Ações na bolsa dos EUA fecham em alta com otimismo sobre acordo na Grécia

Publicado em 17/02/2015 19:24
S&P tem recorde de fechamento e alcança 2.100 pontos de olho na Grécia (por Reuters)

NOVA YORK (Reuters) - As ações nos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, com o S&P 500 atingindo recorde de fechamento de 2.100 pontos, enquanto cresceu o otimismo de que a Grécia alcançaria um acordo com seus credores e preços de títulos foram liquidados.

O índice Dow Jones subiu 0,15 por cento, a 18.047 pontos, enquanto o S&P 500 teve ganho de 0,16 por cento, a 2.100 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 0,11 por cento, a 4.899 pontos.

 

Paciência da UE se esvai enquanto premiê grego rejeita "chantagem"

ATENAS/BRUXELAS (Reuters) - Uma guerra de palavras entre a Grécia e a Alemanha, principal economia do euro, agravou-se nesta terça-feira com a recusa do novo primeiro-ministro grego em aceitar o que chamou de uma "chantagem" para que estenda os termos de um resgate internacional e a promessa feita por ele de apressar a reversão de reformas trabalhistas. 

Os mercados financeiros ficaram em alerta após as últimas negociações entre ministros das Finanças europeus terem acabado mal na segunda à noite e os parceiros da UE deram até o final da semana para a Grécia pedir por uma extensão para não perder a ajuda financeira.

Muitos investidores creem que qualquer que seja a retórica utilizada, ambos os lados vão conseguir encontrar um acordo antes da expiração das linhas de crédito de Atenas, dentro de dez dias. Caso falhem, a Grécia pode rapidamente ficar sem recursos e ser obrigada a adotar moeda própria. 

No entanto, o Banco Central Europeu não está em vias de cortar financiamentos emergenciais a bancos da Grécia nesta semana, disse uma fonte familiar com a situação.

Ambos os lados continuam a insistir que a Grécia continue na zona do euro.

O primeiro-ministro grego, Alexia Tsipras, disse aos legisladores de seu partido Syriza que o governo - eleito com a promessa de revogar o resgate, reverter as odiadas medidas de austeridade e encerrar a colaboração com credores da "Troika" formada pela UE, FMI e BCE - não iria se comprometer. 

A Grécia não seria tratada como uma colônia de menor importância na Europa, disse Tsipras. Ele acusou "certos círculos" na zona do euro de buscarem prejudicar seu governo e o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeauble de perder o temperamento ao fazer comentários degradantes sobre a Grécia.

Schauble, de 72 anos, desferiu em casa uma mensagem de tudo ou nada, ponderando sarcasticamente se o ministro das Finanças grego sabia o que queria ou fazia as melhores escolhas para o povo grego.

"A questão continua a ser se a Grécia precisa de um programa ou não", disse ele a repórteres após mais um dia de reuniões em Bruxelas.

"Todos nós ... queremos a zona do euro unida", acrescentou ele.

"Mas todos devem fazer a sua parte e é uma decisão que cabe a Atenas somente... Em 28 de fevereiro, à meia-noite, está terminado".

 

Grécia nomeia ex-ministro conservador para presidente

ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, nomeou nesta terça-feira um conservador ex-parlamentar e ex-ministro do Interior para ser o próximo presidente do país.

Tsipras disse aos legisladores de seu partido de esquerda radical Syriza ter escolhido Prokopis Pavlopoulos, que já integrou o gabinete de um governo conservador do partido Nova Democracia entre 2004 e 2009, porque deseja um candidato de unidade, que seja aceitável para todos os lados envolvidos na política grega.

É quase certo que Pavlopulos, de 64 anos, consiga assegurar sua eleição pelo parlamento, em um processo que tem início na quarta-feira, devido ao seu amplo apelo. Ele tem o apoio da Syriza e de seu parceiro de coalizão, o partido de direita Gregos Independentes. O Nova Democracia, agora o principal partido de oposição, também disse que votaria nele.

Esse cenário contrasta com a última eleição presidencial no fim do ano passado, quando o candidato nomeado pelo ex-primeiro-ministro da Nova Democracia Antonis Samaras não conseguiu apoio para eleger seu escolhido. Ao mesmo tempo em que o cargo de presidente é sobretudo cerimonial na Grécia, isso forçou a realização de uma nova eleição parlamentar em 25 de janeiro, quando o Syriza assumiu o poder.

Pavlopoulos foi professor de direito e como parlamentar da Nova Democracia criticou partes do acordo de resgate à Grécia. No entanto, ele também possui um passagem controversa no cargo ministro do Interior, quando policiais mataram a tiros o adolescente Alexandros Grigoropoulos em 2008, causando protestos, alguns dos quais violentos.

Se eleito, ele vai substituir Karolos Papoulias, de 85 anos, cujo mandato de cinco anos termina no próximo mês.

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Fonte:
Reuters

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