de derrota eleitoral.

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“…para o Corredor Rodoviário Oriental [a obra que seria realizada], corre-se o risco de, qualquer que seja o resultado das eleições, haver quer a reabertura das discussões sobre o projeto e seu financiamento, quer a revisão das prioridades relativas à infraestrutura do setor de transporte rodoviário. Coincido no entendimento de que esse risco existe, sobretudo em caso de vitória da oposição, que naturalmente procurará rever todos os projetos negociados pelo governo anterior antes de assinar novos acordos de financiamento. Irene Vida Gala, embaixadora”.

O caso
Construção do corredor rodoviário oriental.

Valor da obra
US$ 290 milhões.

A suspeita do Ministério Público
A sincronia entre a visita de Lula e o financiamento do BNDES: Lula foi a Gana em 2013, pago pela Odebrecht. Quatro meses depois, a empresa fechou contrato com o país, com US$ 200 milhões do banco.

Comento:
“Coincido no entendimento de que” Lula é um lobista de gana. De muita gana e grana também.

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John Dramani Mahama, presidente de Gana, veio ao Brasil em 2014 para lançar seu livro “Meu primeiro golpe de Estado”. Não é piada! Aproveitou para visitar Lula e executivos da Odebrecht, que ainda não lançaram a versão brasileira da obra.

* Veja também o post anterior:
Os crimes de Lula, segundo o Ministério Público Federal

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

 

Os crimes de Lula, segundo o Ministério Público Federal

MP LulaO Ministério Público Federal acredita haver indícios de crime nas atividades de Lula a serviço da Odebrecht, uma construtora com receita anual de cerca de R$ 100 bilhões.

A investigação contra o petista por tráfico de influência internacional e no Brasil foi aberta há uma semana pelo núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília, como revelou a revista Época.

Eis o resumo do processo:

“TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. LULA. BNDES. Supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BNDES”.

Os procuradores enquadram a relação de Lula com a Odebrecht, o BNDES e os chefes de Estado, a princípio, em dois artigos do Código Penal, segundo a revista.

O primeiro, 337-C, diz que é crime:

- “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”.

O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional.

O segundo crime, afirmam os procuradores, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES.

“Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)”, diz o documento.

A maioria das viagens de Lula nos últimos anos foi bancada pela Odebrecht, a campeã, de longe, de negócios bilionários com governos latino-americanos e africanos embalada por financiamentos do BNDES.

O BNDES financiou pelo menos:

- US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma.

- US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana – sempre bancado pela empreiteira.

- 42% do total de US$ 848 milhões recebidos pela Odebrecht em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior.

Como diz a revista:

“Há anos o banco presidido por Luciano Coutinho resiste a revelar os exatos termos desses financiamentos com dinheiro público, apesar de exigências do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União e do Congresso. São o segredo mais bem guardado da era petista.”

Mais detalhes no próximo post: “Os esquemas de Lula, o lobista em chefe do Brasil“.

Corra, Lula, corra!

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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Fonte:
Veja.com

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