Sistemas agroflorestais no Sul de SC garantem renda ao produtor e minimizam a emissão dos gases de efeitos estufa

Publicado em 02/05/2023 09:48

Nos municípios de Siderópolis, Turvo e Praia Grande, no Sul Catarinense, a produção de banana consorciada com a palmeira-juçara e do café arábica sombreado por espécies nativas são exemplos bem-sucedidos da utilização dos Sistemas Agroflorestais (SAF) em propriedades rurais familiares na região litorânea. Essas experiências garantem renda ao produtor com a oferta de produtos diversificados, bem como contribuem para a conservação do solo e da água, promovem a biodiversidade no campo e minimizam a emissão dos gases de efeitos estufa.

Quem assegura isso é o pesquisador da Epagri/Ciram Fábio Zambonim, coordenador da pesquisa que está identificando as experiências com Sistemas Agroflorestais em Santa Catarina para construir uma base de dados que vai subsidiar recomendações técnicas para a promoção desses sistemas de produção no Estado. “Os SAFs são considerados sumidouros de carbono, principalmente pelo estoque de carbono presente no componente arbóreo e no solo”, esclarece.

Fábio explica que os SAFs são definidos como formas de uso e manejo dos recursos naturais, nos quais espécies lenhosas (árvores, arbustos, bambus e palmeiras) são utilizadas em associações com cultivos agrícolas e/ou produção de animais, de maneira simultânea ou sequencial, para se tirar benefícios das interações ecológicas e econômicas resultantes.

“Por permitirem a produção agropecuária e geração de renda concomitantemente à oferta de serviços ecossistêmicos, os SAFs podem ser utilizados como estratégia para adequação ambiental de propriedades rurais familiares, como, por exemplo, a recuperação de margens de rios ou topo de morros cujo uso esteja em desconformidade com a legislação ambiental”, diz.

Visita às propriedades

Esses sistemas de produção dos municípios do Sul Catarinense foram verificados in loco nas propriedades rurais familiares entre os dias 28 e 31 de março, em visita pelos pesquisadores Fábio Zambonim e Luiz Fernando Vianna (Epagri/Ciram), Tássio Dresch (Estação Experimental da Epagri em Lages) e Keny Mariguele (Estação Experimental em Itajaí), em parceria com os extensionistas rurais dos escritórios municipais da Epagri e com os técnicos de ONGs locais.

A ação faz parte do projeto de pesquisa “Construção de uma base de informações como subsídio à adequação ambiental e à adoção de sistemas produtivos conservacionistas em propriedades rurais familiares em SC”, financiado pela Fapesc.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Epagri - SC

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário