Milho: Nesta 6ª feira, preços operam próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago

Publicado em 17/04/2015 07:52

As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta sexta-feira (17) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Por volta das 7h29 (horário de Brasília), as posições mais negociadas registravam quedas entre 0,75 e 1,25 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,75 por bushel.

O mercado ainda trabalha de maneira técnica diante da falta de novidades. Por enquanto, os investidores seguem observando o comportamento do clima nos Estados Unidos, já que os produtores iniciaram o plantio da safra 2015/16. As chuvas permanecem sobre o Meio-Oeste norte-americano, porém, não apresenta modificação.

Contudo, os analistas destacam que a partir da próxima semana, a região deverá receber uma onda de frio, que poderá influenciar no ritmo dos trabalhos nos campos. Se confirmada, a variável também deverá refletir nos preços da commodity. Ainda assim, a expectativa é que o contrato maio/15 continue operando no intervalo de US$ 3,70 a US$ 3,80 por bushel.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Em meio à falta de novidade, preços fecham sessão próximos da estabilidade em Chicago

Em meio à falta de novidades, os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (16) em campo misto, próximos da estabilidade. As primeiras posições exibiram ligeira alta de 0,25 pontos, com o vencimento maio/15 cotado a US$ 3,76 por bushel, mesmo patamar de fechamento do dia anterior. A posição dezembro/15 recuou 0,25 pontos, a US$ 4,00 por bushel.

Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços têm trabalhado de forma técnica frente à falta de novidades. O clima nos EUA, fator que movimentou as cotações nos últimos dias, não apresenta modificação. As chuvas continuam presentes no Meio-Oeste norte-americano e na próxima semana, as previsões indicam a chegada de uma onda de frio à região.

"Para os próximos 15 dias, temos uma onda de frio no Meio-Oeste, especialmente na próxima semana, o que pode atrapalhar o andamento do cultivo do milho. Entretanto, temos a formação de um falso El Niño que traz condições favoráveis à produção norte-americana, mas não garante potencial produtivo e recorde da safra", explica o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.

Ainda na visão do consultor, essa pode ser a variável que movimente os preços no início da próxima semana. "Essa massa de ar polar pode ser a novidade que faltava. Temos a previsão de geada entre a próxima quarta e quinta-feira", ratifica. Até o último domingo, cerca de 2% da área havia sido semeada, contra a média histórica de 5%, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados).

Outro fator que também influenciou o mercado na sessão de hoje foi o dólar mais fraco frente às outras moedas. "Já as exportações, apontadas pelo USDA ficaram dentro do programado. Nesse momento, as cotações devem oscilar entre US$ 3,70 por bushel e US$ 3,80 por bushel, mas sem muito espaço para baixa", explica o consultor.

Até o dia 9 de abril, as vendas para exportação ficaram em 588,2 mil toneladas de milho referentes a safra 2014/15. O número representa uma queda de 8% em relação à semana anterior, na qual, foram embarcadas, 639,6 mil toneladas do cereal. As informações foram reportadas pelo departamento norte-americano. Da safra nova, as vendas ficaram em 28,56 mil toneladas do cereal, contra 62,9 mil toneladas do grão indicadas na semana anterior. Na semana anterior, os números somaram 702,6 mil toneladas do grão.

Mercado interno

O mercado interno de milho está mais acomodado nessa semana, conforme relata o consultor. “Nos Portos temos preços ao redor de R$ 27,00, R$ 28,00, essa é a pedida dos compradores, porém, nesses patamares não há vendedores”, diz Brandalizze.

Nesta quinta-feira, o preço da saca do milho subiu de R$ 28,00, para R$ 28,50, para entrega em outubro/15 no Porto de Paranaguá. Ainda no curto prazo, entre os meses de abril e maio, os agricultores poderão ter oportunidades de negociação com o milho, frente às especulações com o clima para a safrinha brasileira que, por enquanto, apresenta boas condições.

Já no período entre junho e agosto, o mercado deverá passar por um momento de pressão nas cotações, com a chegada da safra ao mercado. A partir de agosto, com as exportações ganhando ritmo, o mercado tende a ficar mais firme. Cenário decorrente da demanda doméstica e externa, que continua aquecida, especialmente do setor de ração animal, de acordo com informações dos analistas. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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