Soja sobe em Chicago com altos embarques semanais do USDA e dólar em queda nesta 3ª feira
Depois de começar o dia atuando com eatabilidade e do lado negativo da tabela, os futuros da soja passaram a subir na Bolsa de Chicago e, por volta de 12h12 (horário de Brasília), os ganhos dos principais contratos variavam entre 4,75 e 6,25 pontos. Com isso, o vencimento novembro/16, referência para a safra americana e o mais negociado nesse momento, era cotado a US$ 9,58 por bushel. Mais cedo, os preços chegaram a registrar altas de mais de 10 pontos.
A semana começa para o mercado internacional com os fundamentos já conhecidos pelos traders, que esperam agora por novas informações para poderem se posicionar. A demanda continua a ser acompanhada de perto, bem como a conclusão da nova safra dos Estados Unidos, com possibilidade, segundo analistas, de alcançar um potencial maior do que o atualmente previsto pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
No entanto, o novo reporte semanal de embarque de grãos divulgado hoje pelo departamento trouxe números fortes para a soja e contribuíram para os ganhos desta sessão. Na semana encerrada em 1º de setembro, os EUA embarcaram 1.232,739 milhões de toneladas, volume maior do que o registrado na semana passada, de 921,528 mil toneladas, e superando as projeções dos traders de 700 mil a 950 mil toneladas.
Para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, com essa grande safra dos EUA já tendo sido precificada, a perspectiva é de que as cotações permaneçam operando entre US$ 9,50 e US$ 10,50 por bushel. Porém, neste momento, alguma dificuldade de se atingirm as máximas desse intervalo poderia ser registrada na medida em que a colheita está prestes a começar no Meio-Oeste americano. Em estados mais ao sul, os trabalhos já foram iniciados.
Ainda nesta terça, o mercado recebe outro reporte semanal do USDA, o de acompanhamento de safra, às 17h (somente após o fechamento do mercado).
Dólar
Outro fator que dá suporte às cotações em Chicago, porém, pressiona a formação dos preços no Brasil nesta terça-feira é a baixa do dólar. Frente ao real, a moeda americana perdia, na tarde de hoje, mais de 1,50% e era cotada a R$ 3,225. Dados fracos da economia americana divulgados nesta terça reduziram, segundo explicaram especialistas, afastaram a possibilidade de uma alta do juros do país ainda neste mês e pesaram sobre a divisa.
"Logo cedo, houve quem aproveitou para comprar um pouco de moeda, mas o movimento durou pouco e, para reforçar essa trajetória baixista, o dado norte-americano trouxe a leitura de que alta de juros nos EUA pode não ocorrer tão já", afirmou o operador da Spinelli Corretora, José Carlos Amado em entrevista à agência Reuters.
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E embora, como explica a analista de mercado Andrea Sousa Cordeiro, da Labhoro Corretora, "esse recuo do dólar frente à uma cesta de moedas melhora a performance de compra dos demais países, o que favorece a demanda internacional", a movimentação negativa neutraliza os ganhos registrados em Chicago para os preços no Brasil.
Na tarde desta terça, no porto de Rio Grande, a soja disponível tinha referência de R$ 78,50 por saca, perdendo 0,63%, enquanto no mercado futuro a baixa era de 0,65% para R$ 77,00.
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