Lava Jato: Lista de delator da Petrobras tem Antonio Palocci e outros 27 políticos
Primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa citou em 80 depoimentos que se estenderam por duas semanas, entre agosto e setembro, uma lista de 28 políticos – que inclui ministro e ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT), deputados, senadores, governador e ex-governadores.
O Estado obteve a lista completa dos citados. A relação inclui ainda parlamentares que integram a base aliada do Palácio do Planalto no Congresso como supostos beneficiários do esquema de corrupção e caixa 2 que se instalou na petrolífera entre 2004 e 2012.
Há nomes que até aqui ainda não haviam sido revelados, como o governador do Acre, Tião Viana (PT), reeleito em 2014, além dos deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS). Entre os congressistas, ao todo foram mencionados sete senadores e onze deputados federais.
Leia a notícia na íntegra no site do Estadão.
Na Veja: Mais cinco políticos entram para rol dos citados no petrolão
Em reportagem estampada na capa da edição de 10 de setembro deste ano, VEJA revelou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa havia dado às autoridades o nome de mais de trinta políticos beneficiários do esquema de corrupção instaurado na estatal. A lista incluía algumas das mais altas autoridades do país e integrantes dos partidos da base de apoio do governo do PT. Estavam lá três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais. Três semanas depois, VEJA revelou que Costa contou às autoridades que, em 2010, o ex-ministro Antonio Palocci o procurou para pedir 2 milhões para campanha da presidente Dilma Rousseff. Ao longo das mais de oitenta horas de depoimento, Costa envolveria ainda os nomes de outros políticos no petrolão. Reportagem desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo inclui mais cinco nomes no rol dos citados no petrolão: o governador reeleito do Acre, Tião Viana (PT), os deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS).
Como revelou VEJA, Costa apontou como beneficiários do esquema também os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de deputados, o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto em agosto deste ano em um acidente aéreo.
Leia a notícia na íntegra no site da Veja.
CPI da Petrobras aprova relatório de petista e encerra trabalhos
Texto de Marco Maia (RS) pede indiciamento de 52 pessoas, mas poupa o Planalto e a presidência da estatal. Oposição apresentou relatório paralelo
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras encerrou seus trabalhos nesta quinta-feira com a aprovação do relatório elaborado pelo deputado Marco Maia (PT-RS). O texto, que pede o indiciamento de 52 pessoas, mas poupa a presidência da estatal e o Palácio do Planalto, teve dezenove votos favoráveis e oito contrários.
O texto do petista foi alterado nesta quarta-feira. A versão anterior era mais branda: não falava em indiciamentos e nem admitia prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O petista alterou o relatório e agora admite um prejuízo de 561 milhões de reais na aquisição.
O trabalho da CPI pouco avançou em relação às investigações da Justiça e dos órgãos de controle. A lista de indiciados é praticamente a mesma – e inclui empreiteiros e ex-diretores e gerentes da empresa, como Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Pedro Barusco. O relatório também menciona um superfaturamento de 4,2 bilhões de dólares na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco e cita "fortes indícios" de que funcionários da empresa receberam propina da holandesa SBM Offshore. Mas não é conclusivo sobre o grande esquema de desvios e pagamentos de propina que envolvia políticos e autoridades da empresa: pede apenas o aprofundamento das investigações.
Leia a notícia na íntegra no site da Veja.
2 comentários
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Guilherme Frederico Lamb Assis - SP
Salve meu caro amigo Rodrigo,
Em referencia a sua fala, nos deveriamos estar seguindo o exemplo Sul Coreano que dissolveu um partido socialista/comunista que conspirava contra o regime democratico e o estado de direito no país. http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/partido-politico-sul-coreano-e-dissolvido-por-vinculos-com-coreia-do-norte Como bem esclareceu Reinaldo Azevedo nessa frase: "Na democracia, o direito à divergência não alcança as regras do jogo. Um democrata, em nome dos seus princípios, não deve conceder a seus inimigos licença, que estes, em nome dos deles, a ele não concederiam se chegassem ao Poder." Nos não podemos permitir que criminosos e terroristas usem as regras democráticas para destruir a constituição e a democracia.Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Agora é que a porca torce o rabo, aposto que nenhuma entidade, sindicato, federação, CNA, FPA, emitirão nota pedindo o banimento dessa vagabundagem da vida pública. Nem algo leve tipo, "se for comprovado", exigimos o banimento dessas pessoas e seus associados da vida pública.