No ESTADÃO: Luiz Trabuco, do Bradesco, deverá ser o novo ministro da Fazenda

Publicado em 20/11/2014 06:09 e atualizado em 20/11/2014 09:43
Ontem ele reuniu com Dilma, (no Estadão e VEJA)

O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff em Brasília, informa Sonia Racy. Ele teria sido convidado a assumir o Ministério da Fazenda. A escolha de um nome para a Fazenda, para tentar acalmar o mercado, e os desdobramentos e reflexos políticos para o governo em decorrência da Operação Lava Jato foram os dois temas dominantes da reunião de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim da tarde de terça-feira, em Brasília.

Boatos de que poderia haver um anúncio oficial ontem sobre a equipe econômica mexeram com o mercado financeiro. Para Lula, a melhor indicação seria a de Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central em seu governo. Mas a presidente continua resistindo. Em sua lista de opções, além de Trabuco, há o nome do presidente Banco Central, Alexandre Tombini, com quem a presidente também teve a oportunidade de conversar, e muito, nos últimos dias.

Tombini não só esteve com Dilma na reunião do G-20, na Austrália, como foi convidado por ela a voltar no avião presidencial para Brasília, mais precisamente na cabine presidencial, durante o voo de volta para o Brasil.

O atual titular da Fazenda, Guido Mantega, permaneceu em Brisbane, na Austrália. Enquanto isso, Dilma e Tombini voavam, pararam em Osaka, no Japão, depois jantaram em Seattle, nos Estados Unidos, durante o tempo de reabastecimento do avião e por fim, fizeram uma parada na Cidade do Panamá.

Há ainda especulações em torno do nome do ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, que não restabeleceu todas as pontes com Dilma, mas tem discutido e participado de reuniões com projetos para o futuro com integrantes do governo. Barbosa é professor da Fundação Getúlio Vargas.

Por partes. A presidente tem seu timing próprio e, em entrevista antes de viajar para a Austrália, avisou que, ao retornar da reunião do G-20, iria começar a tratar das mudanças ministeriais “por partes”. Mas as novas denúncias e prisões ligadas ao caso de corrupção na Petrobrás fazem com que o governo tente apressar a formação do novo ministério para reverter a onda negativa que domina a agenda nacional. 

Depois desta e outras reuniões da presidente com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o governador da Bahia, Jacques Wagner, especula-se que Dilma possa anunciar a primeira etapa da reforma ministerial até amanhã. Mas não há nada definido. Ontem, Dilma voltou a se reunir no fim da manhã com Wagner, que em seguida embarcou para Salvador. O governador é um dos principais interlocutores da presidente neste momento e é cotado para pastas como Indústria e Comércio - que seria de sua preferência -, mas até a da Justiça teria entrado como alternativa.

Wagner avisou que não gostaria de ser deslocado para a presidência da Petrobrás, no lugar de Graça Foster, nem quer ir para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), cargo que já ocupou e atualmente tem à frente o também petista Ricardo Berzoini.

Ministro da Fazenda: a expectativa Trabuco

Trabuco: cara de ministro ele tem

Trabuco: cara de ministro ele tem

A expectativa no entorno de Dilma Rousseff é que o ministro da Fazenda seja mesmo anunciado entre hoje e amanhã.

Se for mesmo Luiz Trabuco, a quem Dilma convidou ontem oficialmente, a Bovespa acordará em festa amanhã (hoje, é feriado em São Paulo).

Pela lógica dos rituais, Trabuco deve aceitar.. Não faria sentido Dilma ter se reunido na terça-feira com Lázaro Brandão, presidente do Conselho do Bradesco, para comunicar-lhe o convite ao subordinado e Trabuco ir até a presidente ontem para dizer um “não”.

Dilma também agiu, naturalmente, conforme manda o figurino dos rituais: foi até a Brandão para pedir que lhe cedesse o subordinado.  O poder do “seu” Brandão neste caso é total (leia maisaqui)

Por Lauro Jardim

 

Planalto considera Joaquim Levy para nova equipe

O Planalto está considerando um nome de peso para a nova equipe econômica: Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro no Governo Lula e hoje presidente da Bradesco Asset Management, o braço de fundos de investimento do Bradesco.

“O Levy é um cara duro, conhece a máquina, trabalhou com o Palocci, seria muito bem visto pelo mercado,” diz uma fonte que o conhece bem. “Além disso, ele pode dizer que já passou por um Governo do PT, o que ajuda.”

Não está claro para qual cargo a Presidente o está considerando.

Outra reação, de uma fonte no setor financeiro: “A Presidente precisa de um nome que não esteja na praça, alguém que não seja nem pareça imposição do Lula, e o Levy atende a esse quesito.”

A esta altura do campeonato, é verdade que todas as notícias a respeito de prováveis nomeações têm cara de suposição, balão (de ensaio) ou ‘plantação’.

Mas o nome de Levy parece mais sólido do que isso tudo porque é uma daquelas raras unanimidades: amado pelo mercado, e respeitado por quem decide.

Por Geraldo Samor

 

Os nomes para a Fazenda: “Ô Dilma, liga pra mim; não, não liga para ele!”

Fico realmente impressionado ao saber que Dilma Rousseff se reuniu com Luiz Inácio Lula da Silva na terça à noite para definir nomes de seu futuro ministério e debater a crise da Lava Jato. Por que ela se encontrou com ele? Ele é presidente do PT? É autoridade na República? Tem ainda algum poder institucional. Por quê?

Não há resposta a não ser o Brasil patrimonialista, patriarcal e, sim, senhores!, machista, que remanesce e de que o PT é a perfeita expressão contemporânea. Nessas horas, as feministas oficiais do PT ficam de boca bem fechada, não é? Eis aí um bom momento para queimar sutiãs metafóricos. Vocês acham que um macho petista se submeteria à supervisão de uma mulher se a sequência fosse invertida, e Lula fosse o sucessor de Dilma? Uma ova! E não apenas porque, afinal, o Poderoso Chefão é ele, mas porque Lula sempre a tratou como uma café-com-leite. Vejam as vezes em que ele já a chamou, em comícios, docemente, de “a Bichinha”…

A ele falta pudor. A ela falta decoro. A ele falta simancol. A ela falta a solenidade do cargo. A ele falta senso de ridículo. A ela falta… senso de ridículo. Se o Brasil fosse uma empresa, você confiaria numa presidente incapaz de escolher seus próprios subordinados? “Ah, mas o Brasil não é uma empresa…” Ainda bem, se é que me entendem!

Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, e Rui Falcão, presidente do PT, participaram do encontro, o que ajudou a tornar tudo mais cinzento. Fico cá a pensar: Deus do céu! Nem a “Bichinha” merece esse destino. Mercadante foi aquele senhor que sugeriu que os ministros pedissem demissão coletiva quando a presidente ainda não tinha alternativas. Gênio mesmo!

A turma de Lula não dá muita bola para Dilma e vaza que ele preferiria mesmo Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, na Fazenda. Mas Dilma acha que ele é “mercado demais”, entendem? Dilma e seu antecessor concordariam com o nome de Luiz Carlos Trabuco, presidente-executivo do Bradesco, mas parece que é Trabuco quem não está disposto a virar alvo de ansiedades coletivas. Alexandre Tombini, que comanda o Banco Central, estaria entre as opções, o que me parece piada. Se ele não conseguiu a confiança dos agentes econômicos como presidente do BC, por que deveria assumir a Fazenda? Vai saber com quais critérios lida essa gente. Também teria entrado na lista Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro no Governo Lula e hoje presidente da Bradesco Asset Management, o braço de fundos de investimento do Bradesco. E há ainda a hipótese Nelson Barbosa, ex-secretário-geral da Fazenda.

O único com perfil para o Ministério aí, que tem alguma intimidade com formulação de política econômica — e se é ministro dessa pasta para isso, não apenas para cuidar da política monetária —, é Barbosa. Minha observação nada tem a ver com a competência dos demais. Acho que o Brasil sai ganhando se Trabuco continuar no Bradesco, um banco importante. E ganhará muito menos se ele for para a Fazenda.

Dilma deveria me ouvir e parar com soluções extravagantes. Chame Murilo Portugal, atual presidente da Febraban. Ele é bom. Sabe das coisas e tem uma visão abrangente de economia. É tecnicamente capaz e tem o tal respeito dos mercados.

Presidente, liga pra mim; não, não liga pra ele!

Por Reinaldo Azevedo

 

Quer receber?

dilma

A moeda de troca do governo

governo está atrasando o pagamento de fornecedores em várias áreas. Para aqueles setores mais organizados e poderosos, gente do governo tem feito uma proposta um tanto indecente, depois de perguntar:

- Quer receber? Então, pressione os deputados para a aprovação do projeto que mexe nas metas fiscais.

Por Lauro Jardim

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Fonte:
Estadao e Veja.com

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