Dentro dos R$ 30 bi que vão ajudar a formar o Renda Cidadã está o dinheiro que não sai mais pelo ladrão (corrupção)

Publicado em 28/09/2020 15:14 e atualizado em 28/09/2020 16:16
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
Governo Bolsonaro anuncia o Renda Cidadã, com R$ 30 bi a mais que o Bolsa Família.. De onde virão os recursos? Essencialmente do dinheiro que não está mais saindo pela corrupção. Saiba mais na edição do Tempo&Dinheiro desta segunda-feira, 28/setembro/20

E mais:

Alessandra Mello: Dólar muda de direção influenciado por expectativa por reforma tributária;
Vlamir Brandalizze: Chuvas no Paraná pressionam mercado da soja em Chicago;
Sérgio Braga: Preços do boi gordo continuam em alta e consumidores aceitam;
Vlamir Brandalizze: Plantio do milho deve avançar no Sul do Brasil e acalmar o mercado;
Frederico Olivi: O que fazer com a braquiária solteira, que cresce demais? Rolo Faca Katrina nela!, recomenda Dirceu Brock;
Renato Dias - Milagres da política: fim da pandemia e até mudança de raça;
Daniel Olivi: Terça e quarta aqui no Notícias Agrícolas o encontro das Mulheres Cooperadas;
Alessandra Mello: Analistas revisam para cima expectativa para a cotação do dólar no fim do ano.
 

Renda Cidadã substitui Bolsa Família e contará com precatórios e Fundeb

LOGO estadao

O Renda Cidadã, novo programa social do governo federal, será financiado com o dinheiro de precatório e recursos do Fundeb, o fundo para a educação básico que terá reforço do governo. Os recursos do Fundeb, pela legislação em vigor, ficam fora do teto de gastos, regra que impede o crescimento da despesas da inflação acima.

O anúncio foi feito durante reunião do presidente Jair Bolsonaro e líderes do governo, partidos e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O programa será incluído na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial, segundo informou o relator, senador Marcio Bittar (MDB-AC). O parlamentar informou que a proposta usa parte dos recursos dos precatórios para financiar o Renda Cidadã. Segundo ele, hoje há R$ 55 bilhões de precatórios no Orçamento. A proposta fixa 2% da receita corrente líquida para pagar os precatórios. "O que sobrar vai para o Renda Cidadã", disse.

Os precatórios são valores devidos a pessoas físicas ou jurídicas após sentença definitiva na Justiça.

O relator informou ainda que até 5% do novo recurso para o Fundeb, também vai ajudar famílias do programa. Ele não deu detalhes. Mas essa proposta já foi proposta pela equipe econômica na época de votação do novo Fundeb e foi vetada pelo Congresso.

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que o novo programa social Renda Cidadã não vai furar o teto de gastos.

Barros falou com a imprensa após uma reunião de líderes partidários e ministros com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Após o encontro, Bolsonaro, ministros e parlamentares deram esclarecimentos sobre o que foi discutido.

"Chegamos à conclusão neste momento que teremos a apresentação do Renda Cidadã, dentro do teto de gastos, para atender os milhões de brasileiros que recebem o auxílio emergencial", disse o deputado.

O parlamentar não deu outros detalhes sobre o Renda Brasil, como o valor do benefício ou quando deverá começar a ser pago.

Nos últimos meses, o governo vem debatendo a criação de um novo programa social para substituir o Bolsa Família e abarcar parte dos atuais beneficiários do auxílio emergencial, criado para ajudar trabalhadores informais afetados pela crise da pandemia do coronavírus.

Inicialmente, o programa se chamaria Renda Brasil. Bolsonaro planejava que o benefício tivesse valor de R$ 300. Integrantes da equipe econômica disseram que, para chegar nessa cifra, deveriam ser feitos cortes em outros benefícios sociais, o que desagradou Bolsonaro. O presidente chegou a dizer que estava proibido de se falar de Renda Brasil dentro do governo.

RESPONSABILIDADE

Na sua fala inicial, Bolsonaro agradeceu a presença dos líderes e dos integrantes do governo na busca de um entendimento para "recuperar os empregos, atender aqueles conhecidos agora como invisíveis, o Brasil segundo a doutrina, a orientação do Paulo Guedes, tem que voltar à normalidade o mais rápido possível".

"Estamos buscando recursos com responsabilidade fiscal e respeitando a Lei do Teto. Nós queremos demonstrar à sociedade e ao investidor que o Brasil é um país confiável", disse ele, ao acrescentar que as alternativas devem ser encaminhadas ao Congresso antes das eleições para garantir que o Brasil possa voltar ao caminho da normalidade "o mais rápido possível".

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), também reforçou que o Renda Cidadã será apresentado respeitando o teto de gastos públicos e tem por objetivo atender aos milhões que, a partir do próximo ano, ficarão sem receber o auxílio emergencial pago durante a pandemia do novo coronavírus.

Último a falar, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também destacou que o governo respeitará o teto de gastos na iniciativa, que possibilitará a aterrissagem do auxílio emergencial num novo programa de renda básica a partir de 1º de janeiro.

A proposta será incluída na chamada PEC Emergencial, em tramitação no Senado, disse Bittar, que é relator dessa matéria. Não se falou qual o valor do novo programa de transferência de renda.

Índice de confiança do empresário industrial cresce em setembro em todos setores

LOGO estadao

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu em setembro em todos os 30 setores da indústria, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 28, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI da Indústria de Transformação chegou a 62,6 pontos, uma alta de 5,1 pontos em relação ao mês anterior.

Segundo a CNI, este é o segundo mês consecutivo que o índice fica acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica confiança dos empresários. "O ICEI mostra que após a retomada em agosto, a confiança está cada vez maior e mais disseminada entre os empresários da indústria da transformação", diz a entidade. A CNI destaca ainda que o crescimento do índice em setembro é bastante significativo na comparação com abril e lembra que, no auge da crise, o ICEI estava em 34,3 pontos.

De acordo com o levantamento, em todos os setores da indústria da transformação considerados, a confiança teve aumento em setembro e se situa acima dos 50 pontos.

"É importante notar que a alta da confiança foi generalizada, alcançando todos os setores. E aqueles que tinham confiança mais baixa, até por terem sentido com mais intensidade os impactos da pandemia, mostraram em setembro as maiores altas da confiança", afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O ICEI da Indústria da Construção alcançou 56,7 pontos, um crescimento de 2,7 pontos em relação a agosto. Essa é a quinta alta consecutiva do indicador, que já acumula crescimento de 21,9 pontos desde abril.

O índice de confiança da indústria extrativa teve alta de 2,7 pontos no mês e atingiu 59,9 pontos. Esse também foi o quinto aumento mensal consecutivo de confiança dos empresários.

A pesquisa foi feita com 2.312 empresas, entre os dias 1º e 14 de setembro.

China mira taxa de autossuficiência de 95% em carne suína, indica governo

LOGO REUTERS

PEQUIM (Reuters) - A China tem como objetivo produzir internamente 95% de sua carne suína, indicou um documento governamental com planos para o setor animal do país, que reforça a meta de reconstruir rapidamente seu enorme rebanho de porcos após uma grave epidemia de peste suína africana (PSA).

O documento, divulgado no domingo, vem em meio a uma ampliação no foco de Pequim à segurança alimentar, com surtos de coronavírus no exterior impactando exportadores de alimentos e tensões com grandes parceiros comerciais gerando preocupações em relação à oferta.

O documento não mencionou um prazo para que a meta seja atingida.

A China, maior consumidora de carne suína do mundo, chegou a ser praticamente autossuficiente na proteína, com as importações respondendo em média por 1% da produção entre 2000 e 2018.

Mas no primeiro semestre deste ano, importações de mais de 2 milhões de toneladas atingiram quase 10% do consumo, após a produção doméstica despencar na esteira da epidemia de peste suína africana.

Pequim afirmou repetidamente que espera que sua criação de porcos volte aos níveis normais até o ano que vem, tendo lançado uma série de medidas para encorajar os produtores a construir novas áreas de criação de animais.

O governo também afirmou que tem metas para o fornecimento interno de 85% das carnes bovina e ovina e mais de 70% do leite consumido no país, além de permanecer autossuficiente em ovos e carne de frango.

Os objetivos não são muito diferentes dos níveis atuais, mas a meta para a carne bovina parece "difícil de ser atingida", disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário