Coronavírus pelo mundo: Na Itália, a importância da comunidade européia auxilia em momento de crise
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Coronavírus pelo mundo: Na Itália, a importância da comunidade européia auxilia em momento de crise
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A Itália foi um dos países mais afetados palo Coronavírus, contabilizando mais de 15 mil mortes. Em um momento delicado como este, estar inserido na União Européia pode facilitar na tomada de decisões e na ação em conjunto. É o que acredita Andrea Mercorillo, italiano que trabalha em uma empresa produtora de azeites de oliva.
Andrea explicou que na Itália existem dois tipos de mercado consumidor, o de produtos em escala e o de produtos com maior valor agregado. Para atender este segundo tipo de consumidor, diversos países da Europa adotam selos de qualidade locais para creditar alimentos produzidos de forma tradicional.
"Todos os países da União Européia precisam adotar os mesmos padrões de qualidade e atender as mesmas diretrizes de produção. Assim atendemos clientes que demandam cada vez mais qualidade e ao mesmo tempo temos que competir internamente pelo mercado consumidor", disse Andrea.
Para a agricultura no país, Andrea falou que ainda não há grandes prejuízos. Nesta época do ano, boa parte das lavouras está em repouso, sendo que os manejos se iniciam no final do primeiro semestre. "Se o problema da doença se estender até lá, aí sim teremos problemas".
Escassez de produtos frescos deve afetar Europa em meio a paralisações por coronavírus
Por Duncan Miriri e Nigel Hunt
NAIRÓBI/LONDRES (Reuters) - Frutas e vegetais frescos se tornarão cada vez mais escassos na Europa, alertam fornecedores, à medida que a pandemia de coronavírus dificulta as movimentações globais de produtos e de pessoas necessárias para que as safras sejam colhidas.
Governos estão buscando formas de amenizar qualquer escassez, incluindo "corredores verdes" para permitir que os produtos frescos sejam escoados mais rapidamente através das fronteiras da União Europeia, o recrutamento de um "exército oculto" de colheitadeiras e a flexibilização de regras de viagens para trabalhadores migrantes.
Mas enquanto os supermercados europeus afirmam que continuam recebendo a maior parte dos produtos, as pressões de oferta crescem tanto nas fontes, entre elas a África, importante fornecedora de produtos frescos, quanto na própria Europa.
As lojas, que já estão lidando com um acúmulo de clientes, podem ter dificuldades para manter as prateleiras cheias.
No Quênia, importante fornecedor de feijão verde e ervilhas para a Europa, metade dos trabalhadores do setor foi mandada de volta para casa em licenças obrigatórias, diante da impossibilidade do país de embarcar pedidos, mesmo com o aumento da demanda de varejistas europeus.
"Os estoques deles (europeus) estão se esgotando diariamente", disse Okisegere Ojepat, presidente-executivo do Consórico de Produtos Frescos do Quênia, que reúne mais de 200 produtores e exportadores.
As remessas de outro fornecedor-chave, a África do Sul, também devem se tornar mais desafiadoras, com o país prestes a entrar em um isolamento ("lockdown") de 21 dias nesta semana.
"Estávamos razoavelmente em boa forma até o início desta semana, mas agora as coisas estão ficando muito difíceis", disse Hans Muylaert-Gelein, diretor-gerente da Fruits Unllimited, empresa sul-africana que exporta frutas e vegetais para o Reino Unido.
"Cada vez mais voos estão sendo cancelados, então eu espero que haja grandes interrupções."
Os aviões que ainda operam estão cobrando mais caro. Nas últimas duas semanas, operadores triplicaram o preço por quilo embarcado para 3 dólares, segundo Hosea Machuki, presidente da Associação de Exportadores de Produtos Frescos do Quênia, que representa 117 produtores e exportadores.
As cadeias de oferta ocidentais se deterioram à medida que problemas --da falta de caminhoneiros às restrições a atividades marítimas-- afetam o fluxo de mercadorias, de acordo com operadores logísticos.
Mesmo produtos de maior duração, como frutas cítricas, que costumam ser transportados pelo mar, podem ter o fluxo interrompido por causa da escassez de contêineres, que está relacionada ao "shutdown" da China, disse Muylaert-Gelein.
"Laranja e limão, os velhos embaixadores da vitamina C, têm grande demanda. Também raízes, cenoura, repolho, qualquer coisa que tenha propriedades de saúde, as pessoas estocaram", afirmou ele à Reuters.
(Reportagem de Nigel Hunt e Jonathan Saul em Londres, Duncan Miriri em Nairóbi, Ahmed El Jechtimi em Rabat, Sonya Dowsett em Madri, Phil Blenkinsop e Michael Blogan em Bruxelas, Michael Hogan em Hamburgo, John Miller e Arnd Wiegmann em Zurique, Gus Trompiz e Sybille de La Hamaide em Paris)
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