Milho: Com avanço da colheita nos EUA, mercado amplia quedas e dez/14 perde patamar de US$ 3,30/bu

Publicado em 22/09/2014 13:11

Ao longo das negociações nesta segunda-feira (22) na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços do milho ampliaram as perdas. Sem novas informações, o mercado dá continuidade ao movimento de queda e, por volta das 12h33 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam desvalorizações entre 4,00 e 4,50 pontos. O contrato dezembro/14 era cotado a US$ 3,27 por bushel.

Com foco na evolução da colheita do milho nos Estados Unidos, os preços da commodity trabalham próximos das mínimas dos últimos quatro anos, conforme dados de agências internacionais. Na semana anterior, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que, cerca de 4% da área total cultivada já havia sido colhida.

E nesta segunda-feira, o departamento irá atualizar os números, com novo boletim de acompanhamento de safras. Segundo o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, a perspectiva é que a colheita tenha evoluído para 10% e os trabalhos nos campos deverão ser intensificados nas próximas duas a três semanas.

"O clima nos próximos dias deverá favorecer o avanço da colheita da safra do cereal no Meio-Oeste. Depois da onda de frio, com geadas em algumas localidades, mas com danos mínimos e bem localizados, o clima está mais quente agora. As temperaturas máximas poderão chegar a 30ºC nas próximas duas semanas, o que contribui para a fase final de maturação das culturas e os trabalhos de colheita", explica. 

Nesta safra, mesmo com a redução de 1,8 milhão de hectares na área semeada, os produtores norte-americanos deverão colher uma produção recorde de mais de 365 milhões de toneladas. Do mesmo modo, a produtividade também deverá ser alta, de 181,72 sacas por hectare, em média, as projeções são do USDA. 

"É provável que nós vamos ter a confirmação desses rendimentos recordes nas próximas semanas, de modo que é realmente o que o mercado está antecipando agora", disse Benjamim Bodart, diretor-gerente da ODA, em entrevista à Bloomberg. "Todos os elementos são a favor de grandes colheitas", completa. 

Ainda na visão do economista, desde o ano anterior, os preços futuros do milho já recuaram mais de 60%. "As cotações estão caindo de forma mais agressiva desde o ano anterior. Se comparamos com a máxima de preços de US$ 8,40 por bushel, os valores caíram expressivamente, já que hoje, o dezembro é cotado a US$ 3,29 por bushel", ratifica o analista.

Enquanto isso, as notícias da demanda têm sido insuficientes para sustentar oscilações positivas nos preços praticados na Bolsa de Chicago. Isso porque, segundo os analistas, os investidores estão focados na safra dos EUA e com a entrada desse produto no mercado. 

No relatório de inspeções de exportações reportado pelo USDA nesta segunda-feira, os embarques do milho somaram 1.018,85 milhão de toneladas até a semana encerrada no dia 18 de setembro. Na semana anterior, o volume divulgado pelo departamento foi de 741,23 mil toneladas. A quantidade ficou acima das estimativas do mercado, entre 760 mil a 890 mil toneladas.

Até o momento, o acumulado na temporada totaliza 2.504,63 milhões de toneladas, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o volume era de 1.176,88 milhão de toneladas. Em todo o ano comercial 2014/15, a perspectiva é que o país exporte 44,5 milhões de toneladas de milho.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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