TIM vai cortar mais de R$1 bi em custos em 3 anos em plano de eficiência

Por Luciana Bruno
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora TIM Participações anunciou nesta quarta-feira um plano de redução de custos de mais de 1 bilhão de reais nos próximos três anos, cujos impactos já começarão a ser sentidos este ano e que tem entre suas prioridades a diminuição de gastos com marketing e fornecedores.
"Gostaria de anunciar que estamos conduzindo um plano de eficiência com o qual esperamos alcançar uma redução de mais de 1 bilhão de reais em Opex (despesas operacionais) durante os próximos três anos", disse o diretor financeiro da operadora
Guglielmo Noya, em teleconferência com analistas e jornalistas.
De acordo com o executivo, o plano de redução de custos envolve maior controle de gastos como viagens, comissões, patrocínios e "otimização" das despesas com publicidade.
Outra frente de atuação será a renegociação de contratos com fornecedores e análise de serviços prestados internamente e externamente.
"Na empresa ainda existem muitas atividades manuais, acreditamos que a automação de processos seja um 'driver' importante de eficiência", declarou Noya. Haverá ainda a revisão de processos administrativos e de logística.
De acordo com o diretor financeiro, as mudanças já terão "impactos importantes" este ano.
Questionado sobre cortes de pessoal, o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, disse que a companhia por questões estratégicas evita fazer anúncios de reestruturações.
"Óbvio que existe tensão em relação ao custo de pessoal", disse Abreu. "Estruturalmente no Brasil é sempre um tópico que precisa de eficiência uma vez que a inflação impacta os custos de pessoal", disse. "Mas não anunciamos nenhum plano de reestruturação. Estamos fazendo processo de 'right sizing', liberar atenção para projetos mais prioritários e evitar crescimento de quadros", completou.
As ações da TIM exibiam alta de mais de 2 por cento às 11h54, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 1 por cento.
RENTABILIDADE
A valorização das ações da TIM ocorria apesar da empresa ter divulgado na noite de terça-feira queda de 20,5 por cento no lucro líquido do segundo trimestre sobre um ano antes e recuo de 4,4 por cento no lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).
De acordo com Abreu, a baixa se deu diante do cenário econômico mais difícil, o que faz com que a TIM amplie seu foco em ganho de margem e eficiência, com redução de custos e aumento da margem Ebitda.
"Reconhecemos o impacto, seja na receita líquida, seja no Ebitda. Mas indicadores de longo prazo, como receita de dados e negócios gerados, apontam para possibilidade de recuperação", declarou Abreu.
Segundo o executivo, o aumento da receita de dados móveis compensará o declínio das receitas de voz no médio prazo. "Ainda há potencial de uso de dados pela grande massa da população", disse Abreu. Na TIM, a penetração de smartphones subiu de 39 por cento da base de usuários no ano passado para 59 por cento este ano.
Outra estratégia está sendo focar em planos pós-pagos, mais rentáveis, mas continuar "protegendo" a base pré-paga com a intensificação de promoções segmentadas, disse Abreu.
No segundo trimestre, a base de clientes pré-pagos da TIM caiu 1,5 por cento, para 61,1 milhões de usuários. A empresa manteve, contudo, a liderança nesse segmento, com 29 por cento de participação de mercado.
Funcionários de fornecedora da Vivo em São Paulo entram em greve

SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de 2 mil funcionários de uma prestadora de serviços da operadora Vivo entraram em greve por tempo indeterminado no Estado de São Paulo devido a atraso nos salários e não pagamento de benefícios, informou nesta quarta-feira o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sintetel-SP).
Os funcionários da prestadora de serviços Líder Telecom realizaram nesta quarta-feira uma carreata com destino à sede da Vivo na capital paulista, segundo a entidade. Eles exigem que a operadora se responsabilize pela falta de pagamentos de sua contratada, que não estaria pagando horas extras e convênio médico dos funcionários.
De acordo com o sindicato, a Líder Telecom é uma das fornecedoras da Vivo, que também contrata outras companhias para prestação de serviços operacionais de telecomunicações.
Procurada, a Telefônica Brasil, que detém a marca Vivo no país, informou em nota que está discutindo o contrato que mantém com a Líder e que "cumpre rigorosamente os contratos firmados com seus fornecedores".
Representantes da Líder Telecom não foram imediatamente encontrados para comentar o assunto.
(Por Luciana Bruno)
0 comentário
Proposta aprovada moderniza regras para circulação de máquinas agrícolas no país
Comissão de Agricultura do Senado encerra 2025 com avanços e 28 propostas aprovadas
Por 48 votos a 25, projeto da dosimetria de penas segue para sanção
Trump diz que próximo chair do Fed acreditará em juros bem mais baixos
Ações da China permanecem estáveis com setor de tecnologia em queda
França não está pronta para assinar acordo com o Mercosul, reafirma Macron