Açúcar estende ganhos nesta 3ª em NY e Londres com foco em possível restrição dos EUA ao México
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (26) com altas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado estendeu os ganhos da véspera com suporte das possíveis restrições dos Estados Unidos às importações do México.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 2% no dia, cotado a 22,39 cents/lb, com máxima em 22,48 cents/lb e mínima de 21,93 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,87%, a US$ 653,40 a tonelada.
O mercado do açúcar dá continuidade às altas da véspera nesta terça-feira, com o tipo bruto em máximas de um mês e o branco em pico de seis semanas, diante das preocupações dos operadores relacionadas a uma potencial restrição dos Estados Unidos ao açúcar mexicano.
"Os preços do açúcar têm transitado em alta desde segunda-feira, quando os produtores de açúcar dos Estados Unidos pediram uma redução nas importações de açúcar do México", reportou o site internacional Barchart no dia.
A Coligação Americana do Açúcar quer que o governo reduza a quantidade de açúcar que o México pode enviar para os Estados Unidos em 44%, o que pode aumentar os preços e exigiria que os EUA comprassem açúcar a outros países, na já escassa oferta global.
Ainda no cenário internacional, também há preocupações no mercado do açúcar relacionadas ao fechamento de um dos principais portos da Costa Leste dos Estados Unidos depois que um navio de carga se chocou contra uma ponte na cidade de Baltimore.
Também há foco no mercado para a demanda aquecida ao açúcar brasileiro. O Brasil exportou 2,281 milhões de toneladas de açúcar e melaços, até o momento, em março (16 dias úteis), com receita acumulada de US$ 1,253 bilhão, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
No financeiro, por outro lado, o dia foi de limitação da alta com queda leve a moderada do petróleo, o que tende a impactar diretamente no mix das usinas. Além disso, o petróleo tinha leve alta sobre o real, o que encoraja as exportações das commodities.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar permanecem firmes no mercado spot paulista. "Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar de a demanda ter mostrado sinais de enfraquecimento, o movimento de alta dos preços foi sustentado pela restrição de oferta neste final da entressafra 2023/24, em especial para os tipos de melhor qualidade, o Icumsa até 180", reporta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 145,60 a saca de 50 kg com valorização de 0,24%. Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 168,38 com alta de 0,11%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,91 c/lb e salto de 0,44%.
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