Soja fecha em alta na CBOT com farelo, clima na Argentina e estimativa de adido dos USDA para o BR

Publicado em 02/02/2016 16:50

Os preços da soja praticados na Bolsa de Chicago voltaram a subir na sessão desta terça-feira (2) e fecharam o dia, após testar os dois lados da tabela, em campo positivo. E segundo explicaram analistas da Agrinvest Commodities, as cotações foram puxadas, entre outros fatores, pelo avanço do farelo também na CBOT. 

"Uma nevasca se aproxima do meio oeste americano, o que deverá atrasar o recebimento de soja pelas processadoras, resultando em menor disponibilidade momentânea de farelo", explicaram os analistas. E, dessa forma, os futuros do derivado chegaram a subir, ao longo do dia, mais de 1%. 

Além disso, como explicou o analista de grãos do portal internacional DTN, Todd Hultman, a soja em grão negociada na CBOT foi favorecida também pela movimentação técnica do mercado e da compra de algumas posições por parte dos investidores depois que os preços se aproximaram de seus patamares de suporte. 

Fato é que, ainda sem novidades duradouras por mais tempo, o mercado internacional segue caminhando de lado e aproveitando esse momento para consolidar seu equilíbrio. "O mercado, segundo explicam analistas, encontrou seu ponto de equilíbrio com os investidores optando por não comprar posições diante dos estoques elevados e das preocupações com a demanda (pela soja dos EUA), mas também não querem vender atentos à alguma notícia inesperada vinda ou do cenário geopolítico ou do climático ", diz Tony Dreibus, do portal norte-americano Agriculture.com. 

Do cenário climático, as notícias que mais chamam a atenção, segundo explica o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, são as informações que chegam da Argentina sobre o tempo mais seco que tem sido registrado por lá, prejudicando, momentaneamente, o desenvolvimento das lavouras. 

Complementando o cenário para as altas em Chicago nesta terça, ainda segundo Mariano, vieram os números do adido do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Brasil estimando a safra brasileira 2015/16 em 98 milhões de toneladas, contra as 100 milhões estimadas pela matriz do departamento e bem menor do que a projeção da Conab de 102 milhões. 

"Apesar das preocupações trazidas pelo tempo excessivamente quente e seco entre os meses de novembro e dezembro em algumas regiões, principalmente no estado de Mato Grosso, as boas chuvas de janeiro tem amenizado os impactos sobre a produtividade nestas áreas", informou a nota da instituição reportada nesta terça-feira (2). 

Leia mais:

>> Soja: Adido do USDA no Brasil estima safra nacional em 98 mi de t

Mercado Brasileiro

No Brasil, o destaque desta terça-feira ficou por conta da queda dos preços no interior do país. Apesar do fôlego das cotações na Bolsa de Chicago de uma alta do dólar frente ao real, as baixas registradas nas praças do Centro-Oeste e do Sul do país superaram 1%. 

Em Não-Me-Toque/RS, o preço caiu 1,36% para R$ 72,50 por saca; em Londrina e Ubiratã/PR, 1,39% para R$ 71,00 e em Cascavel/PR perdeu 2,76% para R$ 70,50. Já em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, baixa de 1,54% para R$ 64,00 por saca.

Nos principais portos de exportação do país, o dia foi de estabilidade para as cotações. O dólar, apesar de ter encerrado o dia em alta, ainda opera abaixo dos R$ 4,00 e acaba por limitar o potencial dos preços. Em Paranaguá, alta de 1,25% para a disponível, que fechou com R$ 81,00, enquanto a soja da safra nova se manteve nos R$ 79,00, estável. Em Rio Grande, sem referência para o produto da safra velha e ganho de 0,86% para a que deve ser entreguem em março, terminando os negócios em R$ 82,20. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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