Dólar cai ante real por alívio sobre referendo britânico

Publicado em 17/06/2016 10:16

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta sexta-feira, com operadores apostando que a campanha pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE) pode perder fôlego, trazendo algum alívio à onda de aversão a risco que varreu os mercados globais nesta semana.

Às 10:13, o dólar recuava 0,72 por cento, a 3,4450 reais na venda, após subir 0,10 por cento na sessão anterior. O dólar futuro recuava cerca de 0,65 por cento.

"Os mercados no exterior passam por alívio, após especulações sobre possível adiamento do referendo do dia 23", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em relatório.

As campanhas a favor de ambos os lados no referendo britânico foram suspensas na véspera após o assassinato da parlamentar Jo Cox, que defendia a permanência.

Pesquisas recentes vinham mostrando crescente opção pelo voto pela saída, alimentando preocupações com possíveis impactos sobre a economia e os mercados financeiros globais.

Mas cotações da casa de apostas Betfair mostraram que a probabilidade implícita de vitória da permanência britânica na UE subiu para 67 por cento nesta sexta-feira. No dia anterior, ela chegou a cair a 60 por cento, para então se recuperar para cerca de 65 por cento no fim do dia.

O alívio era sentido em outras moedas. O dólar recuava 0,5 por cento em relação ao peso mexicano, após subir cerca de 1,6 por cento na semana até a véspera.

No cenário local, investidores mantinham a cautela em relação à cena política. Delações premiadas citando figuras importantes do governo de Michel Temer, incluindo o próprio presidente interino, têm gerado apreensão sobre governança e a credibilidade do país.

Na quinta-feira, Henrique Eduardo Alves pediu demissão de seu cargo de ministro do Turismo depois de ser citado em delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, na terceira baixa de ministros em pouco mais de um mês de governo Temer.

"Não dá para ficar 100 por cento otimista porque tem o cenário político, que é muito incerto", resumiu o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional.

(Por Bruno Federowski)

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Fonte:
Reuters

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