Soja: Preços no Brasil tentam recuperação e operam entre R$ 83 e R$ 85 nos portos nesta 6ª feira

Publicado em 02/10/2015 13:04

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam bem próximos da estabilidade na sessão desta sexta-feira (2), porém, testando os dois lados da tabela. As cotações iniciaram o dia com ligeiras baixas, passaram por alguma alta, as logo voltaram a recuar e, por volta de 12h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam pouco mais de 3 pontos. Assim, as cotações seguiam trabalhando entre os patamares de US$ 8,70 a 8,80 por bushel. 

No Brasil, o dia também não era de muita movimentação para os preços, uma vez que, além da estabilidade em Chicago, o dólar também atuava com volatilidade e, no mesmo momento, voltava a recuar frente ao real. A moeda norte-americana, próximo de 12h40, caía 0,17% para R$ 3,995. 

Com esse cenário, em Paranaguá, tanto a soja disponível quanto a futura, entrega em março/16, era cotada a R$ 83,00 por saca, com ganho de 1,22%. Já no porto de Rio Grande, o produto disponível vinha estável em R$ 85,20, enquanto a da safra nova subia 1,33% para R$ 83,30. 

Bolsa de Chicago

Em Chicago, os negócios ainda refletiam a briga entre os fortes fundamentos de oferta e demanda. Enquanto as notícias sobre novas vendas dos EUA continuam aparecendo e aumentando, as perspectivas para a nova safra dos Estados Unidos também continuam crescendo. 

Com esse quadro, os analistas seguem acreditando em um mercado operando entre os patamares de US$ 8,60 / US$ 8,70 a US$ 8,90 / US$ 9,00 por bushel, sem espaço para ir muito além desse níveis. "Devido aos fundamentos favoráveis no médio prazo, não acreditamos que os preços possam ultrapassar este canal verificado no gráfico", explica Mársio Ribeiro, consultor da TRINI Consultoria.

E esse padrão de movimentação, ainda de acordo com Ribeiro, deve se estender, ao menos, até o final da colheita norte-americana, que, até o último domingo (25) já havia sido concluída em 21% da área dos EUA. Na segunda-feira (5), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza seu boletim de acompanhamento de safras com os novos números. 

"Até o momento não vejo fundamentos que justifiquem alguma tendência oposta a essa", diz o consultor. "Os olhos neste momento estão voltados para o andamento da colheita nos EUA, e o início dos trabalhos de plantio na América do Sul", completa.

A nova safra sulamericana vem ganhando peso também entre os fundamentos, principalmente aquelas informações referentes ao clima no Brasil, onde a semeadura já foi iniciada nos dois maiores produtores da oleaginosa, Mato Grosso e Paraná.

Em MT, as chuvas ainda chegam em forma de pancadas, sem regularidade e não são adequadas para o início efetivo do plantio, como relatam produtores locais. No MS, por outro lado, onde os trabalhos também já começaram, o plantio teve de ser paralisado pelo excesso de precipitações. No PR, as condições já são mais favoráveis, com chuvas um pouco mais regulares. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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