Soja: Mercado volta a subir em Chicago e registra altas de mais de 10 pts nesta 5ª feira
Os preços da soja voltaram a subir na tarde desta quinta-feira (11) na Bolsa de Chicago. Depois de dias de estabilidade e oscilações tímidas, perto das 15h (horário de Brasília), os principais contratos da oleaginosa subiam mais de 10 pontos, com as posições julho e agosto/16 já atuando acima dos US$ 8,80 por bushel.
Segundo explicam analistas internacionais, os baixos preços dos últimos dias chamaram os investidores de volta à ponta compradora do mercado e estimularam esse avanço. A duração do movimento, porém, ainda é incerta.
Os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as vendas semanais de soja, no entanto, parecem ter contribuído. O primeiro impacto foi limitado, no entanto, como explica Jason Ward, analista de grãos da Northstar Commodity Investment, essa melhora na demanda traz respiro aos preços.
Na semana anterior, as vendas semanais de soja da safra 2015/16 ficaram negativas em 43,6 mil toneladas e, nesta quinta (11), vieram reportadas em 666,8 mil toneladas. "Vimos boas vendas semanais para exportação e, além disso, a possibilidade de uma reversão positiva nos preços do farelo", diz Ward.
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Mercado Nacional
Com a aversão ao risco ainda muito latente nos mercados globais, o dólar voltou a subir nesta quinta-feira (11) e, frente ao real, subia 1,035, por volta de 15h05 (horário de Brasília), e era cotado a R$ 3,97.
Entretanto, com suas outras referências ainda fragilizadas, os preços da soja no Brasil também não reagem a essa movimentação. No porto de Rio Grande, no início da tarde de hoje, o produto disponível caía 1,86% para R$ 79,00 por saca, enquanto o da nova safra se mantinha nos R$ 80,00.
É preciso esperar, porém, pelo impacto que essas recentes altas em Chicago podem ter sobre a formação das cotações no Brasil. O mercado internacional não registrava bons ganhos há semanas e a pouca movimentação vinha pesando de forma significativa sobre os preços, já que limitava seu potencial. O dólar, apesar da alta desta quinta, somente em fevereiro, acumula uma baixa de mais de 2%.