Café encerra mais um dia pressionado pela guerra e com preços abaixo dos 2,20 cents/lbp em NY
O mercado futuro do café arábica encerrou o primeiro pregão da semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O preço do café segue pressionado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que deve ter impactar o consumo da bebida na Europa.
Maio/22 teve queda de 315 pontos, negociado por 218,80 cents/lbp, julho/22 registrou baixa de 305 pontos, cotado por 238,35 cents/lbp, setembro/22 registrou queda de 290 pontos, valendo 217,20 cents/lbp e dezembro/22 teve queda de 290 pontos, cotado por 214,80 cents/lbp.
"O arábica está sob pressão devido à preocupação de que o recente aumento nos preços da energia causado pela invasão da Ucrânia pela Rússia inviabilize a economia global. Uma queda na economia pode conter os gastos do consumidor e reduzir o consumo de café à medida que os consumidores apertam os cintos e limitam suas visitas a restaurantes e cafés", voltou a destacar a análise do site Barchart.
O dólar operou boa parte do pregão em valorização ante ao real nesta segunda-feira (14), ajudando a pressionar as cotações em Nova York. A moeda encerrou o dia com valorização de 1,51%, negociado por R$ 5,13 na venda.
Em Londres, o café tipo conilon encerrou as cotações com valorização técnica. Maio/22 teve alta de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 2115, julho/22 avançou US$ 9 por tonelada, cotado por US$ 2081, setembro/22 teve alta de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 2075 e novembro/22 teve alta de US$ 5 por tonelada, cotado por US$ 2070.
Na última sexta-feira (11), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou o relatório referente aos embarques do mês de fevereiro. O Brasil 3,4 milhões de sacas de café em fevereiro de 2022; volume representa leve melhora de 1,6% em relação ao mês passado, mas problemas logísticos continuam, segundo Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.
O desencadeamento da guerra entre Rússia e Ucrânia passa a gerar preocupações e acende a luz de alerta ao setor exportador do Brasil. “Além de todo o trágico fator humano que uma guerra implica, como lamentavelmente temos visto, a suspensão das atracações de navios nos dois países, por parte dos armadores, e a retirada de algumas instituições financeiras russas do sistema financeiro Swift criam dificuldades que podem refletir nos próximos embarques para a Rússia”, analisa o presidente do Cecafé.
No Brasil, o dia foi marcado por estabilidade nas principais praças produtoras do país. Com o recuo nos preços, o produtor pouco participa do mercado, que já estava travado com o cafeicultor esperando para ver o real tamanho da safra 22.
O tipo 6 bebida dura bica corrida manteve a estabilidade por em Guaxupé/MG, por R$ 1.310,00, Poços de Caldas/MG manteve por R$ 1.330,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.315,00, Varginha/MG registrou queda de 0,75%, negociado por R$ 1.320,00, Campos Gerais/MG também teve queda de 0,75%, negociado por R$ 1.318,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 1.310,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,71% em Varginha/MG, negociado por R$ 1.400,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 0,72%, cotado por R$ 1.378,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.380,00, Poços de Caldas/MG manteve por R$ 1.380,00 e Patrocínio/MG manteve por R$ 1.375,00.
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