O principal ativo de Jair Bolsonaro (por RODRIGO CONSTANTINO)
Por que Jair Bolsonaro desponta como um dos favoritos para as eleições de 2018? São vários aspectos. Já gravei um vídeo, que teve grande repercussão, falando que foi a esquerda caviar que pariu uma candidatura competitiva de Bolsonaro, justamente uma reação a toda essa agenda “progressista” que ninguém razoável aguenta mais.
Há também a questão ética: em meio aos infindáveis escândalos da Lava Jato, Bolsonaro sobrevive imune a suspeitas de corrupção. Por isso mesmo ele é xingado de tudo, até de nazista, menos de corrupto. O povo, cansado de tantos safados, busca alguém correto, percebido como “incorruptível”.
Mas isso, por si só, não explica o fenômeno. Afinal, os socialistas do PSOL, por não terem sido governo ainda (ao menos não oficialmente, já que eram linha-auxliar do PT), também estão livres dos escândalos da Lava Jato, mas não seduzem o povão (no máximo a turma alienada dos bairros nobres que adora o socialismo, de longe).
Ser visto como um “outsider” contra o establishment é crucial e ajuda bastante o deputado, apesar de estar em seu sétimo mandato e ter os filhos também na política. A família Bolsonaro vive da política, mas não representa a patota da elite no poder. Eis outro ponto favorável.
Mas existe algo mais no ar, sem dúvida, que tem sido chamado de “onda conservadora” pelos esquerdistas apavorados. E a principal bandeira desses “movimentos de direita” não é tanto na área econômica, como gostariam os liberais. Privatizar e reduzir a intervenção do estado são sim coisas muito importantes, mas apenas com essa mensagem nenhum candidato vai muito longe.
O grande tema, a prioridade de quase todos os brasileiros hoje, chama-se segurança. E é aí que Bolsonaro se destaca, num país com mais de 60 mil assassinatos por ano e uma elite presa numa bolha que tem outras causas bem menos relevantes como prioridade, ou então que trata marginal como vítima no “país dos coitadinhos”. E o povo cansou disso. Aplaude, portanto, quando Bolsonaro faz comentários desta natureza:
Essas mensagens ecoam forte no coração de milhões de brasileiros, vítimas de marginais, reféns em suas próprias casas, com medo de sair na rua. Endurecer com bandidos, reduzir a maioridade penal, aumentar as punições, investir em prisões em vez de fazer discurso bonitinho de que “educação” resolve: eis o que o grosso da população quer ouvir.
A ausência de convicções liberais na área econômica é o calcanhar de Aquiles de Bolsonaro, sem dúvida, mas isso pode ter solução. E o deputado já demonstra humildade ao assumir que não entende muito do assunto, e se cercar de gente boa e séria, além de liberal, como Adolfo Sacshida, economista do Ipea e colunista do Instituto Liberal.
Acertando essa parte, suavizando um pouco a imagem de “tosco”, mas mantendo a firmeza contra o establishment politicamente correto, a dureza contra comunistas e bandidos em geral, e a genuinidade de alguém de fora desse sistema apodrecido e “fake”, não resta dúvida de que a candidatura de Bolsonaro é mesmo competitiva.
Em minha opinião, bem mais do que a de algum “outsider” que tente bancar o “isentão” acima da disputa entre esquerda e direita, mas que represente justamente todo o pacote “progressista” à esquerda, fazendo apenas algumas concessões na área econômica. O povo brasileiro não chegou ainda ao lema “bandido bom é bandido morto” em sua maioria, mas está quase lá. É o resultado inevitável do caos criado pela esquerda ao longo de décadas.
Rodrigo Constantino
A ESQUERDA MILITANTE ESTÁ COM MEDO DA ONDA LIBERAL NO BRASIL
Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal
Um artigo de Laura carvalho, herdeira intelectual de Maria da Conceição Tavares, hoje na FSP, que aborda um eventual governo de Jair Bolsonaro, a partir de 2018, mostra que o esquerdismo militante anda bem preocupado com a onda liberal em Pindorama.
É claro que a economista da USP não discute ideias ou propostas. Ela escreve um artigo inteiro tentando demonstrar uma suposta ligação entre o liberalismo econômico e regimes totalitários. O exemplo, claro, é sempre o mesmo, já que praticamente não há outro: o governo repressor de Augusto Pinochet, no Chile, cuja política econômica foi comandada por economistas liberais chilenos, egressos da Universidade de Chicago. (Preparem-se, porque ainda vamos ouvir falar muito dele, daqui até a eleição).
Não há uma só palavra no artigo em relação ao fato de que, graças à implementação daquela política, o Chile é hoje, disparado, a nação mais rica, próspera e bem estruturada da América Latina, apesar dos esforços incessantes de sucessivos governos socialistas, após a redemocratização, para desconstruir todo o arcabouço institucional liberal daquela economia.
Tampouco a moça se refere ao fato histórico marcante de que, enquanto todos os demais países do continente – a grande maioria deles também governada por ditaduras militares – praticavam políticas econômicas desenvolvimentistas, paridas pela famigerada CEPAL e bem ao gosto de dona Laura carvalho, o Chile ia pelo caminho inverso do liberalismo econômico. E por que ela esconde esse fato? Ora, porque basta olhar os resultados de longo prazo daquelas políticas diametralmente opostas para ver quem fez a escolha correta.
Não à toa, Laura é apologista da chamada “Nova Matriz Econômica”, praticada por Guido Mantega et caterva durante o Governo Dilma, cuja base foi muito intervencionismo regulatório, muito gasto público, muito subsídio aos escolhidos do rei (ou da rainha, no caso), muita inflação e, last but not least, nenhuma responsabilidade fiscal. Laura é daquelas que acreditam que os recursos do Estado são infinitos e que políticas de longo prazo são perniciosas, pois, afinal, “amanhã estaremos todos mortos”.
No final de seu libelo antiliberal, a moça nos brinda com uma afirmativa tão desonesta quanto bizarra: “O modelo em vista [ela fala de um eventual governo de Bolsonaro] parece ser o de um Estado forte na repressão às liberdades individuais e fraco na garantia de uma rede de proteção social e de serviços públicos de qualidade. A julgar pelas experiências que já observamos mundo afora, os mais pobres e a classe média sairiam duplamente prejudicados.”
Que experiências seriam essas, professora? Por favor, me dê apenas um exemplo de país onde a implantação de políticas econômicas liberalizantes tenha prejudicado os pobres e a classe média.
O BRASIL NÃO ERA ASSIM
Percival Puggina
Se você ainda não está naquela fase da vida em que a gente começa a ser chamado de tio ou de tia, talvez não saiba o que vou lhe contar: o Brasil não era assim. É muito possível que professores lhe tenham dito que o Brasil é uma zona desde que os portugueses fizeram um loteamento no litoral brasileiro. Mas isso é falso. Nossa tragédia federal, estadual, municipal, fiscal, educacional, judicial, eleitoral, familial e moral não a herdamos de Portugal.
O que você vê e denuncia é deliberada construção da corrente política que se assenhoreou da consciência do povo brasileiro. Para alcançar esse objetivo, incutiu-lhe o que de pior se pode coletar na filosofia e no pensamento político contemporâneo. Não, não se chega ao ponto em que estamos sem que isso seja produto de deliberadas ações políticas e culturais.
Senão, vejamos. Estímulo a toda possibilidade de conflito entre classes sociais, entre masculino e feminino, entre brancos e negros, entre homossexuais e heterossexuais, entre filhos e pais. Deliberada confusão entre autoritarismo e exercício da autoridade. Contenção da polícia e proteção ao bandido; vitimização deste e culpabilização de sua vítima. Redução da autoridade paterna, demasias do ECA, diluição do sentido de família num caleidoscópio de variantes afetivas. Laicismo e interdição à religiosidade e à moral cristã. Incentivo político e tolerância judicial a ações violentas contra a propriedade privada. Desumanização do humano e “humanização” dos animais. Justa proteção à flora e à fauna, às reservas naturais, aos santuários de procriação e desova, em berrante paradoxo com o estímulo ao aborto. Recursos públicos para a marcha das vadias, parada gay e marcha pela maconha. Hipertrofia do Estado, corporativismo e aparelhamento da máquina pública. Escola com partido, kit gay, ideologia de gênero. Desvio de recursos das atividades essenciais do Estado para abastecer os fazedores de cabeças no ambiente cultural, tendo como resultado a degradação da arte e do senso estético. Combate sistemático ao bem e ao belo.
O consequente crescimento da criminalidade, da insegurança e das muitas formas de lesão à vida e ao patrimônio das pessoas é respondido com desencarceramento, abrandamento das penas, abandono do sistema carcerário e desarmamento da população ordeira.
Ter posição adversa aos itens listados acima é obrigação cívica, dever moral. É uma justificada repulsa que não atinge diretamente quem quer que seja, mas atitudes e condutas que, estas sim, afetam a vida das pessoas, suas famílias e a sociedade. Portanto, são males políticos e morais e, por motivos que saltam aos olhos de todo observador, provêm da mesma banda do leque ideológico. Qualquer exceção é ponto fora da curva e como tal deve ser vista. As naturezas são diversas, mas bebem água na mesma fonte.
No entanto, se você os denunciar, se mostrar a malícia de sua natureza e a necessidade de mudar diretrizes na vida social e política, surgem os xingamentos: Discurso de ódio! Preconceito! Censura! Fascismo! Direita raivosa! Quem perambula, ainda que eventualmente, nas redes sociais, por certo se depara com esses adjetivos sendo despejados sobre aqueles que cumprem o dever cívico de rejeitar o intolerável.
A situação e os problemas descritos decorrem da sistemática destruição dos valores que a eles se opunham quando o Brasil não era assim. Para os destruir, investiu-se contra a família como instituição fundamental da sociedade e se combateu a Igreja até a anulação de sua influência.
A CORRIDA PARA CENSURAR A INTERNET EM NOME DO COMBATE ÀS FAKE NEWS
Com a vitória de Donald Trump, mesmo após intensa e escancarada campanha feita pela mídia mainstream contra o republicano, a grande imprensa decidiu que era preciso combater as “Fake News”, mas não aquelas que o próprio Trump denunciava, e sim as que apoiaram o candidato vencedor. Trata-se de um projeto dos grandes grupos de comunicação, com ajuda de George Soros, e muita pressão para que Google e Facebook aceitem algum tipo de filtro contra as “notícias falsas”.
Ninguém vai negar que exista um monte de sites obscuros que, de fato, fez campanha para Trump, espalhando mentiras. Tampouco é preciso negar alguma possível influência dos russos, a obsessão democrata que levou até à criação de dossiês milionários aceitos de forma pouco crítica, para dizer o mínimo, pelo jornalismo.
Mas se há mentiras do lado “direito”, não resta a menor dúvida de que a própria mídia mainstream se transformou numa máquina de mentiras, fazendo torcida em vez de análise. E é essa turma que pretende, agora, combater as mentiras nas redes sociais. Quem vigia o vigia? A raposa é um bom vigia do galinheiro, por acaso?
Daniel Greenfield escreveu um importante texto no Frontpage Mag alertando para o risco crescente de censura na Internet em nome do combate às “Fake News”. As “babás das notícias” querem filtrar o que pode ou não ser publicado no Facebook e na Google, com base numa elite de jornalistas “ungidos”. Claro, são praticamente todos de esquerda, ainda que banquem os “isentões”, e estão dispostos até mesmo, vejam só!, a colocar ou ou outro de direita, para garantir o verniz de imparcialidade.
Para o autor, a coisa começa a ficar séria quando vira modelo de negócios. Steven Brill está levantando $6 milhões para lançar o News Guard, um “guardião das notícias”, unindo um time de 40 a 60 jornalistas para dar o selo de “isenção” (e eu quase escrevi “isentão”). Para Greenfield, eles fariam o “trabalho sujo” que o Facebook e a Google não querem fazer diretamente, por conta da imagem de plataforma imparcial.
Não só esses “verificadores de fatos” teriam viés de esquerda, como a própria noção do que é verdadeiro ou falso tem o mesmo viés. Greenfield mostra alguns casos em que a checagem ignora… os fatos, se for para proteger “minorias”. Esses sites que já fazem checagem têm o direito à sua própria opinião, mas o problema é que eles não querem conceder aos outros o mesmo direito.
O resultado dessa empreitada já sabemos qual vai ser: em vez de a “babá” proteger as crianças de pornografia, ela vai proteger os adultos de notícias incômodas, ao menos pelo prisma da esquerda. Fora da bolha “progressista” tudo será considerado falso, pois no contraditório relativismo exacerbado da esquerda pós-moderna, para quem não existe verdade ou mentira, tudo que for de direita será sempre… mentira.
Ao agir dessa forma e adotar a “babá das notícias”, o Facebook e a Google estarão tratando seus usuários como crianças incapazes de discernir as coisas, como débeis mentais que necessitam de tutela, da guia dos “ungidos” para atravessar o caótico universo de “Fake News” da Internet.
Além disso, o esquerdismo é sempre mais perigoso quando esconde sua cara. Esses sites de checagem colocam o próprio Frontpage Mag como “politicamente de direita”, mas nenhum alerta similar surge para definir o New York Times, tratado como imparcial, mesmo que tenha claro viés de esquerda e tenha feito uma série de reportagens elogiosas até mesmo ao centenário da revolução russa. O rótulo é sempre da direita apenas.
Conhecemos bem essa tática: tudo que não for socialismo é tachado de “ultraconservador” ou “extrema-direita” pela imprensa, para quem extrema-esquerda não existe. A mídia mainstream não é aberta em sua postura ideológica, simula uma imparcialidade inexistente, mesmo quando defende de forma clara o comunismo. Já seus oponentes são sempre “radicais de direita”. Greenfield diz:
A verificação de fatos tornou-se um condutor para a censura. As grandes empresas de redes sociais e de pesquisa terceirizam a verificação de fatos a terceiros e, em seguida, desmonetizam, marginalizam e proíbem visualizações e editores de quem esses terceiros discordam. As verificações de fatos não são mais um argumento. Eles são o prelúdio de uma proibição.
[…]
O News Guard é um alerta ameaçador de que a censura online está se tornando um modelo de negócios viável, já que as grandes empresas de tecnologia buscam alguém para fazer seu trabalho sujo para elas. Mas a censura subcontratada ainda é censura. E as únicas pessoas impressionadas pelas credenciais dos “verificadores de fato” são aqueles que compartilham suas políticas. Infelizmente, isso cobre a liderança do Google e do Facebook.
A palavra-chave aqui é “confiança”, o que essa turma quer vender, mas que anda em falta justamente na mídia mainstream. A confiança nos principais veículos de imprensa nunca esteve tão baixa. A CNN, por exemplo, é apelidada de Clinton News Network, tamanho o seu viés pró-democratas. Ainda assim, as grandes empresas de tecnologia insistem que as fontes da mídia mainstream são as únicas confiáveis. Eles querem que o público confie neles, porque eles não confiam no público. Greenfield conclui:
A Internet foi um ambiente revolucionário que liberou indivíduos para fazer suas próprias escolhas. Os blogueiros podem competir com a grande mídia. Os emails vazados podem derrubar um governo. Mas a Internet está ficando menos livre. O acesso é controlado por um punhado de empresas de tecnologia que ficam cada vez maiores. Os sobreviventes das guerras em escala combinarão o cabo, o conteúdo e o comércio de novas maneiras. E em uma cultura politizada, eles não vão apenas sinalizar seus pontos de vista políticos, eles vão os impor. Se não lutarmos agora, dez anos depois os conservadores serão os ratos nas paredes da Internet.
Não resta dúvida de que as “Fake News” são um problema. Mas volto ao começo: quem vigia o vigia? Quem foi que disse que a maior fonte de “Fake News” hoje não vem justamente da mídia mainstream, que tenta bancar a imparcial enquanto tenta impor sua visão limitada e ideológica de mundo?
Rodrigo Constantino
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Renne Bueno São Paulo - SP
Está na hora de endireitar o nosso país. Chega de mentiras, manipulações da mídia, corrupção e criminalidade com PT, PMDB, PP, PSDB e companhia. Não acredito em salvador da pátria, mas Bolsonaro é o que melhor representa a mudança que necessitamos neste momento. Que ele tenha sabedoria para montar uma boa equipe. Além de Bolsonaro, precisamos renovar nosso congresso. Vamos votar direito!