O é da coisa: Rodrigo Janot faz mal à Lava Jato. Que venha Raquel Dodge: pela ordem!
É claro que, à partida, gostei da indicação de Raquel Dodge para a Procuradoria Geral da República. Ela será sabatinada pelo Senado e tem de ser aprovada por maioria absoluta — 42 votos: metade mais um do total de 81 senadores. E por que digo que “gostei”?
Porque não aceito que determinadas forças da vida pública se arvorem em soberanas do processo político, hipertrofiando seus poderes, atropelando a ordem legal, fazendo tábula rasa das instituições, ainda que aleguem finalidade nobre. Como já lembrei aqui, Maquiavel nunca disse que os fins justificam os meios. Ele apenas constatou que o vulgo não costuma indagar como se chegou a um fim que lhe parece virtuoso: vale dizer, se gosta do resultado, aplaude. E, por contraste, não há meios lícitos que ganhem a opinião pública se o fim é desastroso.
Bem, obrigo-me sempre a ir além do vulgo. Maquiavel dava, vamos dizer dicas, algumas muito práticas, para se construir um “Príncipe”. O trabalho do jornalismo é decompor o que a ideologia e o arranjo político compuseram.
Eu estou entre aqueles que acreditam que os meios qualificam os fins. Assim, não me peçam para condescender com ilegalidades supostamente benévolas porque isso não vai acontecer. É evidente que apoio o combate à corrupção, levado adiante pela Lava Jato. Mas repudio a atuação política da turma. Esse viés está mais do que dado e já não precisa ser demonstrado.
Leia a notícia na íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV.
Governo Temer vence a parada, e reforma trabalhista vence na CCJ por 16 a 9
A Comissão de Constituição e Justiça acaba de aprovar, por 16 a 9, o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) da reforma trabalhista, que agora vai a plenário, onde precisa ser aprovada por maioria simples: maioria de votos, desde que estejam presentes ao menos 42 senadores.
A expectativa do governo era até um pouquinho mais pessimista na CCJ: 16 a 10.
Para empregar expressão do poeta Mario Faustino, apesar do esforço das “vanguardas do não” e da hesitação ou silêncio dos covardes, a pauta avança.
No dia em que Renan Calheiros (AL) cai fora da liderança do PMDB no Senado, eis outra boa notícia para o governo.
Corrijo-me: a reforma trabalhista é uma boa notícia para o Brasil.
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