Boletim Focus: Mercado financeiro passa a prever queda de 1% no PIB em 2015

Publicado em 30/03/2015 09:32

Os economistas do mercado financeiro previram, pela primeira vez, que a economia brasileira terá uma retração de 1% neste ano. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.

Segundo levantamento feito pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, e divulgado nesta segunda-feira (30), a estimativa para a Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 passou de uma contração de 0,83%, na semana retrasada, para um encolhimento de 1% na última semana. A piora na projeção do mercado foi a décima terceira seguida.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado baixou sua expectativa de uma alta de 1,20% para um crescimento de 1,05%. Foi a quarta redução consecutiva.

Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Na Reuters: Previsão do juro sobe a 13,25% no final do ano; Focus mostra queda de 1,0% do PIB

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SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras passaram a ver maior aperto monetário neste ano e ao mesmo tempo contração econômica de 1 por cento, em um cenário ainda de inflação acima de 8 por cento e dólar cada vez mais alto.

A pesquisa Focus do Banco Central publicada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa agora é de que a Selic, atualmente em 12,75 por cento, encerre 2015 a 13,25 por cento na mediana das estimativas, ante 13,00 por cento na projeção anterior.

Os especialistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha o ritmo de aperto e eleve novamente a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na reunião de abril, para 13,25 por cento.

Eles veem mais uma alta de 0,25 ponto em julho, com a Selic indo a 13,50 por cento, mas com um corte antes do fim do ano para a taxa básica encerrar o ano a 13,25 por cento.

Mas o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, vê aperto ainda maior, com a taxa básica de juros encerrando 2015 a 13,75 por cento, perspectiva inalterada.

Para 2016, a mediana das projeções no Focus permaneceu em 11,50 por cento, enquanto o Top-5 deixou a perspectiva em 12,00 por cento.

Ao mesmo tempo que veem juro mais alto, especialistas agora calculam contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 de 1,00 por cento, ante estimativa de queda de 0,83 por cento na pesquisa anterior.

Para 2016 a projeção diminuiu pela quarta vez seguida, e agora é de expansão do PIB de 1,05 por cento, ante 1,20 por cento.

Também subiu a perspectiva para o dólar, um dos fatores de pressão inflacionária, no final de 2015. Agora os economistas veem a moeda a 3,20 reais, contra 3,15 reais na pesquisa anterior, na quinta semana de alta. Para 2016, os econsomistas consultados projetam a moeda a 3,23 reais, ante 3,20 reais.

Já em relação à alta do IPCA, a mediana das projeções no Focus para o final deste ano foi ajustada a 8,13 por cento, 0,01 ponto percentual a mais do que no levantamento anterior.

Para o avanço dos preços administrados em 2015 a expectativa dos especialista subiu a 13,00 por cento, contra 12,60 por cento antes.

O Focus apontou ainda que para o final de 2016, a expectativa é de alta de 5,60 por cento do IPCA, 0,01 ponto percentual a menos, com 5,50 por cento de avanço dos administrados, projeção inalterada.

Em seu Relatório de Inflação, o BC projetou na semana passada queda de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015, com a alta da inflação atingindo 7,9 por cento, mas indicando um quadro melhor para os preços no ano que vem.

(Por Camila Moreira)

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Fonte:
G1 + Reuters

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