Suínos: Preços trabalham com estabilidade nas principais praças do país

Publicado em 22/04/2014 16:06 e atualizado em 23/04/2014 10:50

Os preços do suíno vivo trabalham com estabilidade nas principais praças do país desde o início do mês de abril. O movimento se deve a uma forte demanda que é suprida por uma produção cautelosa.

Segundo Darci Backes, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), a produção está estabilizada e o mercado não possui animais abatidos com peso alto.

Backes aponta também que os problemas na Rússia e na Ucrânia contribuem para frear a demanda, ao mesmo tempo em que a Argentina também não atua forte enquanto mercado consumidor. Estes fatores, se regularizados, poderiam estimular ainda mais a demanda crescente.

Para o produtor rural Alcides Miotto, de Toledo (PR), os preços praticados poderiam ser melhores, mas a situação é animadora para todos os produtores, uma vez que o aumento do poder aquisitivo no mercado interno e o aumento do preço das outras carnes também ajudam a estimular o mercado.

A fim de evitar uma crise semelhante à ocorrida no final de 2012, quando os produtores aumentaram a produção e não obtiveram os lucros desejados, Miotto e outros suinocultores resolveram apostar no melhoramento genético, mas sem aumentar os planteis. "O produtor não pode dar o passo maior do que a perna", constatou.

Enquanto isso, a diminuição do abate de animais provocou uma queda de R$0,05 no preço pago ao produtor independente do Rio Grande do Sul. No entanto, de acordo com Mauro Gobbi, vice-presidente da Associação de Criadores de Suínos (ACSURS), a perspectiva de aumento de exportações para a Rússia deve impulsionar os preços em maio.

Em Minas Gerais, os preços também permaneceram estáveis. Mesmo sem uma margem de lucratividade alta, os produtores conseguiram garantir a remuneração. Em entrevista para a primeira edição do Mercado & Cia. desta terça-feira (22), Antônio Ferraz, presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), apontou que a quaresma, que tradicionalmente é um período de menor consumo da carne de porco, não foi fator determinante neste ano, havendo uma estabilidade de consumo interno.

A análise de mercado do site Suinocultura Industrial mostra que desde a última segunda-feira, 14 de abril, os preços do suíno vivo se mantêm em R$3,35 em Irati (PR), R$3,25 em Pato Branco (PR), R$3,23 em Toledo (PR), R$3,20 em Cascavel (PR), R$3,35 em Guarapuava (PR), R$3,53 no Rio Grande do Sul e R$3,70 em Minas Gerais.

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Tags:
Por:
Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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