Soja intensifica baixas em Chicago com farelo perdendo mais de 2%, milho e trigo também recuando
O mercado da soja segue trabalhando em campo negativo na Bolsa de Chicago, porém, intensificando suas perdas no início da tarde desta segunda-feira (15). As cotações, perto de 13h50 (horário de Brasília), perdiam de 10,75 a 14,50 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 11,59 e o julho a US$ 11,72 por bushel. A perda intensa no farelo e o dólar ainda se fortalecendo frente ao real ajudam na pressão, segundo informa a Agrinvest Commodities.
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Perto de 14h, as cotações do derivado perdiam mais de 2% entre as posições mais negociadas, com a primeira sendo cotada a US$ 336,80 por tonelada curta. De outro lado, o óleo amenizava bastante as baixas, operando bem próximo da estabilidade, com alta de 0,02% apenas, e o primeiro vencimento valendo 45,88 cents de dólar por libra-peso.
"Na semana passada, os preços do farelo de soja subiram bem, especialmente pelas preocupações com a colheita na Argentina, que vem sendo impactada pelas chuvas. Contudo, nota-se que a partir de quarta-feira, o tempo ficará mais firme pelos próximos 10 a 12 dias, o que deve acelerar os trabalhos no campo", afirma ainda a Agrinvest.
Além do movimento dos derivados, o mercado se atenta também às baixas que se observam no milho e no trigo neste início de semana.
"Os futuros agrícolas em CBOT trabalham em forte baixa para a soja e baixa para o milho e trigo. Os investidores estão monitorando de perto as condições climáticas nos EUA, com o milho em andamento e o início da semeadura da soja safra 2024/25. Além disso, os mercados estão atentos à escalada dos conflitos no Oriente Médio após o ataque do Irã a Israel".
Assim, os números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no final da tarde, hoje, de avanço do plantio da nova safra são também aguardados pelos traders. Os dados chegam à 17h (Brasília).
"O modelo GFS, gerado nessa tarde, resumidamente indica clima seco para o sul de Illinois, Indiana, Ohio, norte de Minnesota e na Dakota do Norte, leves acumulados previstos o centro e nordeste do meio-oeste americano, bem como para a região do delta e para o Texas.
Já o modelo Europeu, gerado na madrugada, difere do GFS nos volumes totais previstos para 10 dias, além de divergências na abrangência das chuvas em Michigan, Missouri, Kansas e no sudeste americano", complementa a Labhoro.
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