USDA: Estimativas reduzidas para safras de soja e milho nos EUA

Publicado em 12/10/2011 09:58 e atualizado em 12/10/2011 14:02
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou  nesta quarta-feira seu relatório mensal de oferta e demanda de outubro reportando uma redução para as safras de soja e milho dos Estados Unidos.

Para a soja, o estimado pelo departamento foi um declínio de 83,96 milhões para 83,28 milhões de toneladas. O volume ficou ainda abaixo das expectativas do mercado, que eram de 84,21 milhões de toneladas. Essa redução é reflexo do corte feito também na produtividade - de 46,85  (2,81 t/ha) para 46,51 sacas por hectare (2,79 t por ha). 

No milho, a safra foi estimada em 315,81 milhões de toneladas, 0,51% menor do que os números de setembro - que apontavam para 317,31 milhões de toneladas. O rendimento se manteve em 154,91 sacas por hectare. 

Estoques finais - Sobre os estoques finais, os de soja foram reduzidos de 4,49 milhões para 4,35 milhões de toneladas. Assim como a produção, as reservas também foram menores do que o esperado pelo mercado - 4,93 milhões de toneladas. 

Os estoques finais de milho foram projetados em 22 milhões de toneladas, ante as expectativas dos traders de 20,19 milhões de toneladas. 

Farelo e óleo de soja  -- O USDA manteve as estimativas de oferta e demanda de farelo de soja nos Estados Unidos para a safra 2011/2012, ou seja 350 mil toneladas para outubro. A previsão para outubro de 2012 permaneceu em 300 mil tons. Já os estoques do óleo foram elevados para setembro de 2011 em 2.146 milhões de libras-peso, e a previsão para outubro de 2012 em 2.171 milhões de libras-peso.

CHINA VOLTA ÀS COMPRAS

A estatal China Grain Reserves Corp. (Sinograin) comprou cerca de 
1,5 milhão de toneladas de milho ontem, a maior parte dos Estados Unidos, de 
acordo com dois executivos familiarizados com a transação. Esperava-se que o 
país voltasse ao mercado depois da queda de 20% nos preços do grão desde o 
início de setembro. A companhia também teria adquirido 100 mil t de óleo de 
soja e 700 mil t de soja em grão de fornecedores da América do Sul, segundo o 
executivo. 
 
A diminuição dos estoques chineses e o aumento da demanda no setor de ração 
fez a China voltar a importar milho depois de um hiato de 15 anos. Analistas 
acreditam que o país deve elevar ainda mais suas importações nos próximos anos. 
Suas compras podem chegar a cerca de 10 milhões de toneladas anuais. No mês 
passado, a Associação Chinesa da Indústria de Ração previu que em 2015 o país 
terá um déficit de 15 milhões de toneladas na produção de milho.  

Mercado de Soja : Foi o Dragão Chinês quem despertou o Touro...
 (por Liones Severo)

O ´touro` representa o mercado altista (bullish)`, porque ataca sua presa
de baixo para cima, enquanto que o ´urso` representa o mercado baxista
(bearish) porque ataca sua presa de cima para baixo.
 
Os preços da soja despencaram a partir de 22 de setembro até 4 de outubro,
periodo este, que os compradores finais aproveitaram para recompor suas compras/
estoques de soja, principalmente no mercado americano. Muitos exportadores
americanos que realizaram grandes vendas de soja, não conseguiram se cobrir
no mercado fisico porque os produtores americanos , assim como, os produtores
brasileiros e argentinos, suspenderam as vendas de soja nesse período de preços
deprimidos.
 
Restou a aos exportadores americanos optar pela cobertura de futuros na
Bolsa de Chicago que desencadeou o atual movimento forte de alta dos preços. 

Comentários diversos apontam que os chineses (dragão) compraram mais de 30 navios de soja (cerca de 2.0 milhões de tons) entre os últimos dias do mes de setembro  e os primeiros dias de outubro, além de uma grande quantidade de óleo de soja, aproveitando os respectivos preços fracos.
 
A produção das safras americanas de soja, milho e trigo, ainda estão
em trabalhos de colheitas. As safras de milho e soja, já apresentam um deficit
na produção comparativa a safra anterior, o que poderá resultar em um nova redução
dos estoques de passagem das safras de 2012.
 
Com oferta reduzida e estoques baixos, qualquer movimento de baixa dos preços atuais, deverá resultarem aumento de demanda, agravando o suprimento/oferta já deficitária pelas perdas das safras americanas. (por Liones Severo).
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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