Soja volta a recuar à espera do USDA e de olho no dólar subindo frente ao real
O mercado da soja passou a recuar novamente na Bolsa de Chicago na tarde desta quarta-feira (10), depois de terem testado leves ganhos no começo do dia. Perto de 13h40 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 8,75 e 9,25 pontos, com o maio valendo US$ 11,65 e o agosto, US$ 11,77 por bushel. Óleo e farelo também trabalhavam do lado negativo da tabela, com o óleo liderando as perdas.
"As cotações seguem sem grandes variações, com volume de negociações abaixo da normalidade, onde prevalece a cautela entre os investidores, enquanto aguardam os dados da Conab e do USDA, que serão divulgados amanhã", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Embora o reporte de abril tenda a ser morno, sem trazer grandes novidades - com expectativas renovadas para o boletim de maio - os traders alinham suas posições antes da chegada do novo relatório.
Ademais, permanecem no centro dos radares as previsões climáticas para o Meio-Oeste americano - com o plantio do milho já em andamento - o comportamento da demanda e a conclusão da safra na América do Sul, todos os fatores com raros novos fatos que pudessem, ao menos por agora, alterar o ritmo do mercado.
Nesta quarta, o USDA voltou a anunciar novas vendas de soja pelos EUA, desta vez de 254 mil toneladas, mais uma vez para destinos não revelados. O volume, todavia, é da safra 2024/25. Ontem, foram pouco mais de 120 mil toneladas da safra 2023/24.
Outro ponto de atenção pelo mercado neste momento é o avanço do dólar frente ao real. Na tarde desta quarta, a moeda americana subia mais de 1%, chegando aos R$ 5,08 e ajudando na pressão sobre as cotações em Chicago.
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