Soja fecha em alta na CBOT nesta 4ª e safra nova, nos portos do BR, se aproxima de R$ 90

Publicado em 04/05/2016 17:19

A sessão desta quarta-feira (4), na Bolsa de Chicago, foi mais uma de intensa volatilidade para os preços da soja. Os futuros da oleaginosa iniciaram o dia dando continuidade à uma realização de lucros, porém, em seguida, voltou a operar em alta e chegou a registrar bons ganhos de dois dígitos. No final do pregão, porém, devolveu parte das altas e fechou o dia subindo, nas principais posições, entre 5,25 e 6 pontos. 

Assim, o julho/16, que fechou com US$ 10,37 por bushel, ao longo dos negócios, bateu na máxima de US$ 10,45; o agosto/16 encerrou cotado a US$ 10,37 e bateu em US$ 10,47. Na abertura da sessão, os contratos iniciaram as operações com, respectivamente, US$ 10,27 e US$ 10,28. 

Mais uma vez, o fator principal do mercado futuro norte-americano da soja foi a atuação dos fundos de investimentos. Há ainda muita incerteza sobre a safra dos Estados Unidos e as condições de clima em que a mesma deve se desenvolver, bem como as perdas ainda sendo contabilizadas na América do Sul após o excesso de chuvas na Argentina e a falta delas no Brasil. 

"A soja voltou a subir, entre outros motivos, pela compra de posições por parte dos fundos, diante da expectativas de que a Argentina possa receber, novamente, mais dias excessivamente chuvosos", explica o analista internacional Bob Burgdorfer, do portal Farm Futures. 

Os ganhos da soja foram registrados mesmo diante de uma tentativa de recuperação do dólar, nesta quarta-feira, no cenário internacional. "O dólar subiu, mas não se recuperou das baixas semanais", explicou Burgdorefer, que citou ainda, como estímulo para o avanço da moeda americana e da aversão ao risco, os dados divulgados nesta quarta sobre a indústria da China que teriam, em partes, dececpcionado o mercado. 

Ainda no front do financeiro, a soja recebeu suporte também de um ganho registrado pelos futuros do petróleo negociados na Bolsa de Nova York, que voltaram a subir e ainda se mantêm acima dos US$ 40,00 por barril. 

Mercado Nacional

No Brasil, esta quarta-feira foi de fechamento misto para os preços praticados no interior e nos portos do país, com altas de até 2,94%, como em Tangará da Serra/MT, para R$ 70,00 por saca, e baixas que chegaram a 2,41% em Ponta Grossa/PR, por exemplo, para levar a cotação da oleaginosa a R$ 81,00. 

O dia foi de volatilidade em Chicago, mas de baixa para o dólar frente ao real, o que acabou limitando o potencial dos preços em algumas praças. Ainda assim, a maioria delas fechou com algum avanço. E a moeda norte-americana, nesta quarta, encerrou o dia cotada a R$ 3,5400, perdendo 0,87%. 

"(O dólar) deu uma puxada um pouco mais forte do que se esperava e está corrigindo. A tendência ainda é de desvalorização", disse o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel à agência de notícias Reuters. O foco dos investidores, nesse momento, se divide entre a ainda aquecida e sensível cena política nacional e a movimentação financeira internacional, onde o ritmo dos negócios se intensificou nas últimas semanas. 

Assim, nos portos também faltou uma direção bem definida para as cotações. Em Paranaguá, estabilidade para o produto disponível e futuro, com R$ 85,00 e R$ 86,00 por saca, respectivamente. Já em Rio Grande, altade 3,61% para R$ 86,00 no disponível e de 1,73% no produto a ser embarcado no próximo ano, cotado a R$ 88,00. 

Segundo explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, esses ganhos estão atrelados não só aos melhores momentos vividos pelos preços em Chicago, mas também pela aquecida demanda pela oleaginosa brasileira, o que leva os prêmios pagos sobre Chicago, nos portos, a se aproximarem dos 80 cents de dólar em algumas das principais posições de entrega.

"E o mercado internacional também encara essa questão (das fortes exportações brasileiras) como positiva, uma vez que vê que a demanda ainda está aquecida, e isso é bom para os preços", afirma Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.   

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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