No Valor: Feriado para mercado e ministro da Fazenda está no pipeline

Publicado em 20/11/2014 10:33

O mercado financeiro está fechado no Brasil em função do feriado em São Paulo pelo Dia da Consciência Negra. O fórum de negociação de ações e instrumentos derivativos do país – a BM&FBovespa – fica na capital paulista, onde também estão localizadas as sedes dos maiores bancos. A exceção é o Bradesco, instalado na Cidade de Deus, município de Osasco. E é para lá que toda a atenção de profissionais não só do mercado, mas do setor privado, está voltada porque este pode ser o endereço do futuro ministro da Fazenda.

Há dois dias cresce a expectativa de que a presidente Dilma Rousseff anuncie a equipe econômica do segundo mandato. Na quarta-feira, Cristiano Romero antecipou em sua coluna no Valor que a presidente ainda poderia convidar Trabuco para substituir Guido Mantega. Claudia Safatle confirmou ontem em nota publicada no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor, que a presidente convidou Trabuco para o cargo e que, na terça-feira, a presidente teve um encontro, em Brasília, com Lázaro Brandão, presidente do Conselho de Administração do segundo maior banco privado do país, que é quem tem o poder de afastar obstáculos à continuidade da carreira de Trabuco no banco caso ele aceite o convite e decida, depois, retomar o seu posto.

Ainda não está claro se Luiz Carlos Trabuco aceitou o convite da presidente. E, se aceitando, estaria tendo carta branca para indicar o futuro secretário do Tesouro Nacional. Considerando Trabuco na Fazenda, o titular do Tesouro, especula o mercado, possivelmente será Joaquim Levy, que já comandou o Tesouro e hoje comanda a Bradesco Asset.

Leia a notícia na íntegra no site do Valor Econômico.

 

Em VEJA: PF ouve Youssef e três executivos presos nesta quinta

Doleiro será ouvido no âmbito de seu acordo de delação premiada

Daniel Haidar, de Curitiba
O doleiro Alberto Youssef em depoimento

O doleiro Alberto Youssef em depoimento (VEJA)

A Polícia Federal ouve nesta quinta-feira mais quatro investigados na Operação Lava Jato. Entre os que falarão aos investigadores no Paraná está o doleiro Alberto Youssef, apontado como operador do bilionário esquema de corrupção desarticulado pela Lava Jato. O depoimento do doleiro se dará no âmbito do acordo de delação premiada, pelo qual se comprometeu a entregar informações que ajudem a comprovar crimes em troca de punição mais branda. Serão ouvidos também mais três executivos que não tiveram os nomes divulgados.

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Os policiais do caso retomaram a rotina de depoimentos no sábado, quando chegaram à carceragem os executivos presos na sétima etapa da operação. Muitos empresários preferiram ficar em silêncio, mas dois diretores de empreiteiras já admitiram que pagaram propina no esquema de corrupção na Petrobras. Os executivos adotaram a versão de que foram vítimas de extorsão – e que foram obrigados a realizar os pagamentos para não perder contratos com a estatal. 

O diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca disse que aceitou pagar propina após ameaças do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Já o vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, disse que desembolsou 8 milhões de reais para Youssef entre julho e setembro de 2011 para evitar represálias em contrato da empreiteira com a Petrobras.

O sócio majoritário e presidente da UTC, Ricardo Pessoa, também admitiu que deu dinheiro a Youssef. Mas alegou que eram empréstimos e que parte dos recursos foi utilizada para que o doleiro resolvesse um problema pessoal do empresário. De acordo com a versão do empresário, Youssef ficou responsável por repassar parte dos 800.000 reais pagos a uma ex-amante por quem o empresário se dizia chantageado. O depoimento do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Falcão, e apontado como principal operador do PMDB na estatal, deve ser realizado na sexta-feira.

Entenda o caso - A sétima fase da Operação Lava Jato foi deflagrada no dia 14 de novembro. Desde então, apenas Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte e auxiliar do doleiro Alberto Youssef, permanece foragido.

Os principais alvos desta etapa da investigação são o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e sócios, diretores e conselheiros de empreiteiras que formaram um cartel para fraudar licitações da estatal. De acordo com as investigações, as empresas pagavam propinas a diretores da estatal e políticos, como condição para a assinatura de contratos milionários com a petrolífera. A Lava Jato começou investigando quadrilhas de doleiros que tinham movimentado mais de 10 bilhões de reais em operações de lavagem de dinheiro.

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Fonte:
Valor Econômico + VEJA

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