Cotações em 2014 são as maiores para boi, bezerro e carne, diz Cepea
O mercado pecuário manteve o tom altista em 2014, com os preços atingindo recordes reais em todos os elos da cadeia.
De acordo com pesquisadores do Cepea, o principal motivo foi a menor oferta, resultado especialmente da seca que atingiu, desde o final de 2013, diversas regiões produtoras brasileiras, prejudicando as condições das pastagens.
Além do impacto sobre a engorda dos animais, a estiagem prolongada também pode afetar a taxa de prenhez e o desenvolvimento de bezerros.
O bom desempenho das exportações brasileiras de carne bovina, favorecidas pela reabertura do mercado chinês e pelo embargo russo às importações da carne da União Europeia, da Austrália e dos Estados Unidos, reduziu ainda mais o volume disponível no mercado doméstico e, consequentemente, ajudou a elevar as cotações.
Para o Indicador Esalq/BM&FBovespa (estado de São Paulo), a maior média foi registrada no dia 27 de novembro, de R$ 145,48, considerando-se toda a série deflacionada (IGP-DI nov/14) do Cepea, iniciada em 1994.
No mercado atacadista da carne com osso, o recorde real da carcaça casada foi atingido no dia 12 de novembro, de R$ 9,22/kg no atacado da Grande São Paulo - a série começa em 2001.
Impulsionados pela alta da arroba e também pelo abate de matriz em anos anteriores, os preços da reposição também atingiram as máximas históricas em 2014.
O recorde em valores reais do Indicador Esalq/BM&FBovespa do bezerro (animal nelore, de 8 a 12 meses, em Mato Grosso do Sul) foi registrado no dia 3 de dezembro, de R$ 1.219,98.
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