Mesmo com a China, exportações de carne bovina ainda não estão reagindo, diz Abrafrigo
Pelo terceiro mês consecutivo as quantidades de exportações totais de carne bovina processada e in natura apresentaram queda em relação aos mesmos meses do ano passado demonstrando que a esperada reação do comércio exterior do produto está cada vez mais difícil de ocorrer neste ano. Embora tenha existindo um leve aumento das exportações totais de setembro em relação a agosto– 115.762 toneladas contra 108.128 toneladas, no mesmo mês do ano passado foram exportadas 117.598. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior e compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).
No acumulado de janeiro a setembro de 2016, segundo a ABRAFRIGO, o total exportado apresenta ainda um leve crescimento de 7% - 976.965 toneladas em 2015 contra 1.042.457 toneladas em 2016. O problema principal, no entanto, está nos preços obtidos: nas receitas em dólar as exportações de 2015 alcançaram a US$ 4,2 bilhões enquanto que em 1916 estacionaram em US$ 4 bilhões, ou seja: uma redução de 4% na entrada de divisas.
Isoladamente, a cidade estado de Hong Kong, porta de entrada do mercado chinês, continua sendo o maior importador da carne bovina brasileira com 222.568 toneladas em nove meses de 2016 contra 182.042 toneladas no mesmo período de 2015, crescimento de 22,3% em toneladas e de 13% em receita, que chegou a US$ 776,1 milhões. Na segunda posição está o Egito, com aquisições de 146.598 toneladas em 2015 e de 162.766 toneladas em 2016, crescimento de 11% em volume e de 0,9% em receitas, que foram de US$ 506,5 milhões. Na terceira posição está a China continental que comprou 44.041 toneladas em 2015 e elevou suas aquisições para 111.172 toneladas em 2016, crescimento de 152% na quantidade e de 119% na receita em dólar, para US$ 471,6 milhões. No total, as aquisições chinesas via Hong Kong e continente já representam 32% da comercialização de carne bovina brasileira no exterior.
Na quarta posição está a Rússia que diminuiu suas importações de 136.743 toneladas em 2015 para 103.892 toneladas nos nove primeiros meses do ano, menos 24% na quantidade e menos 34% na receita de US$ 298,2 milhões. Conforme os dados da ABRAFRIGO, no período de janeiro a setembro, 69 países importadores aumentaram suas aquisições do produto brasileiro enquanto que outros 80 diminuíram suas compras.
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