Altas fortes do trigo no mercado internacional chegam ao Brasil, mas ainda de forma limitada

Publicado em 26/04/2024 10:11 e atualizado em 26/04/2024 11:48
Élcio Bento
Mercado tem pressão, internamente, pela falta de produto de qualidade depois de todos os problemas da última safra. No entanto, últimos dias foram de recuperação das cotações internas, mas sem espaço para muito avanço.
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Alta fortes do trigo no mercado internacional não chegam diretamente ao Brasil

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As preocupações com as próximas safras de trigo em importantes regiões produtoras têm dado um suporte importante às cotações internacionais nos últimos dias e, somente nesta semana, os preços subiream de forma substancial na Bolsa de Chicago, acumulando ganhos de 13% em cinco sessões consecutivas de altas. "Há essa preocupação de que a nova safra de trigo tenha prejuízos, uma redução mais expressiva da produção de trigo no mundo, e isso é fundamental", explica o analista de mercado Élcio Bento, da Safras & Mercado. 

Bento explica ainda que o mercado não entrou, definitivamente, em uma tendência de alta, mas se redesenhando e abrindo um espaço maior para a recuperação dos preços de forma mais consistente. Afinal, além da oferta ainda incerta - e de ser cedo para saber seu real tamanho - há outros fatores que seguem impactando as cotações nas principais bolsas internacionais. 

Há atenções voltadas à produção da China, dos EUA, da Rússia, da Europa, Austrália, entre outros, e todos exigirão atençao redobrada do mercado.

MERCADO BRASILEIRO

Em relação ao ano passado, as baixas no mercado brasileiro do trigo chegam a 20% e a pressão ainda continua, mesmo depois de uma quebra de safra bastante considerável. A última semana até chegou a registrar uma recuperação, mas ainda sem trazer alívio ao produtor brasileiro. 

"A grande pergunta agora é se o produtor tem trigo para vender. Porque teve muito pouco trigo de boa qualidade. Da perspectiva da safra velha, os poucos lotes disponíveis de trigo de boa qualidade têm uma tendência de recuperação, porque tem pouco trigo e os fundamentos, em especial com as altas na Argentina em um ano em que os moinhos da região precisam comprar mais trigo, dão suporte para a recuperação", explica o analista. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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