Baixa oferta de animais provocou aumento nos preços de bezerros para reposição pelo produtor

Publicado em 02/09/2015 17:00
Principal insumo de recria e engorda utilizado pelos produtores, o preço do bezerro afeta diretamente o custo de produção do setor

Brasília (02/09/2015) - A baixa oferta de animais provocou aumento nos preços de bezerros para reposição pelo produtor, reduzindo o poder de compra do pecuarista de engorda em 2015, mostra o boletim Ativos da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em São Paulo, por exemplo, com a venda de um boi de dezessete arrobas para abate, o pecuarista de engorda conseguiu comprar 1,78 bezerro, na média de junho deste ano, 12,7% a menos em comparação com igual período de 2014, quando um boi equivalia a 2,04 bezerros.

É importante lembrar que o bezerro é o principal insumo da recria e engorda, afetando de forma substancial os custos de produção do segmento. Nesse mesmo cenário, segundo a CNA/Cepea, em Mato Grosso do Sul, a redução no poder de compra do pecuarista de engorda chegou a 12%, onde a venda de um boi de dezessete arrobas rendeu o equivalente a 1,76 bezerros, em junho deste ano. No mesmo mês de 2014 o dinheiro recebido pelo pecuarista com a venda do boi permitia comprar dois bezerros.

Baixa oferta e pouca chuva - Uma das razões para essa situação está na menor oferta de animais para reposição, provocando aumento nos preços do bezerro, conforme mostra o boletim CNA/Cepea. Em São Paulo, a valorização do bezerro atingiu expressivos 29,2% em junho, R$ 1.384,66, enquanto em igual mês do ano passado o gasto era de R$ 1.071, 58.

Além do desestímulo à criação de animais em anos recentes, o volume relativamente baixo de animais reflete o clima adverso como falta de chuvas, situação recorrente desde 2013. Tal situação prejudicou a taxa de prenhez das vacas, o intervalo entre partos e o desenvolvimento de bezerros e garrotes, mostra o estudo da CNA/Cepea.

No primeiro trimestre de 2015, últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram abatidas 3,4 milhões de fêmeas – novilhas e vacas -, 41,2% do total de bovinos abatidos no período.  Nessa mesma época em 2014, foram abatidas 3,9 milhões de fêmeas, 44,3% do total.

Em comparação com o primeiro trimestre de 2015, ante 2014, ocorreu queda de 13% no total dos abates de fêmeas. Nos primeiros três meses deste ano, os gastos do pecuarista de engorda com suplementação mineral corresponderam a 13% do Custo Operacional Efetivo (COE), em comparação com 12,5% verificados no mesmo  período de 2015.

Acesse a análise na íntegra: https://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/ativo_corte_28.pdf

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CNA

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