Café: Abic acredita que abastecimento do setor no Brasil será ‘apertado’ em 2015

Publicado em 06/05/2015 15:11

“No momento, a atenção da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) é com relação ao abastecimento que, de acordo com as informações que nos chegam, levam a crer que será apertado”, disse o diretor executivo da entidade, Nathan Herszkowicz, durante o lançamento da 11ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil, no dia 30 de abril, em São Paulo. O encontro reuniu representantes do varejo supermercadista, industriais, proprietários de cafeterias e imprensa.

Herszkowicz explicou que a Abic não conta com um levantamento próprio da safra e, por isso, trabalha com informações que vêm do mercado, dos produtores, das cooperativas e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Todas elas indicam, por enquanto, um abastecimento apertado. Evidente que, para isso, será muito importante conhecer os tamanhos dos estoques físicos que ainda serão divulgados pela Conab. Mas de qualquer forma os números sempre levam mais ou menos à seguinte equação: a exportação brasileira foi de 36 milhões de sacas em 2014, e há uma expectativa dos exportadores de repetir volume semelhante ou um pouco menor. A indústria de café acredita que nós vamos chegar aos 21 milhões de sacas”, ressaltou o diretor da Associação.

Em sua opinião, isto significa que no Brasil, em 2015, “vamos utilizar provavelmente toda a safra, cujo número gira em torno de 46 a 47 milhões e mais os estoques remanescentes – indústrias, armazéns gerais, exportadores, etc.”.

Para Herszkowicz, esta conta não permite, em princípio, imaginar se haverá excedentes, mas mostra que o abastecimento será justo.

“Se de fato for muito apertado, teremos como resultados cotações firmes que tendem a apresentar uma volatilidade grande até o fim da colheita”, destacou. Ele também esclareceu que “ainda não está no pico da entressafra, que ocorre em maio, junho e, antes de entrar a nova safra, percebemos que os preços do café se movimentaram para cima”.

“Talvez esta seja a tendência no segundo semestre: volatilidade com momentos de alta, momentos de recuperação de preços e momentos de baixa realização de lucros. Mas o cenário mais provável é de um abastecimento justo, consumindo tanto a safra quanto os estoques.”

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SNA

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