Argentina: Exportação de grãos cresce 58% no primeiro semestre de 2015, mas receita não acompanha

Publicado em 27/07/2015 15:10


Mais uma vez as exportações de grãos, oleaginosas e derivados da Argentina, que eram os itens que geravam mais riqueza para o país, tiveram um semestre complicado. No caso do trigo, o volume exportado subiu cerca de 126%, mas isso aconteceu em meio a uma forte queda dos preços internacionais, de acordo com a publicação internacional El Cronista.

Ao cruzar os dados de embarque auditados pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (SENASA), que transmite toneladas certificadas com o argentino Comercial Exchange (ICA), divulgado pelo Indec, na semana passada, as informações mostram que no primeiro semestre de 2015 foram exportados 58% a mais de grãos e oleaginosas, porém o aumento na receita foi de apenas 8% no valor total em dólares do que no mesmo período do ano passado.

De acordo com o relatório da Senasa, entre os meses de janeiro a junho deste ano, foram exportadas 34,8 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e subprodutos, 58% a mais do que 22,1 milhões de toneladas no mesmo período de 2014.

Também de acordo com os números do INDEC, a receita gerada pelas categorias de cereais, sementes e oleaginosas, somadas nos primeiros seis meses do ano, foi de U$S 5.770 milhões, 8,1% ou $S 433 mil a mais do que os $S 5.337 milhões que somados no mesmo período do ano passado.
Segundo o Infocampo, as razões para essa receita menor gerada pelos grãos, é reflexo da queda forte dos preços internacionais das commodities agrícolas diante de grandes safras por todo mundo e, alguns problemas macroeconômicos em países que são os principais destinos desses produtos.

 As cotações da soja, na bolsa de Chicago já recuaram 26% em média em relação a 2014. Entre janeiro e junho deste ano com uma colheita recorde e compradores ávidos por um produto mais barato, o Senasa registrou embarques de soja em grão em 5,7 milhões de toneladas, ou seja, 45% a mais do que no primeiro semestre de 2014. Desse total, 5,1 milhões de toneladas foram para a China, 60% a mais do que o país comprou no mesmo intervalo do ano passado.

O recuo dos preços internacionais para o farelo de soja – principal derivado da oleaginosa e, primordial produto de exportação da Argentina, chegou a 33% assim, nos primeiros seis meses as vendas externas desse produto, somaram 10,7 milhões de toneladas, 52% a mais que 2014. 

O aumento do volume de exportação também foi sentido no setor dos cereais. De acordo com a Senasa, essa categoria registrou um aumento anual de 46%. Isso mesmo com um forte controle do governo para o milho e o trigo desde 2007. Diante da queda dos preços, com perdas que chegaram a 25%, e com boas colheitas em ambos os cultivos o governo flexibilizou o controle sobre esses grãos para as exportações.

Dessa forma as vendas externas de trigo entre janeiro e junho totalizaram pouco mais de 2,7 mi de toneladas, 126% a mais do que em relação ao mesmo semestre de 2014. No caso do milho esse aumento foi de 85% e as vendas totalizaram 4,98 milhões de toneladas.

Trigo e milho tiveram forte controle comercial no estado, desde 2007. Antes da queda dos preços, a baixa anual girava em torno de 25%, e com rendimentos bons em ambas as culturas. O governo aliviou as exportações do produto e com isso, o trigo totalizou pouco mais de 2,7 milhões de toneladas, 126% a mais que no ano anterior, que registrou 1,22 milhão de toneladas. Já o milho cresceu 85% no ano, passando de 4,98 milhões de toneladas para 9,2 milhões de toneladas também no mesmo período, segundo dados da Senasa. 

Fonte: Infocampo.com.ar
Tradução:  Noticias Agricolas: Nandra Bites

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