No Japão, prioridade é evitar o desperdício e atender a população do país com a produção interna de alimentos

Publicado em 09/04/2020 17:42 e atualizado em 10/04/2020 19:58
Fábio Murakami - Nagano - Japão
Planejamento para as Olimpíadas fez com que setores de Pecuária de corte e leite fosse os mais afetados. Em alguns casos, o excedente de alimentos é distribuído de forma gratuita

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Em entrevista exclusiva ao site Notícias Agrícolas, o metalúrgico Fábio Murakami explicou que o Japão possui uma estratégia diferenciada para combater o coronavírus, que é priorizar o consumo interno. Fábio possui um passado relacionado à agricultura e está no Japão há mais de 20 anos, na região de Nagano.

O Japão é constantemente lembrado por seus costumes sociais, em que um certo distanciamento entre as pessoas é uma prática comum. No entanto, o país foi criticado internacionalmente por demorar em adotar medidas de contenção do novo coronavírus, já que o país declarou Estado de Emergência há poucos dias.

Outro detalhe é que o Japão estava organizando as Olimpíadas que seriam realizadas este ano, mas que foram adiadas para 2021. A expectativa de um aumento no turismo e na movimentação de pessoas fez com que alguns setores sentissem um grande impacto por causa da mudança, sendo que a pecuária de corte foi um dos mais afetados no agronegócio do país.

"Aqui a pecuária de corte vem principalmente da raça Wagyu, que é bem conhecida. Esses produtores esperavam que haveria um grande aumento no número de pessoas aqui por causa das Olimpíadas, o que não vai ocorrer agora, então haverá um problema na oferta de carne e os preços vão acabar caindo", explicou.

Segundo Fábio, o povo está muito unido no combate aos efeitos econômicos causados pela doença. Em alguns casos, o excedente de alimentos e distribuído gratuitamente antes que estrague. Além disso, a prioridade é incentivar o consumo interno, aumentando a competitividade da produção de alimentos japonesa.

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Tags:
Por:
Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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