As calças do ministério de Dilma reformado por Lula informam: barra pesada é isso aí

Publicado em 07/10/2015 20:14 e atualizado em 07/10/2015 21:19
Por Augusto Nunes, de VEJA.COM

As calças do ministério de Dilma reformado por Lula informam: barra pesada é isso aí

Foto Dilma Ministros calça curta 2Clique na foto, amplie a imagem e contemple sem pressa os nove marmanjos que posam para a posteridade ao lado da presidente e do vice. Uns acabam de entrar no primeiro escalão, outros só mudaram de gabinete. E o que estava ruim ficou péssimo.

Dê uma olhada nas barras das calças dos pais da pátria. O colosso de pano que se amontoa entre a canela e os sapatos escancara a alma do ministério de Dilma reformado por Lula: barra pesada é isso aí.

A inflação a 7,64% em nove meses e um texto de Drummond (por REINALDO AZEVEDO, de VEJA.COM)

Na década de 70, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica chamada “O Assalto”, cujo tema era “inflação”. Eram tempos em que temas sérios tinham de ser tratados como metáfora, nem que fosse para protestar contra o preço do chuchu.

O chuchu da hora — o texto de Drummond segue no pé do post — é o botijão de gás. Leiam o que informa a VEJA. Volto em seguida.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação oficial, voltou a acelerar e teve variação de 0,54% em setembro, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Em agosto, o IPCA subiu 0,22%. Com o resultado, a inflação de janeiro a setembro chega a 7,64%, o maior nível desde 2003, quando foi de 8,05%. O porcentual também está bem acima do verificado no mesmo período de 2014, de 4,61%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice fica em 9,49%, abaixo dos 9,53% registrados até agosto.

Esse patamar, de 7,64%, está bem acima do centro da meta definido pelo governo, de 4,5%, e também supera a tolerância permitida até 6,5%. A equipe econômica do governo, inclusive, já reconhece que a inflação vai estourar a meta neste ano, e trabalha para conseguir a convergência em 2016. No último relatório da Inflação, o Banco Central estimou que o IPCA vai encerrar 2015 na casa dos 9,5%.

Segundo o IBGE, o principal vilão para a alta no mês passado foi o botijão de gás, cujo preço saltou 12,98% nos pontos de distribuição ao consumidor. Com esse reajuste, o item habitação, que envolve também aluguel, condomínio, conta de luz, água e esgoto, computou o maior aumento no período, de 1,3%.

Brasília e Vitória encabeçaram a lista das regiões com maior variação do IPCA, com altas de 1,25% e 1,13%, respectivamente. No caso de Brasília, o avanço é reflexo do aumento de 11,7% na conta de luz. E no de Vitória, da alta de 10,69% na taxa de água e esgoto.

Atrás do botijão, o maior peso vem das passagens aéreas, que ficaram 23,13% mais caras em setembro. O aumento é fruto da forte valorização do dólar frente ao real observada no período. Em setembro, a moeda americana acumulou alta de 9%. Os bilhetes aéreos levaram a categoria transportes, que também engloba as tarifas de ônibus e metrô, conserto de veículos, acessórios e peças, a subirem 0,71%.

É importante destacar que o IPCA de setembro ainda não contabiliza o reajuste nos combustíveis feito pela Petrobras, de 6% para a gasolina e de 4% para o diesel, que entrou em vigor no último dia do mês passado.

No acumulado do ano, os itens que ficaram mais caros foram a batata inglesa, com alta de 69,10%, e a energia elétrica, com avanço de 52,79%.

Retomo
Cada mês tem seu vilão, e todos têm um só: o descontrole da economia, ditado pela incompetência do governo. Chegar ao mês de setembro com a inflação 1,64 ponto percentual acima da meta é evidência de um desastre. Eis um problema que deveria estar no nosso passado. Segue, a título de ilustração, a crônica de Drummond.

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Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados contra o preço do chuchu:

— Isto é um assalto!

Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram. Alguém, correndo, foi chamar o guarda. Um minuto depois, a rua inteira, atravancada, mas provida de um admirável serviço de comunicação espontânea, sabia que se estava perpetrando um assalto ao banco. Mas que banco? Havia banco naquela rua? Evidente que sim, pois do contrário como poderia ser assaltado?

— Um assalto! Um assalto! — a senhora continuava a exclamar, e quem não tinha escutado, escutou, multiplicando a notícia. Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes era como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria consumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pudesse evitá-la.

Moleques de carrinho corriam em todas as direções, atropelando-se uns aos outros. Queriam salvar as mercadorias que transportavam. Não era o instinto de propriedade que os impelia. Sentiam-se responsáveis pelo transporte. E no atropelo da fuga, pacotes rasgavam-se, melancias rolavam, tomates esborrachavam-se no asfalto. Se a fruta cai no chão, já não é de ninguém; é de qualquer um, inclusive do transportador. Em ocasiões de assalto, quem é que vai reclamar uma penca de bananas meio amassadas?

— Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante!

O ônibus na rua transversal parou para assun tar. Passageiros ergueram-se, puseram o nariz para fora. Não se via nada. O motorista desceu, desceu o trocador, um passageiro advertiu:

— No que você vai a fim do assalto, eles assaltam sua caixa.

Ele nem escutou. Então os passageiros também acharam de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de saber, que vem movendo o homem, desde a idade da pedra até a idade do módulo lunar.

Outros ônibus pararam, a rua entupiu.

— Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles não podem dar no pé.

— É uma mulher que chefia o bando!

— Já sei. A tal dondoca loira.

— A loura assalta em São Paulo. Aqui é morena.

— Uma gorda. Está de metralhadora. Eu vi.

— Minha Nossa Senhora, o mundo está virado!

— Vai ver que está caçando é marido.

— Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue escorrendo!

— Sangue nada, é tomate.

Na confusão, circularam notícias diversas. O assalto fora a uma joalheria, as vitrinas tinham sido esmigalhadas a bala. E havia jóias pelo chão, braceletes, relógios. O que os bandidos não levaram, na pressa, era agora objeto de saque popular. Morreram no mínimo duas pessoas, e três estavam gravemente feridas.

Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da convulsão coletiva. Era preciso abrir caminho a todo custo. No rumo do assalto, para ver, e no rumo contrário, para escapar. Os grupos divergentes chocavam-se, e às vezes trocavam de direção; quem fugia dava marcha à ré, quem queria espiar era arrastado pela massa oposta. Os edifícios de apartamentos tinham fechado suas portas, logo que o primeiro foi invadido por pessoas que pretendiam, ao mesmo tempo, salvar o pêlo e contemplar lá de cima. Janelas e balcões apinhados de moradores, que gritavam:

— Pega! Pega! Correu pra lá!

— Olha ela ali!

— Eles entraram na Kombi ali adiante!

— É um mascarado! Não, são dois mascarados!

Ouviu-se nitidamente o pipocar de uma metralhadora, a pequena distância. Foi um deitar-no-chão geral, e como não havia espaço uns caíam por cima de outros. Cessou o ruído, Voltou. Que assalto era esse, dilatado no tempo, repetido, confuso?

— Olha o diabo daquele escurinho tocando matraca! E a gente com dor-de-barriga, pensando que era metralhadora!

Caíram em cima do garoto, que sorveteu na multidão. A senhora gorda apareceu, muito vermelha, protestando sempre:

— É um assalto! Chuchu por aquele preço é um verdadeiro assalto!

Por Reinaldo Azevedo

José Nêumanne: A farra das fraudes fiscais dos ratos roendo os rotos

Publicado no Estadão

JOSÉ NÊUMANNE

Ulula o óbvio de que a situação desesperadora pela qual passam trabalhadores perdendo os empregos e empresas prestes a fechar as portas só terá alívio quando se mudar o nome que há na placa que indica a usuária do gabinete mais importante do Palácio do Planalto, senha dos resquícios de poder que paralisam e empobrecem o País. Mas isso está a depender agora de alguns poucos fatores: a capacidade de praticar lambanças da gerenta inconsequenta e incompetenta; agentes policiais federais. procuradores da República e juízes honrados e preparados; além de profissionais de comunicação probos, corajosos e independentes.

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Derrota pode precipitar saída de Adams da AGU (por VERA MAGALHÃES)

Adams: fracasso de estratégia pode precipitar saída

Adams: fracasso de estratégia pode precipitar saída

A acachapante derrota sofrida na noite desta quarta-feira no TCU (Tribunal de Contas da União), que rejeitou por unanimidade a arguição de suspeição contra o relator Augusto Nardes e, em seguida, aprovou também com todos os votos seu parecer pela rejeição das contas de Dilma Rousseff, pode precipitar a demissão do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

A avaliação é de integrantes do Palácio do Planalto, que ainda digeriam as sucessivas derrotas desta quarta –além do TCU, o governo foi derrotado no Congresso e no STF.

A sensação nos gabinetes era de desânimo e a constatação de ministros foi que o efeito da reforma ministerial foi nulo para tirar o governo das cordas.

Adams, que já vinha ameaçando se demitir do cargo, que ocupa desde o segundo governo Lula, talvez agora encontre razão para sair, uma vez que foi a face mais visível de uma estratégia equivocada que acabou por legitimar Nardes junto aos pares e até ao STF.

No encerramento do curso de besteirol, aula magna junta mandioca, milho, mulher sapiens, pasta de dente saindo do dentifrício e uma caixa de Pândora com circunflexo

Sempre dividido em três lições, o 4° e último módulo do Curso Intensivo de Besteirol da Professora Dilma Rousseff é uma aula magna em dilmês castiço de espantar o mais belicoso napoleão-de-hospício. O desfile da trinca de maluquices permite acompanhar com perturbadora nitidez o funcionamento do neurônio solitário.

Na primeira lição, num assombroso palavrório que virou letra de música, Dilma saúda a conquista da mandioca, lembra que a mandioca não seria tão vitoriosa sem a parceria com o milho e surpreende o planeta com a descoberta da mulher sapiens.

A segunda lição reapresenta a performance de Dilma em Nova Yorkanalisada por Celso Arnaldo Araújo num texto antológico. Em entrevista coletiva concedida depois do encontro com o presidente Barack Obama, a doutora em nada ensina que dentifrício é aquilo onde fica a pasta de dente, que não volta mais quando sai do dentifrício, que os demais brasileiros insistem em chamar de tubo.

A terceira lição é resumida num vídeo gravado há dez dias, também em Nova York, que acabou ofuscado por trapalhadas mais estridentes da pior governante da história do Brasil. Dilma abre a Caixa de Pandora, que segundo a mitologia grega deveria ficar fechada por conter todos os males da Humanidade, e tira dali acentos circunflexos em espanhol, frases sem pé nem cabeça em dilmês e ─ de novo; acreditem ─ a pasta que sai do dentifrício:

A MANDIOCA SE UNIU AO MILHO GRAÇAS À MULHER SAPIENS

 

VISTO DE PERTO POR UM NEURÔNIO SÓ, O TUBO É UM DENTIFRÍCIO 

 

A CAIXA DE PANDORA TEM ATÉ CIRCUNFLEXO QUE NUNCA EXISTIU

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Vou parafrasear um marginal que se encontra atrás das grades, "renato duque": "QUE PAÍS É ESSE" ???

    Ontem circulou um artigo no estadão, cujo título "O nome disso é ditadura", onde cita o "Império do Crime" em que a Venezuela foi transformada. As instituições foram tomadas por companheiros bolivarianos e, os chefes do Estado são os Chefes da Máfia. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) no mais recente encontro da entidade, classificou a atual condição venezuelana como um "narcoestado real"

    Não devemos nos esquecer de que em 2005, o então presidente do Brasil, disse num discurso que a Venezuela tinha "Democracia em Excesso". O Brasil que esses petistas bolivarianos querem é o mesmo que a Venezuela?

    Já passou da hora da Policia Federal investigar esse FORO DE SÃO PAULO. Está aí a chave de todo o banditismo que o lulopetismo instituiu na América Latina e Caribe. ESTÁ TUDO DOMINADO !!

    Para encerrar, faço a pergunta:

    QUE PAÍS VOCÊ QUER DEIXAR PARA SEUS DESCENDENTES ???

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Hoje, como sempre, estou usando frases que conceituam comportamentos, logo vai uma máxima: "OS AUSENTES NUNCA TÊM RAZÃO" !!!

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