Soja: Sensível, mercado recua em Chicago com previsão de chuvas para Argentina e feriado na China

Publicado em 03/02/2016 16:42

Os futuros da soja, na sessão desta quarta-feira (3), acentuaram de forma significativa suas baixas na Bolsa de Chicago, levando as cotações a perderem pouco mais de 8 pontos nas posições mais negociadas. Assim, o mercado voltou a atuar, para os primeiros contratos, na casa dos US$ 8,70 por bushel, e os mais longos perderam o patamar dos US$ 8,90. 

O mercado internacional recebeu algumas informações negativas vindas do lado dos fundamentos, como as previsões de algumas chuvas na Argentina no final da semana. Importantes regiões produtoras do país vêm sofrendo com o clima intensamente seco e quente e os impactos já podem ser observados nas lavouras de soja e demais culturas de verão. 

No entanto, as últimas previsões climáticas mostram que, principalmente o norte da Argentina, poderiam receber algumas precipitações. Entretanto, os danos que começam a aparecer em algumas áreas já causam preocupação aos produtores locais, uma vez que até mesmo as reservas hídricas dos solos estão secando. 

"A Argentina pode trazer surpresas", diz Camilo Motter. Afinal, as lavouras estão em fase de formação de vagens e enchimento de grãos e precisam de água. As estimativas para a safra de soja do país estão próximas de 57 milhões de toneladas, contras as 61 milhões colhidas no ano passado. 

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E há ainda a "redução temporária" da demanda chinesa em função do longo feriado do Ano Novo Lunar que começa nesta quinta-feira (4) e vai até o próximo dia 13 na nação asiática. Esse é o feriado mais importante da nação asiática. 

"Estou vendo que a demanda chinesa é muito consistente. Os relatos são promissores, otimistas, dizendo que as importações podem chegar a algo entre 84 e 85 milhões de toneladas neste ano. Porém, o mercado está vendo essa informação de uma maneira muito mais ampla, buscando entender o comportamento da economia local", explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais. "Houve perdas em algumas outras commodities, mas não no setor alimentar. Há uma preocupação com o abastecimento de alimentos", completa.

No Brasil

O dólar fechou a sessão desta quarta-feira com baixa de 1,70% sentindo a pressão, segundo analistas, de preços melhores no petróleo - que subiu neste pregão - e de dados mais fracos da economia dos Estados Unidos. Assim, a moeda norte-americana encerrou o dia valendo R$ 3,9181 na venda. 

Nos portos de exportação, o impacto foi imediato, apesar dos prêmios ainda positivos e fortes, principalmente nas posições mais distantes. Em Paranaguá, a soja disponível caiu 0,49% para R$ 80,00 por saca, enquanto o produto da nova temporada foi a R$ 78,50, caindo 1,23%. Já em Rio Grande, estabilidade em R$ 80,00 no disponível, e baixa de 0,24% para o produto entregue em março/16, que fechou com R$ 82,00 por saca. 

No interior do país, o caminho inverso. As principais praças de comercialização registraram ligeiras altas, com alta de 0,70%, por exemplo, em Ubiratã e Londrina/PR, e de 1,52% para R$ 67,00 em São Gabriel do Oeste/MS. Nas demais, como Não-Me-Toque/RS, Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis/MT, estabilidade. Os últimos valores foram de R$ 72,50 para o município gaúcho e R$ 64,00 para ambos os mato-grossenses. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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