Milho: Com boas expectativas da safra dos EUA, mercado tem nova queda em Chicago

Publicado em 07/08/2014 17:39

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quinta-feira (7) em campo negativo. Os contratos da commodity terminaram o dia com perdas entre 2,50 e 3,75 pontos. O contrato setembro/14 era cotado a US$ 3,59 por bushel, depois de terminar a última sessão negociada a US$ 3,63 por bushel.

Após registrar bons ganhos no dia anterior, impulsionados, especialmente pelas notícias demanda, o mercado voltou a cair focado nos fundamentos. Nas últimas sessões, devido aos preços nos menores patamares dos últimos quatro anos, os investidores têm retornado à ponta compradora do mercado.

Desde o início do ano, as cotações do milho já recuaram 14% frente às perspectivas de safra cheia nos Estados Unidos na safra 2014/15. Por enquanto, a projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é que os produtores estadunidenses colham ao redor de 352,06 milhões de toneladas de milho. Na próxima terça-feira (15), o órgão irá atualizar as informações.

Além disso, as previsões climáticas indicam chuvas para o Meio-Oeste dos EUA, que se confirmadas, irão contribuir ainda mais para as condições favoráveis das lavouras. Até o último domingo, cerca de 73% das plantações apresentavam boas ou excelentes condições, segundo dados do USDA.
Frente a esse cenário, analistas destacam que a tendência é que os preços permaneçam trabalhando com volatilidade no mercado internacional.

Exportações semanais

Nesta quinta-feira (7), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para a exportação. Até a semana encerrada em 31 de julho, as exportações da safra 2013/14 totalizaram 120.900 mil toneladas, uma queda de 30% frente à semana anterior e de 66% sobre a média das últimas quatro semanais.

No mesmo período, as vendas da safra 2014/15 somaram 758.700 mil toneladas, contra 1.093,2 milhão de toneladas reportadas pelo departamento anteriormente. Os números pouco abaixo do esperado pelos participantes do mercado, próximo de 1.05 milhão de toneladas no total, contribuíram para dar o tom negativo aos preços no pregão desta quinta-feira. 

Safra da Argentina

Nesta quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de milho na Argentina alcanço9u 83,9% da área cultivada, em torno de 2,829 milhões de hectares. O número representa um crescimento de 4,3% em relação à semana anterior. 

A expectativa é que nesta safra foram cultivados 3,57 milhões de hectares, contra 3,95 milhões na safra anterior. Já a safra deverá totalizar 25 milhões de toneladas, uma queda de 7,4% em comparação com a produção do ciclo anterior, de 27 milhões de toneladas.

BMF&Bovespa

As cotações do cereal negociadas na BMF&Bovespa operam do lado positivo da tabela no pregão desta quinta-feira. O contrato setembro/14 era negociado a R$ 24,70, com valorização de 0,98%. Durante essa semana, os preços tanto na BMF como no mercado interno têm se mantido estáveis e com até alguma valorização.

O mercado começa a refletir as informações sobre a sinalização do Governo sobre os leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).  Nesta quarta-feira, a Portaria Interministerial número 798, publicada no Diário Oficial da União estabeleceu os parâmetros para a realização do leilão. 

A operação é um mecanismo adotado pelo Governo para dar suporte aos preços do cereal nas regiões produtoras onde a ampla oferta pressiona negativamente as cotações do grão, inclusive abaixo dos valores mínimos fixados pelo governo. Situação que tem sido agravada recentemente, em muitas localidades, com o avanço da colheita da segunda safra, projetada em 46.872,6 milhões de toneladas pela Conab. 

Rússia 

Ainda nesta quinta-feira, em entrevista à agência internacional de notícias Bloomberg, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Seneri Paludo, disse que o embargo da Rússia à importação de produtos de países que colocaram sanções ao país devido à crise na Ucrânia pode abrir portas para as exportações brasileiras de carnes e grãos (soja e milho). 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário