Soja deverá trabalhar entre 12 e 14 US$/bu, a diferença virá no prêmio (o de hoje subiu para US$ 2,40)

Publicado em 03/09/2021 16:35 e atualizado em 03/09/2021 18:00
Tempo & Dinheiro
Edição do Tempo&Dinheiro desta 6a.feira, 3/setembro/21, com João Batista Olivi

Vendas de soja 21/22 do Brasil seguem atrasadas, diz Safras & Mercado

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SÃO PAULO (Reuters) - As vendas antecipadas para o novo ciclo de soja do Brasil (2021/22) mantiveram forte atraso ante o mesmo período do ano passado, quando agricultores já tinham comercializado quase metade da produção esperada, apontou a consultoria Safras & Mercado em relatório mensal.

A comercialização da soja que será plantada a partir deste mês atingiu 25,6% de uma safra projetada em recorde de 142,24 milhões de toneladas, avanço de 1,9 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Em igual período do ano passado, o número de vendas da safra futura era de 49,3% e a média dos últimos cinco anos é de 24,9%, segundo a consultoria.

O comercialização da safra velha, colhida no início deste ano, atingiu 85,9% e também está mais lenta na comparação anual e frente à média histórica.

"Os produtores seguem retraídos, negociando apenas o necessário durante os melhores momentos. A aposta é de melhora no último trimestre do ano", disse a Safras em relatório.

Os negócios da safra velha aumentaram quatro pontos percentuais na comparação mensal.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 97,9% do total e a média de cinco anos para o período é de 88,5%.

Nesta semana, a Reuters publicou que produtores no Brasil estão segurando vendas, pois acreditam que os preços podem subir mais em meio ao aperto da oferta global.

Além disso, alguns avaliam que questões climáticas e políticas poderão impulsionar as cotações.

Dólar fecha quase estável, a R$ 5,1839

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ficou praticamente estável pelo segundo pregão consecutivo nesta sexta-feira e completou o quinto dia de oscilações bastante moderadas para os padrões domésticos, numa clássica postura defensiva dos agentes financeiros antes das manifestações no Brasil prometidas para o feriado de 7 de Setembro, na terça.

Na segunda-feira, o mercado de câmbio funcionará, mas com baixos volumes por estar espremido entre o fim de semana e o feriado. Com isso, vários operadores decidiram proteger posições já nesta semana.

Nesta sexta, o dólar à vista teve variação positiva de 0,02%, a 5,1839 reais na venda.

A cotação chegou a cair 0,98%, a 5,132 reais, logo após a divulgação de dados bem mais fracos de emprego nos EUA (às 9h30 de Brasília), que derrubaram o dólar em todo o mundo. Mas ainda pela manhã a moeda recobrou forças até zerar as perdas, eventualmente chegando a subir 0,26%, a 5,1963 reais.

Na semana, o dólar caiu 0,24%. Em agosto, a moeda acumula alta de 0,22%. Em 2021, cede 0,15%.

No exterior, o índice da divisa norte-americana caía 0,1% no fim da tarde, tomando algum fôlego depois de recuar 0,3% após os dados mais fracos de emprego nos EUA. Ainda assim, o dólar rondava mínimas em um mês.

Bolsonaro diz que manifestações de 7 de setembro serão um ultimato a quem descumprir a Constituição

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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse que as manifestações de seus apoiadores no feriado da Independência, na próxima terça-feira, serão um "ultimato" para aqueles que, segundo o presidente, descumprem a Constituição.

Em cerimônia em Tanhaçu, na Bahia, para assinatura de contrato de concessão da Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol), Bolsonaro disse que o recado das manifestações visará duas pessoas, que ele não citou os nomes, e que servirá para fazer com que elas se curvem à Constituição.

O presidente tem atacado frequentemente os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, acusando-os de exceder os limites constitucionais.

"Essas uma ou duas pessoas têm que entender o seu lugar, e o recado de vocês, povo brasileiro, nas ruas na próxima terça-feira, dia 7, será um ultimato para essas duas pessoas: curvem-se à Constituição, respeitem a nossa liberdade, entendam que vocês dois estão no caminho errado, porque sempre dá tempo de se redimir", discursou Bolsonaro, enquanto algumas das pessoas na plateia gritaram "Fora Barroso".

No discurso, Bolsonaro disse que atuará dentro das quatro linhas da Constituição, mas que saberá agir para, segundo ele, fazer valer a vontade do povo, caso entenda que outras pessoas descumpriram o texto constitucional.

"Nós não precisamos sair das quatro linhas da Constituição. Ali temos tudo que precisamos. Mas, se alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas, nós mostraremos que poderemos fazer também valer a vontade e a força do seu povo", afirmou.

Bolsonaro aposta em manifestação avassaladora para recuperar força política

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BRASÍLIA (Reuters) - "Uma fotografia para o mundo", disse o presidente Jair Bolsonaro sobre o que espera dos atos em defesa do seu governo marcados para o 7 de setembro.

Ele convocou seus apoiadores para que organizassem um ato como "um último recado" -- tendo como alvos ministros do STF. No discurso, os atos do 7 de setembro serão o que já chamou de "nova independência", um "ultimato", um recado para que seus desafetos "voltem a seu lugar".

"Essas uma ou duas pessoas têm que entender o seu lugar. E o recado de vocês, povo brasileiro, nas ruas, na próxima terça-feira, dia 7, será um ultimato para essas duas pessoas", disse Bolsonaro nesta sexta-feira em evento na Bahia.

Nas contas do presidente, a mobilização irá levar 2 milhões de pessoas à Avenida Paulista, em São Paulo -- mais do que as manifestações de 2013 ou os atos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Se confirmado, o número representaria um mar de gente para dar ao presidente o poder de fazer o que quiser: "Eu autorizo" é um dos gritos clássicos do bolsonarismo.

COMPASSO DE ESPERA

A expectativa pelo 7 de setembro colocou aliados de Bolsonaro --e mesmo opositores-- em compasso de espera. O que sair das ruas na próxima terça poderá, talvez, mudar o tom da relação conturbada do presidente com o Congresso e o STF.

Um dos principais nomes da bancada bolsonarista na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) diz que não se sabe o que sairá da manifestação, mas que o STF precisar atender o "clamor das ruas".

"Queremos que o STF passe a agir de acordo com o que prega a Constituição, pare de perseguir quem faz crítica aos ministros, cessar a violação de garantias individuais, parem de fazer prisões ilegais e deixem o presidente governar", afirmou.

Uma tônica entre os bolsonaristas é a ideia de que, enquanto Bolsonaro foi eleito, os ministros do STF não o foram, e por isso estariam interferindo em decisões que não deviam.

"Não defendemos o fim do STF, mas que aja dentro da Constituição", disse o deputado Filipe Barros (PSL-PR). "Vai ser uma demonstração da insatisfação do povo com o que está acontecendo. Nós sempre fomos reativos, dessa vez, pela primeira vez, vamos ser proativos."

Dentro do Congresso, também os parlamentares acompanharão com lupa o resultado da manifestação. O deputado Fabio Trad (PSD-MS) lembra que o Congresso tem uma supremacia do centrão e o grupo, hoje, está ainda alinhado com Bolsonaro.

"Se muitas pessoas forem às ruas é um indício de que Bolsonaro ainda conta com certo apoio popular e isso interfere sim na correlação de forças", disse. "Mas pode ocorrer o contrário: não apenas ter um número pequeno, mas se houver ocorrências violentas isso vai ser debitado na conta política do presidente e isso também interfere."

Dentro dos grupos bolsonaristas, a belicosidade do presidente e a sensação de "última chance" dá o tom. Nas redes sociais e em grupos de mensagens, as conversas vão da insistência de que os protestos serão pacíficos e civilizados a grupos que ameaçam invadir o Congresso e o STF|.

"Se não houver adesão no dia 07/9, já era. Entrega a chave do país e do cofre para a esquerda", escreveu uma apoiadora de Bolsonaro em um dos centenas de grupos dedicados ao presidente no aplicado Telegram.

"Faça sua parte. Ou você vem no dia 7 ou os inimigos do Brasil farão a deles, para tirar qualquer poder que o presidente Bolsonaro tenha de agir contra o que está acontecendo", convoca um outro.

Um dos vídeos para divulgar a manifestação, com texto em inglês, diz que os movimento vai causar "inimaginável terror nas hostes do mal", enquanto mostra uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Um horror que vai reverberar de Brasília até a selva colombiana. Um horror sempre percebido, mas agora exposto em força total", diz o vídeo.

Com a mistura de processos no STF, um governo controlado pelo centrão e uma popularidade em baixa, o 7 de Setembro passou a ser visto como divisor de águas para o bolsonarismo.

Esta semana, duas pesquisas de opinião traçaram o quadro do derretimento do presidente. A PoderData, do site Poder360, mostra que 63% dos entrevistados acham o governo ruim ou péssimo. Nas eleições de 2022, Bolsonaro perderia para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por 55% a 30%.

Na pesquisa Genial/Quaest, Bolsonaro perderia para Lula em qualquer um dos seis cenários previstos e, em alguns casos, poderia vir a perder ainda no primeiro turno, e 62% dos entrevistados disseram que não votariam no presidente -- a maior rejeição entre todos os candidatos.

Apesar de dizer que não acredita em pesquisas, Bolsonaro já insinuou mais de uma vez que poderia não se candidatar. Essa semana, ao conversar com apoiadores, chegou a dizer que "chegar como pato manco não dá", citando a uma expressão norte-americana que se refere a presidentes que chegam ao final do mandato sem força.

ESFORÇO DE CONVOCAÇÃO

Para mostrar que Bolsonaro ainda tem força, a estratégia foi concentrar os protestos em Brasília e em São Paulo, com a participação do presidente nos dois lugares, de manhã na capital federal e à tarde em São Paulo. Organizadores garantem que ônibus lotados estão saindo de diversos lugares --Nordeste, Rio de Janeiro, interior de São Paulo, para se concentrar na Avenida Paulista.

Um dos organizadores do ato em São Paulo, o advogado Jairo Glikson afirma que haverá pelo menos 16 trios elétricos na Paulista. Nos grupos bolsonaristas, fala-se em grupos que se dirigem a Brasília, arrecadação de recursos para ônibus e para alimentar os manifestantes.

Nas redes, convocações para o ato vem de pastores evangélicos ligados ao bolsonarismo, como Silas Malafaia e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), e de militares e policiais militares --na maioria dos casos, da reserva, já que os da ativa são proibidos por lei de estarem em atos políticos. 

Petrobras inicia campanha para esclarecer custos dos combustíveis, dizem fontes

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras vai iniciar nesta sexta-feira uma campanha de esclarecimento sobre o preço da gasolina, que em alguns postos do país já chega perto de 7 reais por litro, segundo fontes da empresa.

Em vídeo, que inicialmente será divulgado nos canais da Petrobras, mas deve virar peça publicitária, a empresa mostrará que recebe apenas 2 reais do valor de venda nas bombas dos postos, segundo as fontes, que pediram para não ser nomeadas.

A peça vai destacar o peso do imposto estadual, o ICMS, na formação do preço final da gasolina.

O valor do ICMS, segundo cálculos da empresa com base em um preço na bomba de 6 reais/litro, seria equivalente a 1,65 real por litro, em média, uma vez que o tributo varia entre os Estados.

O restante se refere ao valor do etanol anidro adicionado à gasolina, além de margens de distribuidoras e revendedores, e também por tributos federais como PIS/Cofins e Cide.

A divulgação acontece a poucos dias de atos pró e contra o governo programados para acontecer em 7 de setembro no país.

"Cide, PIS e Cofins incidem sobre a parte Petrobras. O ICMS sobre toda a cadeia tem um peso forte. Ele é de 1,65 (real/litro). Toda vez que o preço muda, muda também a arrecadação dos Estados, enquanto que os impostos federais incidem na base", afirmou a fonte.

"É uma campanha de esclarecimento", adicionou outra fonte.

A questão do impacto no ICMS é uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro, que em geral atribui aos Estados parte do aumento dos combustíveis.

Um projeto de lei para mudar o ICMS sobre combustíveis, estabelecendo um valor fixo nos Estados, chegou a ser enviado ao Congresso.

Criação de vagas de trabalho nos EUA desacelera com força em agosto; taxa de desemprego cai para 5,2%

WASHINGTON (Reuters) - A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em agosto em meio a uma diminuição da demanda por serviços e a persistente escassez de trabalhadores conforme as infecções por Covid-19 aumentam, mas o ritmo foi suficiente para sustentar a expansão econômica.

A economia norte-americana abriu, fora do setor agrícola, 235 mil postos de trabalho no mês passado, após 1,053 milhão em julho, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de empregos nesta sexta-feira.

A taxa de desemprego recuou para 5,2%, ante 5,4% em julho. No entanto, o número tem sido subestimado por pessoas que se classificam erroneamente como "empregadas, mas ausentes do trabalho".

Economistas consultados pela Reuters esperavam abertura de 728 mil vagas e uma queda da taxa de desemprego para 5,2%. As estimativas de criação de vagas variavam de 375 mil a 1,027 milhão de empregos.

Nos últimos anos, os dados de agosto ficaram abaixo das expectativas e mais lentos do que a média de criação de vagas dos três meses até julho, incluindo em 2020. A abertura de postos de trabalho em agosto foi posteriormente revisada para cima em 11 dos últimos 12 anos.

O relatório vem num momento em que economistas reduziram drasticamente suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, mencionando o ressurgimento de casos impulsionados pela variante Delta do coronavírus, bem como a escassez implacável de matérias-primas, que estão reprimindo as vendas de automóveis e o reabastecimento.

Os dados serão analisados por investidores que tentam avaliar o momento do anúncio do Federal Reserve sobre quando o banco começará a reduzir seu enorme programa mensal de compra de títulos.

O chair do Fed, Jerome Powell, reafirmou na semana passada que vê uma recuperação econômica em curso, mas não deu nenhum sinal de quando o banco central dos EUA planeja cortar suas compras de ativos, dizendo somente que pode ser "neste ano".

Alguns economistas não acreditam que os dados abaixo das expectativas sejam fracos o suficiente para que o Fed volte atrás na sua ideia de começar a reduzir o estímulo "neste ano".

BOLSA EUA - Nasdaq renova recorde com tecnologia, mas dados de emprego pressionam Wall St

(Reuters) - O Nasdaq encerrou esta sexta-feira em uma nova máxima recorde, mas os principais índices de Wall Street chegaram ao final de semana do Dia do Trabalho nos Estados Unidos sem direção comum, reagindo a um relatório de empregos decepcionante --que gerou temores sobre o ritmo da recuperação econômica, mas enfraqueceu o argumento a favor de uma redução gradual de estímulos no curto prazo.

De acordo com dados preliminares, o Dow Jones fechou em queda de 0,21%, a 35.369,35 pontos, enquanto o S&P 500 registrou variação negativa de 0,03%, a 4.535,54 pontos, e o Nasdaq subiu 0,21%, a 15.363,52 pontos.

Ibovespa fecha com declínio discreto e acumula perda na semana com incertezas locais

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com declínio discreto nesta sexta-feira e acumulou um desempenho semanal negativo, diante de um ambiente ainda conturbado no Brasil, sem trégua na tensão político-institucional e nas incertezas fiscais, em meio a uma crise hídrica e preocupações com a inflação e a atividade econômica.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,14%, a 116.519,54 pontos, acumulando um declínio de 3,45% na semana, segundo dados preliminares. No pior momento da sessão, chegou a 115.582,88 pontos. O volume financeiro no pregão somava 26,7 bilhões de reais.

A semana ainda refletiu aprovação da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados, além de ajustes de posições com a troca de mês. Também foi a última sob a atual composição do Ibovespa, que a partir de segunda-feira passa a incluir mais sete ações.

BOLSA EUROPA - Índice sofre maior queda em 2 semanas por receio sobre mercado de trabalho dos EUA

(Reuters) - As ações europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, com dados de emprego dos EUA apontando desaceleração do crescimento na maior economia do mundo, com as ações de varejo e viagens, expostas aos mercados norte-americanos, sentindo o maior baque.

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,6%, maior queda em duas semanas. A economia dos EUA criou o menor número de empregos em sete meses em agosto. As ações globais também caíram após a divulgação dos números.

As ações de varejo estiveram entre os piores desempenhos do dia, em queda de 0,9%. A rede de lojas de venda de livros e revistas WH Smith, que tira pelo menos um quarto de seu lucro de clientes dos EUA, amargou o pior desempenho no setor, em baixa de 3,4%.

As ações de viagens recuaram 1%.

Os dados mais fracos ??dos EUA foram atribuídos a um aumento no número de casos de Covid-19 pela altamente contagiosa variante Delta do coronavírus. Mas analistas também viram o copo meio cheio do relatório de emprego, especificamente porque a fraqueza no mercado de trabalho daria menos ímpeto ao Federal Reserve para reduzir medidas de oferta de liquidez.

"O dado de emprego mais fraco do que o esperado nesta sexta-feira coloca menos pressão sobre o Fed para reduzir seu estímulo, o que provavelmente proporcionará um impulso de curto prazo para as ações. O mercado de ações adora estímulos, e qualquer indicação de que o Fed permanecerá totalmente estimulativo é uma boa notícia para investidores ", disse Jay Pestrichelli, CEO da ZEGA Financial.

As ações de tecnologia na Europa tiveram o melhor desempenho na semana, com alta de quase 2%, já que investidores fugiram para os setores mais resistentes às interrupções causadas pela pandemia.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,36%, a 7.138,35 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,37%, a 15.781,20 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,08%, a 6.689,99 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,64%, a 26.064,78 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,31%, a 8.864,00 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,31%, a 5.488,36 pontos.

Trabalhadores de tecnologia reclamam de campanha da China contra horas extras obrigatórias

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PEQUIM (Reuters) - A campanha do governo chinês para melhorar as condições aos trabalhadores motivou empresas, especialmente algumas das gigantes de tecnologia, a cortar horas extras obrigatórias, mas nem todos os funcionários ficaram felizes com a notícia.

Alguns funcionários da ByteDance, dona do TikTok, ficaram chocados ao descobrir que os seus holerites de agosto foram cortados em 17% após a empresa encerrar a sua política de exigir que funcionários que moram na China trabalhassem seis dias por semana a cada duas semanas.

“Minha carga de trabalho não mudou de verdade”, afirmou um diretor de produtos da ByteDance à Reuters, recusando-se a ser identificado devido à sensibilidade do assunto. “Mas infelizmente meu salário é menor.”

Durante a última década, as empresas de tecnologia da China eram conhecidas pelo “996”, uma árdua cultura empresarial que geralmente significa um expediente das 9h às 21h, seis dias por semana. Mas o 996 também era visto como uma medalha de honra e comemorado como uma vantagem competitiva em relação aos Estados Unidos e aos rivais europeus.

Também era uma garantia de salário alto porque a lei da China estipula que funcionários têm direito ao dobro do pagamento por horas extras no fim de semana e o triplo em feriados públicos.

A ByteDance se recusou a comentar sobre os cortes salariais que foram muito discutidos nas redes sociais. Uma outra fonte da empresa afirmou que os funcionários ainda podem receber hora extra nos fins de semana, se precisarem cumprir prazos, acrescentando que alguns funcionários da unidade de games o haviam feito recentemente.

Alguns funcionários no setor de tecnologia começaram a reagir contra o 996 cerca de dois anos atrás - um movimento que reuniu apoio de autoridades que querem promover valores socialistas e direitos trabalhistas, tentando avançar uma série de reformas regulatórias. O principal tribunal da China descreveu o 996 como ilegal mês passado.

Outras empresas de tecnologia, como a plataforma de vídeos curtos Kuaishou e a gigante de entrega de comida Meituan também cortaram horas extras obrigatórias no fim de semana recentemente.

Em outro benefício aos trabalhadores, a gigante de transporte de passageiros por aplicativo, Didi Global e a potência do e-commerce JD.com criaram sindicatos apoiados pelo governo nas últimas semanas - um fato inovador no setor de tecnologia, no qual o trabalho organizado até agora tem sido muito raro.

As autoridades também estão trabalhando para estabelecer mais intervalos para os trabalhadores, especialmente no setor de entrega de comida, no qual as empresas foram acusadas de pressionar entregadores a cumprirem prazos apertados, às custas da segurança.

Mas há preocupações sobre consequências não intencionais.

“Isso não restringirá seus salários?”, afirmou um usuário no Weibo, equivalente chinês ao Twitter, mencionando como esses motoristas são pagos por pedido. “Causará mais problemas. Eles não vão dirigir ainda mais rápido para fazer a entrega?”, disse outro.

 

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Fonte:
Reuters/T&D

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